quarta-feira, dezembro 13

PALPITES XX

O Estado Social é uma grande conquista das sociedades ocidentais (e não só) impulsionado pelo movimento socialista e sindical, com forte salto e expressão no pós guerra (1945). Pelas razões históricas conhecidas, Portugal não acompanhou esse movimento senão após 1974. O acesso generalizado à educação, aos cuidados de saúde e à segurança social, são as pedras angulares do Estado Social, conquistas do movimento socialista e sindical, após o 25 de abril. Não é uma pequena coisa mas o cerne do modelo social dominante no nosso país. Quem melhor o defende? Os próprios beneficiários que aceitam o papel do Estado, o imposto progressivo, o voto livre, o modelo político da democracia representativa. Não há Estado social sem democracia, ou seja, liberdade de escolha a todos os níveis da sociedade. Qualquer cedência a derivas autoritárias, mesmo quando aparentam a defesa de um Estado forte, é um risco de queda na desordem da arbitrariedade dos vendedores de ilusões.

1 comentário:

Anónimo disse...

Peço desculpa, mas tanto quanto sei foi Marcelo Caetano quem meteu por cá o Estado social. Lembro-me dos velhotes da minha aldeia irem receber as pensões de 500 escudos, qualquer coisa como 2,5 euros. Seria interessante saber quanto valem hoje esses 500 mil réis.

Fora isso, havia dois médicos na Casa do Povo, apinhada. Hoje há uma (má) médica e a população da aldeia reduziu para metade. Nesse tempo também havia uma farmácia. Hoje há uma delegação da farmácia. Os medicamentos vêm da sede do concelho. Novo, verdadeiramente, só o lar.