terça-feira, março 3

UM LUGARZINHO NO CÉU

estreia dia 6 de Março na Guilherme Cossoul

O altaCena, grupo de teatro da histórica Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul, estreia o seu novo espectáculo, Um Lugarzinho no Céu , cuja acção se passa na rua, numa zona ribeirinha e que tem como personagens centrais três arrumadores e uma empregada doméstica. Um deles, Mirov, é ucraniano e num longo telefonema que faz para a sua mulher, fala em russo. Esse telefonema não tem (propositadamente) tradução para português.

Fidélio, o Toxicodependente, Casimiro, o Jornalista, Mirov, o Ucraniano e Anunciada, empregada doméstica. O que é que os une naquela zona onde ninguém passa, onde ninguém vive? Será a tragédia que se avizinha?

SINOPSE

Fidélio, Casimiro e Mirovic são arrumadores. Anunciada, empregada doméstica, é namorada de Fidélio, trazendo-lhe todos os dias dinheiro, comida e cigarros. Fidélio é o patrão da zona e é ele que comanda o trabalho de Mirov e Casimiro. Embora Mirov faça tudo para passar despercebido, já que o seu único objectivo é arranjar dinheiro para voltar para casa, acaba por ser o alvo do ciúme de Fidélio, já que Anunciada manifesta por Mirov um carinho especial. Dá-lhe comida e cigarros. Fidélio começa a ficar desconfiado aumentando a sua agressividade para com Mirov. Anunciada, preocupada, decide pagar uma viagem de camioneta para a Ucrânia, de modo a acabar com o seu drama. Fidélio apercebe-se e vem pedir contas a Casimiro, com quem Anunciada tinha combinado tudo. No calor da discussão tira de uma ponta e mola e, quando o ataca, Mirov atravessa-se à frente e morre. Fidélio é preso, Mirov morre e consegue finalmente regressar à sua terra, num caixão pago pela embaixada do seu país. Anunciada tem direito ao seu momento de glória ao ser a protagonista de uma notícia que saiu no jornal.

FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA

Texto:
Joaquim Paulo Nogueira
Encenação: Joaquim Paulo Nogueira, Joana Lobo (Assistente de encenação /Dinâmicas de corpo e voz)

Actores: Ana Gil, Filipe Luz, Miguel Santos, Rui Pereira e José Carlos Pontes (pianista)
Música original: José Carlos Pontes
Espaço Cénico e Figurinos: Isabel Alves Mendes
Espaço sonoro: Hugo Guerreiro
Graffitis: Marco Almeida
Iluminação: Marinel Matos
Sonoplastia: Dina Marques
Luminótecnia: Carlos Casimiro e Élio Luís
Cartaz/Programa: Tiago Alves Mendes /Magnésio
Direcção de Produção: Élio Luís
Retroversão do telefonema de Mirov: Valentina Naumyuk do Grupo RefugiActo
Fotografia: David Marçal e Daniel Lobo Antunes

Produção: AltaCena
Ideia original: Joaquim Paulo Nogueira, José Boavida e Pedro Alpiarça
Duração: 1h30
Classificação etária: M12
Preço: 7,5 € e 5 €
Apresentações: Março: 6,7,13,14,21,27,28 Abril: 3,4 de às 21h30
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domingo, março 1

SESSENTÕES


Kathleen Sebelius vai ser a “ministra da saúde” de Obama e Vital Moreira o cabeça de lista do PS nas eleições para o parlamento europeu. A emergência dos sessentões, ou o envelhecimento activo trazido para a política, é um efeito colateral do envelhecimento demográfico. As sociedades ocidentais dão sinais, paulatinamente, de ter assimilado as vantagens da incorporação da experiência dos mais velhos na direcção da coisa pública.
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sábado, fevereiro 28

