Pensava eu que Portugal era um dos países da Europa com maior capacidade de aceitação das diferenças, incluindo as religiosas, mau grado o cinismo que encobre certas formas de aceitação das diferenças; pensava eu que conhecia o patriarca de Lisboa como um homem aberto às diferenças e ao diálogo, tolerante perante todos os perigos que sempre acompanham os audazes; pensava eu que Portugal era um país que se podia ufanar de contar com um líder da Igreja Católica afável no trato, clarividente nas ideias e moderado na apreciação das outras religiões. Não creio ter-me enganado. Espero que o Patriarca esclareça, de viva voz, perante os portugueses, e o mundo, o que quis dizer pois não deve ter cuidado o suficiente a expressão do seu pensamento.
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Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
quarta-feira, janeiro 14
terça-feira, janeiro 13
Breve resenha histórica da imprensa do MES - O jornal «Poder Popular» (III)
A aventura do jornal Esquerda Socialista decorreu entre 12 de Setembro de 1974, data da edição do nº 0, e 16 de Julho de 1975, com a saída do nº 38. Considerando o nº 0, e a edição especial de 13 de Março de 1975, foram publicados 40 números do Esquerda Socialista. Desde a edição do nº 1, a 16 de Outubro de 1974, o jornal saiu, sem interrupções, com uma periodicidade semanal, durante dez meses.
O outro órgão de imprensa do MES - o Poder Popular - foi criado no âmbito da campanha eleitoral para a Assembleia Constituinte. O seu título corresponde plenamente à deriva esquerdista do MES, dando eco a uma das palavras de ordem adoptadas: «Lutar, Criar, Poder Popular».
A 1ª série consistiu em 7 números, editados entre 3 e 23 de Abril de 1975, formato grande, semelhante ao do DN da época, com uma tiragem de 10 000 exemplares, em edição bissemanal - às quintas-feiras e domingos. O seu director foi o Paulo Bárcia, tendo sido impresso na ADFA (Associação dos Deficientes das Forças Armadas) e, ao que consta, não deixou dívidas.
A 2ª série do Poder Popular tem início em 23 de Julho de 1975, com o fim do Esquerda Socialista, anunciando que este jornal se havia de transformar na revista teórica do MES, da qual em breve sairia o primeiro número. Tal nunca viria a acontecer não passando de uma ideia que, embora sempre estivesse presente, nunca foi concretizada.
Esta série do PP atravessa todo o período mais conturbado da revolução, desde o «Verão Quente» de 1975 até à campanha presidencial de Otelo, sendo no nº 48, publicado em 21 de Julho de 1976, divulgados os resultados das eleições presidenciais. Até ao nº 29 o director foi Fernando Ribeiro Mendes sendo tal tarefa, na sequência do II Congresso, atribuída a Eduardo Ferro Rodrigues, que dirigiu o PP do nº 30 ao nº 48.
A 3ª série do PP foi dada à estampa entre Julho de 1976 e Fevereiro de 1978, com a edição de 16 números, a partir do nº 49, no qual se comemorava o 2º aniversário do jornal. O seu director, neste período, foi o subscritor destas linhas (até ao nº 61) que se viu a braços com uma situação política brevemente caracterizada, num relatório interno, nos seguintes termos:
«- o desânimo e o desencanto, pós-presidenciais, de largos sectores revolucionários, …; - o fracasso progressivo dos GDUPs/MUP; - a existência de fortes divergências internas que, pela 1ª vez na nossa história, se põem duma forma aberta e atravessam o Partido, a sua direcção e os quadros mais activos; são as tomadas de posição polémicas face ao MUP, e a saída (no nº 54) da famosa Resolução da 8ª Reunião do CC …».
A 4ª série do PP é publicada entre 1 de Fevereiro de 1978, (nº 65) e 13 Julho (nº 76) do mesmo ano, desde o nº 62, sob a direcção de Augusto Mateus, tendo sido o canto de cisne da imprensa do MES. No seu conjunto foram editados, entre 2 de Abril de 1975 e 13 de Julho de 1978, 83 números do Poder Popular.
O que estava em discussão, nesta última fase do MES, politicamente activo, era a urgente necessidade de romper com as ilusões revolucionárias, reconhecendo a legitimidade da democracia representativa, ou burguesa, na linguagem da época, orientação que, embora de forma mitigada, a Resolução da 8ª Reunião consagra, abandonando, ao mesmo tempo, a politica de alianças com os pequenos partidos da esquerda.
Só aquando das eleições legislativas intercalares de 1979, o MES assumiu publicamente esta nova política, com o anúncio de que não concorreria a essas eleições apelando, através de uma declaração de Vitor Wengorovius, ao voto no PS ou na APU.
