quarta-feira, dezembro 23

Notas Políticas (20)

Começaram as entrevistas aos potenciais candidadatos presidenciais (pois candidato formal ainda não há nenhum). É o que se chama na gíria a précampanha mas dentro de um mês será a véspera do dia de reflexão. O tempo é curto. As (os) candidatas (os), na verdade, têm pouco para dizer que entusiasme e cidadão eleitor que se relacione com a função presidencial. Daqui que muito cidadão habitual eleitor possa vir a deixar de o ser, ou seja, que se abtstenha. No caso concreto deste eleição o candidata/presidente Marcelo parece ter tudo a ganhar enquanto outras/os parecem ter tudo a perder. Mas pode acontecer que se não possa adotar uma linha de pensamento tão linear. Desde logo porque podem acontecer imprevistos neste tempo de tantas incertezas. E mais ainda do que os acontecimentos inesperados o candidato/presidente Marcelo não pode querer conquistar o céu e a terra. Não parece que a sua afirmação de que afasta o cenário de crise política em 2021 seja suficiente para convencer uma boa parte do eleitorado socialista. Pois não haverá em qualquer caso crise politica por razões que decorrem da Constituição, da crise pandémica e seus efeitos e do calendário eleitoral. Marcelo candidato não pode atropelar Marcelo presidente e muito menos atacar, mesmo que de forma habilidosa, o governo em funções. Parte do eleitorado socialista, e democrático, pode legitimamente desconfiar de Marcelo futuro presidente quando for necessário tomar decisões que impliquem validar futuras soluções de governo. O resultado final pode vir a ser uma desilusão para o próprio Marcelo pois ganhar à primeira volta com 52% dos votos- tal como em 2016 - será uma desilusão e enfraquerá o seu magistério futuro. Os sucessivos atos eleitoriais em Portugal provaram que o povo é tudo menos burro. Daqui a 15 dias a situação será mais clara, mas não gosto de demagogia populista venha de onde vier. O meu voto irá para o que considere o menos populista das/os candidatas/os pois o voto é secreto e individual.

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu, que em Legislativas voto PS, vou votar João Ferreira.