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Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
quarta-feira, junho 23
terça-feira, junho 22
segunda-feira, junho 21
domingo, junho 20
MUNDIAL (XIV) - Portugal versus Coreia do Norte
Na véspera do jogo com a Coreia do Norte lembro-me de ter visto pela TV, a preto e branco, o jogo do Mundial de 1966 que amanhã se repete. Um jogo raro. Por todas as razões. A Coreia do Norte era, e ainda é, um país que vive isolado do mundo. O isolamento próprio das ditaduras. Eu sei que as ditaduras têm, entre nós, admiradores mas nem por isso deixam de ser abomináveis. Tão abomináveis como os seus admiradores.
Nesse ano longínquo de 1966, o Mundial de futebol decorreu na Inglaterra e Portugal dispunha de uma grande equipa. O jogo com a Coreia do Norte era considerado fácil e julgo que se disputou em Manchester. Aí pelos 23 minutos da primeira parte já estávamos a perder por 3-0. O público rejubilava de admiração e espanto. Era impensável o que se estava a passar. Lembro-me que fiquei gelado na sala da sociedade onde havia televisão que em casa de meus pais ainda não.
Mas Eusébio resolveu transformar a tragédia em glória. Eusébio corria como uma gazela e lutava como um leão. Nesse jogo marcou 4 dos 5 golos de Portugal. Não esqueço aquela sua característica de ir sempre buscar a bola ao fundo da baliza do adversário e de a levar à mão para o centro do campo. Nem esqueço a sua gentileza para com os adversários cuja cabeça acariciava quando lhe parecia tê-los magoado.
Nunca vi ninguém como Eusébio. O jogador, o homem e o desportista. Que mais não seja em sua homenagem os jogadores da selecção de Portugal deviam, amanhã, vencer e convencer. Com todo o respeito pelos jogadores norte coreanos que nada têm a ver com a ditadura que impera no seu país como em 1966 Eusébio, e os jogadores portugueses, nada tinham a ver com a ditadura salazarista.
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O FUNERAL DO NOBEL ALBERT CAMUS
Ronald Cowie
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Le 6 janvier 1960, une foule d´anonymes et quelques amis se retrouvent devant la grande maison de Lourmarin où le corps d´Albert Camus a été transporté dans la nuit. Quatre villageois portent le cercueil que suivent son épouse, son frère Lucien, René Char, Jules Roy, Emmanuel Roblès, Louis Guilloux, Gaston Gallimard et quelques amis moins connu, parmi lesquels les jeunes footballeurs du village. Le cortège avance lentement dans cette journée un peut froide et atone de ce « pays solennel et austère – malgré sa beauté bouleversante ».
Devant le caveau, Francine Camus jette une rose sur le cercueil. Le maire prononce une courte allocution et le silence n´est troublé que par le bruit de la terre sur le bois de la bière.
L´heure est de recueillement. Les communiqués officiels, les télégrammes affluent. Tous unanimes dans l´hommage et l´affliction conjugués.
Les temps ont changé, et ils sont nombreux, les détracteurs d´hier qui saluent aujourd´hui la disparition de celui aux côtés duquel ils avaient obstinément refusé de marcher. Celui qui, au terme de tant d´attaques et de malveillance, avait choisi de s´enfermer dans un douloureux silence.
Les premiers tirs étaient venus de gauche, et plus particulièrement du parti communiste qui ne pardonnait pas à cet ex-compagnon de route de prendre du recul, de regarder en face certaines réalités. De dire l´intolérable : le stalinisme, les camps, les idéaux mis au pas par des tyrans de l´histoire.
sexta-feira, junho 18
quinta-feira, junho 17
Pena de morte, revoltante ...
Revoltante. Contra a pena de morte, sempre. Seja qual for o instrumento, o modo, o país, o credo, a raça, o género, o crime, seja por bala, por injecção, por forca, por palavra, … é revoltante, a pena de morte.
.quarta-feira, junho 16
MUNDIAL (XIII)
O empate com a Costa do Marfim pode não ter sido um resultado assim tão mau. As contas fazem-se no fim. Afinal a Espanha acaba de perder com a Suiça. Aqui deixo um comentário respigado do El País:
Dos frases de despedida: "La desdicha, como la piedad, puede convertirse en un hábito" (La Fontaine). Para los optimistas: "Siempre deja la ventura una puerta abierta en las desdichas para remediarlas" (La Bruyère). Un saudo. Me voy a fumar. No por nervios, por hábito.
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terça-feira, junho 15
MUNDIAL (XI)
The goalkeeper is a man apart. He stands alone. "All that I know most surely about morality and obligations," wrote Albert Camus, "I owe to football." Camus was a goalkeeper himself and knew a thing or two about the existential anguish that is the goalie's lot in life and football. As the last line of defense, the goalkeeper is also first in the firing line when blame and retribution are meted out.
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domingo, junho 13
MUNDIAL (X)
British GQ. A imagem de um futebolista que corre muito, tornada imagem de um modelo que corre mundo. Com Figo já havia sido assim, mas numa fase tardia da sua carreira. Com esta imagem, que corre mundo, ganha o próprio, que não é amador de coisa nenhuma, mas ganha também o país de que é natural. Um fenómeno que exaspera o provincianismo e a inveja nacionais. Em frente Ronaldo! Quantas mais e melhores imagens tuas forem produzidas, e expostas, nos mais prestigiados meios, mais ganhamos todos. Espero que o teu contributo para os jogos da selecção faça justiça à tua imagem na qual todo o mundo verá a imagem de Portugal.
. sexta-feira, junho 11
EM BUSCA DA VERDADE ...
Jane Alden Stevens
No Expresso: Relatório não prova mentira de Sócrates; No Público: Primeiro-ministro mentiu ao Parlamento. A diferença entre uma notícia e um auto de fé.
.quinta-feira, junho 10
CRESPO POR CRESPO ...
Jane Alden Stevens
Há pouco vi, e ouvi, na SIC Notícias Mário Crespo, no papel de jornalista, dar uma notícia acerca de si próprio acerca de um processo em que se envolveu enquanto jornalista. Revolvo a memória e não me ocorre ter presenciado nada de semelhante. Crespo foi, de forma descarada, juiz em causa própria em directo e ao vivo. A isto chama-se o quê?
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quarta-feira, junho 9
PORTUGAL, AFINAL ... SEGURO!
Fotografia antiga de Faro – Sede das comemorações do dia de Portugal
Jornalistas de um dos países mais pacíficos do mundo (13º), que dá pelo nome de Portugal, foram assaltados na África do Sul. Parem, pensem, e não se queixem!
Jornalistas de um dos países mais pacíficos do mundo (13º), que dá pelo nome de Portugal, foram assaltados na África do Sul. Parem, pensem, e não se queixem!
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