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segunda-feira, janeiro 12
CRISTIANO RONALDO
Ronaldo ganhou o prémio maior da “arte” do futebol. Não é pequena coisa ganhar um prémio mundial atribuído ao mérito individual. É um jovem de origem humilde que, pelo talento e pelo trabalho, ascendeu na escala social. Já sei dos negócios que se perfilam nos bastidores. Na cerimónia falou em português, agradeceu a quem devia e no fim, surpreendentemente, disse “divirtam-se”. Interessante. Na entrevista final, de saída para o avião, de regresso ao trabalho, deu uma lição de humildade: não há tempo para celebrações que 4ª feira há jogo e todos os jogos são decisivos. Hoje a sua imagem correrá mundo elevando a notícia às manchetes em todas as línguas. O português Cristiano Ronaldo foi coroado como o melhor do mundo na sua arte. É pouco, é muito? Nenhum outro acontecimento é capaz de projectar com maior impacto a imagem de Portugal. Tenho muita pena. É o futebol!
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domingo, janeiro 11
sábado, janeiro 10
MEDITEMOS
Acredito que Mário Crespo não tenha razão nenhuma mas o desmentido da PR é demasiado sério para a sem razão de Mário Crespo. O facto de o desmentido ter sido desmentido, logo no dia seguinte, pela manchete do Expresso não deixa de ser inquietante. A verdade é que se avoluma a sensação de que, no ano de todas as eleições, a oposição política ao governo se deslocou para a Presidência da República. Meditemos!
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sexta-feira, janeiro 9
quinta-feira, janeiro 8
quarta-feira, janeiro 7
terça-feira, janeiro 6
ÀS VOLTAS COM UMA ENTREVISTA
Ontem vi a entrevista do primeiro-ministro na SIC. Ao contrário do que já ouvi não acho que a agressividade dos entrevistadores tenha algo de criticável. A vida de primeiro-ministro é sempre dura e ainda mais dura numa época de crise e na véspera da divulgação da previsão de que Portugal, em 2009, entrará em recessão se não entrou já em finais de 2008. Esta é uma daquelas épocas propícias aos maiores ódios e ressentimentos que despontam nas frinchas abertas pela frustração de expectativas.
Nestas circunstâncias o que marca a entrevista de Sócrates é a sua capacidade em manter, no essencial, a linha de um discurso político coerente deixando duas marcas fortes que são essenciais para o futuro da apreciação política dos méritos do governo maioritário do PS e do próprio primeiro-ministro:
1) Este primeiro-ministro quis mostrar que não foge às dificuldades, nem deserta do seu posto, ao contrário do que aconteceu com outros primeiros ministro no passado recente da nossa democracia; poder-se-á dizer, à maneira popular, que é “teso e hirto” o que, valha a verdade, é o que povo mais aprecia e uma parte das elites detesta;
2) Este primeiro-ministro quis mostrar que, numa situação de profunda crise do sistema financeiro e da incerteza generalizada acerca do futuro da economia, a nível global, não vacila em defender as políticas do seu governo, em todas as áreas, não deixando cair ministros e ousando, à distância, pedir uma nova maioria absoluta dando-se ao luxo de argumentar, o que nunca ouvi a qualquer outro primeiro-ministro, que não poderia deixar de a pedir pois o contrário seria reconhecer a sua própria fraqueza. (por palavras minhas.)
É claro que sem a agressividade dos entrevistadores não seria possível que se destacassem, além do mais, as palavras amáveis dirigidas a Manuel Alegre e uma abertura, que parece inevitável, à esquerda a começar pela arrumação do próprio PS. Até onde chegará esta intuição? É o que vamos ver nos próximos meses.
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QUIQUE FLORES
Eu já tinha lido esta entrevista mas não me queria meter em futebóis, ou seja, não queria meter os futebóis no blogue. Mas como o Fernando Seara, no serão futebolístico da SIC Notícias, a puxou para cima da mesa aqui a deixo para desfrute de todos.
QUIQUE FLORES, para quem não saiba, treinador do Benfica, diz umas coisas simpáticas em relação a Portugal mas mostra aspirações, no plano profissional, a ir mais longe. No que ele se foi meter logo no dia seguinte a ter perdido o jogo com o último classificado.
Também não se entende muito bem o que veio fazer para Portugal se a sua ideia é fazer uma carreira na Europa dos futebóis … Mas lá que o homem tem pinta é verdade e, além disso, apesar da derrota de ontem, o Benfica, ao contrário do costume, continua em posição de disputar o título de campeão.
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segunda-feira, janeiro 5
COMO NA POLÍTICA!
