terça-feira, junho 29

MUNDIAL (XX)



A mim também me pareceu.
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A TERCEIRA DEPRESSÃO

Elliott Erwitt

Todas as ortodoxias são perigosas porque, em regra, conduzem a soluções radicais. A política de austeridade sem freio pode conduzir ao desastre. Julgo que é esta a mensagem de Paul Krugman no seu tão glosado artigo A Terceira Depressão.
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segunda-feira, junho 28

SULSCRITO


Saiu o nº 3 da Revista Sulscrito, excelente a todos os títulos, na qual tive a honra de colaborar. Direcção editorial de Fernando Esteves Pinto, capa e paginação do atelier de Inês Ramos, imagens da capa e outras de Adão Contreiras.
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domingo, junho 27

MUNDIAL (XIX)



É curioso como, na chamada fase de grupos, a actuação dos árbitros auxiliares, fiscais de linha, ou como lhe quisermos chamar, foi de uma eficácia fora do comum. Mas, hoje, quando entraram em campo  candidatos ao título, Alemanha e Argentina, tudo se alterou: dois erros grosseiros, um em cada jogo, em favor dos mais candidatos dos candidatos. Cuidado para o Portugal-Espanha. Aposto que vão chover amarelos para o nosso lado e o mais que se verá!
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sábado, junho 26

Bombay Bicycle Club




Bombay Bicycle Club - Dust On The Ground
Enviado por WeeRezZ. - Buscar outros videos de Musica.

Se ainda não deu por nada a RTP-N transmite todos os dias, pelas 22 horas, um programa intitulado À Noite, o Mundial que é uma pérola no panorama da comunicação social portuguesa. Vale a pena!
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sexta-feira, junho 25

HINO À ALEGRIA

DIPLOMACIA

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MUNDIAL (XVIII)





Foi a 19 de Julho 1966, em Liverpool, no Goodison Park, que Portugal afastou o Brasil do Campeonato do Mundo. Os “magriços” ganharam por 3-1 com golos de Simões (15′) e Eusébio (27′ e 85′). Pelo Brasil marcou Rildo (70′).
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quarta-feira, junho 23

AUSTERIDADE: TUDO O QUE É DEMAIS ...



Darryl Baird

Estão profundamente errados, neste momento, aqueles que apostam em políticas radicais de austeridade. Na Alemanha, aqui e em qualquer lugar. Podem estar a ser guiados pela ideia de salvar a economia mas contribuem, pelo contrário, para a afundar e, pior, muito pior, contribuem para libertar todos os demónios que minam a credibilidade da democracia aos olhos do povo. Que se não calem as vozes do bom senso, as vozes daqueles que compreendem que, face às dificuldades de uma época de grandes mudanças, a política, por maioria de razão, está em primeiro lugar.

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ANTÓNIO MANUEL COUTO VIANA

Subscrevo e assino por baixo.
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domingo, junho 20

MUNDIAL (XIV) - Portugal versus Coreia do Norte



Na véspera do jogo com a Coreia do Norte lembro-me de ter visto pela TV, a preto e branco, o jogo do Mundial de 1966 que amanhã se repete. Um jogo raro. Por todas as razões. A Coreia do Norte era, e ainda é, um país que vive isolado do mundo. O isolamento próprio das ditaduras. Eu sei que as ditaduras têm, entre nós, admiradores mas nem por isso deixam de ser abomináveis. Tão abomináveis como os seus admiradores.

Nesse ano longínquo de 1966, o Mundial de futebol decorreu na Inglaterra e Portugal dispunha de uma grande equipa. O jogo com a Coreia do Norte era considerado fácil e julgo que se disputou em Manchester. Aí pelos 23 minutos da primeira parte já estávamos a perder por 3-0. O público rejubilava de admiração e espanto. Era impensável o que se estava a passar. Lembro-me que fiquei gelado na sala da sociedade onde havia televisão que em casa de meus pais ainda não.

