Passava os olhos, distraidamente, pelo DN quando me dei conta de uma pequena notícia referindo o editorial do AVANTE. O dito editorial intitula-se: TAREFAS DOS COMUNISTAS. As tarefas que nele são apontadas são duas: as eleições de 2009 e o Congresso do PCP.
Temas banais para um jornal partidário. Suponho que os órgãos de imprensa dos outros partidos devam abordar, de quando em vez, os mesmos temas.
Temas banais para um jornal partidário. Suponho que os órgãos de imprensa dos outros partidos devam abordar, de quando em vez, os mesmos temas.
Mas o que mais chama a atenção neste editorial do órgão de imprensa do PCP é, no contexto da propaganda anti-socialista, a condenação do anúncio pelo ministro da administração interna de um «novo crime da apologia do terrorismo».
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(...) As recentes declarações do ministro da Administração Interna, Rui Pereira – anunciando o «novo crime da apologia do terrorismo», na base de um conceito de terrorismo elaborado pelo maior centro terrorista do mundo - são altamente preocupantes: pelo que confirmam em matéria de subserviência rastejante deste Governo aos ditames do imperialismo internacional, e pelo que indiciam no que respeita à predisposição do Governo PS/Sócrates de prosseguir e acentuar os atentados à democracia, à liberdade, à Constituição da República Portuguesa.(...)
Este poderia ser um bom motivo para o aprofundamento de uma discussão filosófica acerca dos conceitos de crime, liberdade e terrorismo, entre outros, pois a sua importância na vida prática tem sido evidenciada por muitos acontecimentos da actualidade, desde os que ocorreram numa simples sala de aula, aos que ocorrem na vastidão de um país continente, a China, na sua relação com o Tibete.
Não me vou dar ao trabalho de descodificar a sordidez das ideias que subjazem a esta linguagem urdida nos imaginários subterrâneos da liberdade em que se movem os dirigentes os PCP. Sou daqueles que pensa que, hoje em dia, temos que estar preparados para tudo. Mas estarei enganado se disser que me parece vislumbrar neste discurso do PCP a defesa do terrorismo? Ou para o PCP existe um “terrorismo bom” e um “terrorismo mau”?