James Friedman
Esta notícia faz-me acreditar que 5ª ou 6ª feira desta semana poderá nevar em Lisboa. Fico feliz com a expectativa apesar da baixa probabilidade de chover nesses dias. Criei uma ilusão. Se nevar, e não estiver a dormir, sairei à rua. Só se sai à rua atrás de ilusões. Como na política!
Esta notícia faz-me acreditar que 5ª ou 6ª feira desta semana poderá nevar em Lisboa. Fico feliz com a expectativa apesar da baixa probabilidade de chover nesses dias. Criei uma ilusão. Se nevar, e não estiver a dormir, sairei à rua. Só se sai à rua atrás de ilusões. Como na política!
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domingo, janeiro 4
CAMUS - PELO 49º ANIVERSÁRIO DA SUA MORTE
Henri Cartier-Bresson - FRANCE. Paris. French writer Albert CAMUS. Around 1945.
Encontrei, por acaso, uma recolha de 25 citações do Cadernos II – que acolhe os apontamentos escritos por Camus entre Janeiro de 1942 e Abril de 1948. É muito interessante a proximidade desta escrita com a que, muitas vezes, somos levados a exercitar nos blogues.
1 – Não sou feito para a política pois sou incapaz de querer ou de aceitar a morte do adversário.
2 - Vivemos num mundo em que é preciso escolher sermos vítimas ou carrascos – e nada mais.
3 - Revolta: Criar para chegar mais perto dos homens? Mas se pouco a pouco a criação nos separa de todos e nos empurra para longe sem a sombra de um amor...
4 – Bob: nos prados de Verão da Normandia. O seu capacete coberto de goiveiros e ervas bravas.
5 - A reputação. É-nos dada por medíocres e partilhamo-la com medíocres e malandros.
6 - Peste. Há neste momento portos longínquos cuja água é rósea na hora do crepúsculo.
7 - 1 De Setembro de 1943.
Aquele que desespera dos acontecimentos é um cobarde, mas aquele que tem esperança na condição humana é um louco.
8 - (Dos mentirosos) “E não há nada onde a força de um cavalo melhor se conheça do que ao fazer uma paragem súbita.”
9 - O tempo não corre depressa quando o observamos. Sente-se vigiado. Mas tira partido das nossas distracções. Talvez haja mesmo dois tempos, o que observamos e o que nos transforma.
10 - Não posso viver fora da beleza.
É o que me torna fraco diante de certos seres.
11 - A espessura das nuvens diminuiu. Logo que o sol se libertou, as terras começaram a fumegar.
13 - Esse vento singular que corre sempre à borda da floresta. Curioso ideal do homem: no próprio seio da natureza, possuir uma casa.
14 - 11 De Novembro. Como ratazanas (*).
15 - Quantos esforços desmedidos para ser apenas normal!
16 - O homem que eu seria se não houvesse sido a criança que fui!
17 - A liberdade é poder defender o que não penso, mesmo num regime ou num mundo que aprovo. É poder dar razão ao adversário.
18 - Finalmente, escolho a liberdade. Pois que, mesmo se a justiça não for realizada, a liberdade preserva o poder de protesto contra a injustiça e salva a comunidade.
19 - O coração a envelhecer. Ter amado e nada todavia ser salvo!
20 – Dezembro. Esse coração cheio de lágrimas e de noite.
21 – Escreve-se nos momentos de desespero. Mas o que é o desespero?
22 - É preciso atravessar todo o país do amor antes de encontrar a chama do desejo.
23 -...foi quando tudo ficou coberto de neve que reparei que as portas e as janelas eram azuis
24 - Sei o que é o domingo para um homem pobre que trabalha.
25 - Há um momento em que a juventude se perde. É o momento em que os seres se perdem. E é preciso saber aceitar. Mas esse momento é duro.
(*) – O desembarque aliado na África do Norte separa Camus da sua terra e dos seus.
Encontrei, por acaso, uma recolha de 25 citações do Cadernos II – que acolhe os apontamentos escritos por Camus entre Janeiro de 1942 e Abril de 1948. É muito interessante a proximidade desta escrita com a que, muitas vezes, somos levados a exercitar nos blogues.
1 – Não sou feito para a política pois sou incapaz de querer ou de aceitar a morte do adversário.
2 - Vivemos num mundo em que é preciso escolher sermos vítimas ou carrascos – e nada mais.
3 - Revolta: Criar para chegar mais perto dos homens? Mas se pouco a pouco a criação nos separa de todos e nos empurra para longe sem a sombra de um amor...
4 – Bob: nos prados de Verão da Normandia. O seu capacete coberto de goiveiros e ervas bravas.