VITAL MOREIRA

Decorre em Espinho o Congresso do PS. A cobertura mediática carrega nas tintas da monotonia só quebrada pela exaltação da ausência de Manuel Alegre. A imagem mediática que passa é de um Congresso alinhado nos elogios ao governo do PS e ao seu líder. Sem asperezas, nem confrontos, nem diferenças de opinião. Os jornalistas sem “matéria” de escândalo entrevistam-se a si próprios. De súbito Sócrates anuncia o cabeça de lista às eleições europeias: Vital Moreira.Trata-se de um intelectual, académico e político que não é filiado no PS e que, em matérias relevantes, tem manifestado algumas discordâncias com a linha oficial do partido e do governo. No seu discurso ao Congresso Vital Moreira aceita o desafio e declara-se "socialista free-lance". Afinal o PS ainda consegue criar expectativas, surpreender pela novidade e pela diferença. Os jornalistas buscam, afanosamente, entre os militantes anónimos, uma declaração de desagrado pela escolha. Em vão. A escolha parece ser, entre muitas possíveis, uma boa escolha, alheia à demagogia e ao populismo e fiel à tradição do PS na luta pela construção de um europeísmo sem tergiversações, nem cedências, à emergência dos nacionalismos e da xenofobia. Sócrates escolhe para uma eleição difícil, tradicionalmente pouco participada, um cabeça de lista que permitirá acomodar qualquer resultado. Digam o que disserem, pensem o que pensarem, uma jogada política de mestre.
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Bob: nos prados de Verão da Normandia. O seu capacete coberto de goiveiros e ervas bravas.

Manche. Saint-Sauveur-Le-Vicomte. 16th June 1944. US soldier.


“Bob ao ataque nos prados de Verão. O seu capacete coberto de goiveiros e de ervas bravas.”

“Bob à l´attaque dans les prairies d´été. Son casque couvert de ravenelles et d´herbes folles. »


Bob: milhões de mortos jazem nos prados
de verão da Normandia. Nasci no tempo
de enterrar os mortos. Cresci com o som
do choro longínquo dos seus órfãos. Aqui
à ponta ocidental não chegou a liberdade
de chorar os capacete cheios de lágrimas
suspensos nas mãos das viúvas solitárias.

Bob: milhões de mortos em nome da paz
não foram suficientes. O teu sangue regou
o chão da Europa e no verão da Normandia
nasceu a esperança de um novo dia. Bob:
ainda bem que vieste. A barbárie sucumbiu.
O teu capacete coberto de goiveiros e ervas
bravas foi um alvo fácil como fácil é morrer.


* Citação de 1944, in versão portuguesa dos Cadernos de Albert Camus – Caderno Nº 4 (Janeiro de 1942 – Setembro 1945) - página 121, edição Livros do Brasil; in versão original francesa “Carnets (1935 – 1948) – “Cahier IV (janvier 1942 – septembre1945) – página 1021, Oeuvres complètes – II. (Mesmo quando surgem duvidas tenho mantido sempre a tradução original, aqui: folles/bravas (?). Neste caso a citação que serviu de epígrafe não corresponde aquela que, neste momento, leio no original. Não encontro uma explicação imediata para a discrepância.)
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sexta-feira, fevereiro 27

GENERALIDADES E INSINUAÇÕES

Susana Raab

Fernando Ulrich pede mais reflexão no combate à crise e quer saber o que se passou no Freeport

Cada um é livre de expressar as suas opiniões. Está fora de questão e por via do exercício pleno da liberdade de opinião todos os dias estamos sujeitos a ouvir os mais diversos epígonos perorar acerca de todos os assuntos, questões e processos.

Contra nossa vontade somos obrigados, com uma frequência avassaladora, a sentarmo-nos à mesa do café, da taberna ou do banco de jardim, ouvindo “falar mal”, o único desporto nacional que dá conforto à maioria dos portugueses.

Muito pior é quando o discurso do “falar mal” alcança o patamar da legitimidade, capturada por representantes dos poderes instituídos, ou por reputados comentadores, por fuga de informação ou informação em fuga.

Acontece que quase tudo o que se ouve, neste exercício de “falar mal”, é verdade excepto aquilo que toca em questões que dominamos tecnicamente, ou conhecemos por experiência própria, pois logo aí verificamos a pura nudez da mentira.