Mas Eusébio resolveu transformar a tragédia em glória. Eusébio corria como uma gazela e lutava como um leão. Nesse jogo marcou 4 dos 5 golos de Portugal. Não esqueço aquela sua característica de ir sempre buscar a bola ao fundo da baliza do adversário e de a levar à mão para o centro do campo. Nem esqueço a sua gentileza para com os adversários cuja cabeça acariciava quando lhe parecia tê-los magoado.

Nunca vi ninguém como Eusébio. O jogador, o homem e o desportista. Que mais não seja em sua homenagem os jogadores da selecção de Portugal deviam, amanhã, vencer e convencer. Com todo o respeito pelos jogadores norte coreanos que nada têm a ver com a ditadura que impera no seu país como em 1966 Eusébio, e os jogadores portugueses, nada tinham a ver com a ditadura salazarista.
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O FUNERAL DO NOBEL ALBERT CAMUS


Ronald Cowie

Le 6 janvier 1960, une foule d´anonymes et quelques amis se retrouvent devant la grande maison de Lourmarin où le corps d´Albert Camus a été transporté dans la nuit. Quatre villageois portent le cercueil que suivent son épouse, son frère Lucien, René Char, Jules Roy, Emmanuel Roblès, Louis Guilloux, Gaston Gallimard et quelques amis moins connu, parmi lesquels les jeunes footballeurs du village. Le cortège avance lentement dans cette journée un peut froide et atone de ce « pays solennel et austère – malgré sa beauté bouleversante ».

Devant le caveau, Francine Camus jette une rose sur le cercueil. Le maire prononce une courte allocution et le silence n´est troublé que par le bruit de la terre sur le bois de la bière.

L´heure est de recueillement. Les communiqués officiels, les télégrammes affluent. Tous unanimes dans l´hommage et l´affliction conjugués.

Les temps ont changé, et ils sont nombreux, les détracteurs d´hier qui saluent aujourd´hui la disparition de celui aux côtés duquel ils avaient obstinément refusé de marcher. Celui qui, au terme de tant d´attaques et de malveillance, avait choisi de s´enfermer dans un douloureux silence.

Les premiers tirs étaient venus de gauche, et plus particulièrement du parti communiste qui ne pardonnait pas à cet ex-compagnon de route de prendre du recul, de regarder en face certaines réalités. De dire l´intolérable : le stalinisme, les camps, les idéaux mis au pas par des tyrans de l´histoire.

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quinta-feira, junho 17

Pena de morte, revoltante ...


Revoltante. Contra a pena de morte, sempre. Seja qual for o instrumento, o modo, o país, o credo, a raça, o género, o crime, seja por bala, por injecção, por forca, por palavra, … é revoltante, a pena de morte.
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quarta-feira, junho 16

MUNDIAL (XIII)

O empate com a Costa do Marfim pode não ter sido um resultado assim tão mau. As contas fazem-se no fim. Afinal a Espanha acaba de perder com a Suiça. Aqui deixo um comentário respigado do El País:

Dos frases de despedida: "La desdicha, como la piedad, puede convertirse en un hábito" (La Fontaine). Para los optimistas: "Siempre deja la ventura una puerta abierta en las desdichas para remediarlas" (La Bruyère). Un saudo. Me voy a fumar. No por nervios, por hábito.
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Amanhã há Baile Popular
























DAQUI
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terça-feira, junho 15

MUNDIAL(XII)


MUNDIAL (XI)



The goalkeeper is a man apart. He stands alone. "All that I know most surely about morality and obligations," wrote Albert Camus, "I owe to football." Camus was a goalkeeper himself and knew a thing or two about the existential anguish that is the goalie's lot in life and football. As the last line of defense, the goalkeeper is also first in the firing line when blame and retribution are meted out.
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domingo, junho 13

MUNDIAL (X)


British GQ.       A imagem de um futebolista que corre muito, tornada imagem de um modelo que corre mundo. Com Figo já havia sido assim, mas numa fase tardia da sua carreira. Com esta imagem, que corre mundo, ganha o próprio, que não é amador de coisa nenhuma, mas ganha também o país de que é natural. Um fenómeno que exaspera o provincianismo e a inveja nacionais. Em frente Ronaldo! Quantas mais e melhores imagens tuas forem produzidas, e expostas, nos mais prestigiados meios, mais ganhamos todos. Espero que o teu contributo para os jogos da selecção faça justiça à tua imagem na qual todo o mundo verá a imagem de Portugal.   
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ENTRANDO NO ASSUNTO ...


quinta-feira, junho 10

MUNDIAL (VIII)


CRESPO POR CRESPO ...