5 - A reputação. É-nos dada por medíocres e partilhamo-la com medíocres e malandros.
6 - Peste. Há neste momento portos longínquos cuja água é rósea na hora do crepúsculo.
7 - 1 De Setembro de 1943.
Aquele que desespera dos acontecimentos é um cobarde, mas aquele que tem esperança na condição humana é um louco.
8 - (Dos mentirosos) “E não há nada onde a força de um cavalo melhor se conheça do que ao fazer uma paragem súbita.”
9 - O tempo não corre depressa quando o observamos. Sente-se vigiado. Mas tira partido das nossas distracções. Talvez haja mesmo dois tempos, o que observamos e o que nos transforma.
10 - Não posso viver fora da beleza.
É o que me torna fraco diante de certos seres.
11 - A espessura das nuvens diminuiu. Logo que o sol se libertou, as terras começaram a fumegar.
13 - Esse vento singular que corre sempre à borda da floresta. Curioso ideal do homem: no próprio seio da natureza, possuir uma casa.
14 - 11 De Novembro. Como ratazanas (*).
15 - Quantos esforços desmedidos para ser apenas normal!
16 - O homem que eu seria se não houvesse sido a criança que fui!
17 - A liberdade é poder defender o que não penso, mesmo num regime ou num mundo que aprovo. É poder dar razão ao adversário.
18 - Finalmente, escolho a liberdade. Pois que, mesmo se a justiça não for realizada, a liberdade preserva o poder de protesto contra a injustiça e salva a comunidade.
19 - O coração a envelhecer. Ter amado e nada todavia ser salvo!
20 – Dezembro. Esse coração cheio de lágrimas e de noite.
21 – Escreve-se nos momentos de desespero. Mas o que é o desespero?
22 - É preciso atravessar todo o país do amor antes de encontrar a chama do desejo.
23 -...foi quando tudo ficou coberto de neve que reparei que as portas e as janelas eram azuis
24 - Sei o que é o domingo para um homem pobre que trabalha.
25 - Há um momento em que a juventude se perde. É o momento em que os seres se perdem. E é preciso saber aceitar. Mas esse momento é duro.
(*) – O desembarque aliado na África do Norte separa Camus da sua terra e dos seus.
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sexta-feira, janeiro 2
A OCIDENTE NADA DE NOVO
Ontem ouvi o discurso de Ano Novo. Interessante. Porquê? Suscitou manifestações de aplauso de todos os partidos. Na véspera e ante véspera tinham sido promulgados pelo PR dois diplomas do governo: avaliação de desempenho dos professores e orçamento de estado para 2009. A crise institucional, insinuada através das mais diversas fontes, não deu sinal de vida. Queimou-se fogo de artifício. Talvez seja necessário esperar pelo calendário eleitoral. A ocidente nada de novo!
quinta-feira, janeiro 1
50 ANOS
Um dos melhores retratos possíveis do fracasso da Revolução Cubana está contido neste post, entre todos os que já publiquei acerca de Cuba, intitulado “Cuba me dói”.
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quarta-feira, dezembro 31
terça-feira, dezembro 30
CAMUS - BASTIDORES DO NOBEL
A partir daqui cheguei a este artigo que ensaia revelar os bastidores do Nobel. Lembrei-me que a “rivalidade” entre Camus e Malraux encobria uma mútua admiração discípulo/mestre. A primeira frase, atribuída a Camus, no dia16 de Outubro de 1957, quando soube que lhe tinha sido atribuído o Nobel da Literatura foi: “C´est Malraux qui aurait dû l´avoir.”
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A VITÓRIA DE CARLOS CÉSAR
O dia de ontem, apesar de atravessarmos uma época de recato, foi muito agitado para mim. Adiante. Chegada a hora das notícias dei comigo a tentar acompanhar uma quase indecifrável torrente de comentários, e debates, a propósito da tomada de posição do Presidente da República acompanhando a sua decisão de promulgar o novo Estatuto dos Açores. Do lado certo, ou errado, só tenho a certeza de uma coisa: o vencedor foi Carlos César. O presidente do Governo Regional dos Açores, politicamente discreto, ao contrário de Alberto João, (em silêncio acerca do assunto!) fez vencer a sua proposta alcançando, salvo a abstenção final do PSD, a unanimidade em todas as sucessivas votações no Parlamento Regional dos Açores e na Assembleia da República. O povo não se comove com Cavaco porque não entende a questão que ele dramatiza. O equilíbrio dos poderes que a Constituição consagra e o novo estatuto dos Açores, segundo Cavaco, ofende é uma daquelas questões em que se provará que, em política, o tempo tem um valor incalculável.
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