Jane Alden Stevens

Há pouco vi, e ouvi, na SIC Notícias Mário Crespo, no papel de jornalista, dar uma notícia acerca de si próprio acerca de um processo em que se envolveu enquanto jornalista. Revolvo a memória e não me ocorre ter presenciado nada de semelhante. Crespo foi, de forma descarada, juiz em causa própria em directo e ao vivo. A isto chama-se o quê?

quarta-feira, junho 9

PORTUGAL, AFINAL ... SEGURO!


Fotografia antiga de Faro – Sede das comemorações do dia de Portugal

Jornalistas de um dos países mais pacíficos do mundo (13º), que dá pelo nome de Portugal, foram assaltados na África do Sul. Parem, pensem, e não se queixem!
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segunda-feira, junho 7

DOIS ANOS ATRÁS

                                                        
                                      Justine Reyes

A Europa e o mundo vivem sob o espectro de uma crise financeira, energética e alimentar. Três choques, em simultâneo, que põem em risco o equilíbrio em que assenta o mundo do pós guerra. Os chamados países emergentes, com a China à cabeça, estão no centro da crise. Esses países passaram de sociedades miseráveis a sociedades de consumo. A China é como uma fogueira gigante que consome crescentes recursos que afluem de todo o mundo e, ao mesmo tempo, alimenta outras fogueiras que, de igual modo, consomem mais do que a humanidade é capaz de produzir. Entramos numa nova fase da vida das nações que exigirá mudanças profundas também nas estruturas das instituições internacionais. A questão: como gerir essas mudanças sem guerra?

[7/5/2008]
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sábado, junho 5

quarta-feira, junho 2

MANUEL ALEGRE - HOJE


Não há vida sem diálogo. Mas o diálogo foi, hoje, na maior parte do mundo, substituído pela polémica. O século XX é o século da polémica e do insulto. Eles ocupam, entre as nações e os indivíduos, e mesmo ao nível das disciplinas outrora desinteressadas, o lugar que tradicionalmente cabia ao diálogo reflectido. Dia e noite, milhares de vozes, empenhadas, cada uma por seu lado, num tumultuoso monólogo, lançam sobre os povos uma torrente de palavras mistificadoras, de ataques, de defesas, de exaltações. Mas qual é o mecanismo da polémica? Consiste em considerar o adversário como inimigo, por conseguinte a simplificá-lo e a recusar vê-lo. Aquele que insulto, já não sei de que cor são os seus olhos, ou se acaso sorri, e como o faz. Tornados quase cegos por obra e graça da polémica, já não vivemos entre os homens, mas num mundo de sombras. (…)

Albert Camus – alocução feita na sala Pleyel em Novembro de 1948, in Actualidades - Contexto
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terça-feira, junho 1

MUNDIAL IV



Camarões fritos por um Portugal melhorzinho.
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FERREIRA GULLAR

Imagem daqui

Como vai longe o dia, Maninho,
em que a gente podia ser comum

Entre ervas burras, folhas molhadas de mamona
e salsa
a gente podia ser
simplesmente
nossas mãos nossos pés nossos cabelos
e o que queimava dentro
no escuro

Como vai longe o tempo como as águas
batendo na amurada
alegremente
como os peixes
vivendo no seu músculo
o mistério do mundo

Ferreira Gullar [Toda poesia /Dentro da noite veloz]

[Outros poemas de Ferreira Gullar.]
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