O populismo medra na ignorância e os ignorantes ganham diploma de sabedoria das mãos dos pregadores do populismo. No caso apetecia-me perguntar a Fernando Ulrich como vai de saúde o banco a que preside. O que se passou na banca e, em particular, no BPI?
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segunda-feira, fevereiro 23

UMA NOITE ESPECIAL

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ANTINOMIAS POLÍTICAS


As caixas de comentários dos jornais online, sites e blogues, tudo o que mexe na esfera da informação no espaço virtual, ou como lhe queiram chamar, são uma choldra. São a face visível da mente de muitos comentadores encartados e bem vencidos (de vencimento) que debitam dislates, insinuações e mentiras no espaço público. A liberdade que a democracia política permite tem a vantagem extraordinária de banalizar o dislate, a insinuação e a mentira. É uma das faces da sociedade de consumo. Mas se o povo ficar à mingua como se vai aguentar a democracia liberal na Europa? De súbito uma velha questão torna-se actual! Camus no imediato pós guerra, num texto escrito entre Setembro e Outubro de 1945, interrogava-se:

Antinomias políticas. Vivemos num mundo em que é preciso escolher sermos vítimas ou carrascos – e nada mais. Esta escolha não é fácil. Pareceu-me sempre que na realidade não há carrascos, há apenas vítimas. No fim de contas, bem entendido. Mas é uma verdade que está pouco espalhada.

Gosto imenso da liberdade. E para todo o intelectual, a liberdade acaba por confundir-se com a liberdade de expressão. Mas compreendo perfeitamente que esta preocupação não está em primeiro lugar para uma grande quantidade de Europeus, porque só a justiça lhes pode dar o mínimo material de que precisamos, e que, com ou sem razão, sacrificariam de bom grado a liberdade a essa justiça elementar.

Sei estas coisas há muito tempo. Se me parecia necessário defender a conciliação entre a justiça e a liberdade, era porque aí residia em meu entender a última esperança do Ocidente. Mas essa conciliação apenas pode efectivar-se num certo clima que hoje é praticamente utópico. Será preciso sacrificar um ou outro destes valores? Que devemos pensar, neste caso?
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sábado, fevereiro 21

Não posso viver fora da beleza.

“Não posso viver fora da beleza. É o que me torna fraco diante de certos seres.”

“Je ne peux pas vivre hors de la beauté. C´est ce que me rend faible devant certains êtres. »*


A caminho do futuro incerto
se joga a minha vida
e os gestos dela
tudo se joga menos a pura
beleza daquela face
e o meu olhar nela

não seria capaz de viver
fora da beleza
e um olhar por vezes basta
novidade do breve desejo
arrebatado e triste
no aceno de despedida

chegar partir abrir a mão
apertar os lábios
e lamber as feridas
sorver a lágrima
que cai pelo rosto desabrida
e não perder o trilho

amar o dia como a um filho
que se viu nascer
e admirar a beleza do seu rosto
olhar o anoitecer
e a luz que ilumina o caminho
me faz crer

não posso viver fora da beleza
perdida a juventude
o meu corpo oblíquo
rememora resiste e reverdece
qual movimento do desejo
que se não perde e cresce.


* Citação de 1943, in versão portuguesa dos Cadernos de Albert Camus – Caderno Nº 4 (Janeiro de 1942 – Setembro 1945) - página 88, edição Livros do Brasil; in versão original francesa “Carnets (1935 – 1948) – “Cahier IV (janvier 1942 – septembre1945) – página 994, Oeuvres complètes – II. (Mesmo quando surgem duvidas tenho mantido sempre a tradução original.) [Também no Caderno de Poesia.]
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quinta-feira, fevereiro 19

RENÉ CHAR


QUE VIVA!

Este lugar é só um voto do espírito, um contra-sepulcro.

Na minha terra preferem-se as ternas provas da primavera e os pássaros mal-vestidos aos objectivos longínquos.

A verdade espera pela aurora à luz de uma vela. O vidro da janela não está limpo. Pouco importa ao atento.

Na minha terra não se fazem perguntas a um homem comovido.

Não há sombra maligna no barco soçobrado.

(…)

Só se pede de empréstimo o que se pode devolver aumentado.

Há folhas, muitas folhas, nas árvores da minha terra. Os ramos podem escolher não ter frutos.

Ninguém acredita na boa-fé do vencedor.

Na minha terra agradece-se.

“A Sesta Branca”, in Os Matinais (1947-49)

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CHAR FAZ 33 ANOS EM 1940.

CHAR É DENUNCIADO COMO MILITANTE DE EXTREMA-ESQUERDA À PERFEITURA DE VAUCLUSE.

AS SUAS ANTERIORES ACTIVIDADES NO MEIO SURREALISTA SERVIRAM TAMBÉM DE PRETEXTO PARA A DENÚNCIA.

PASSA À CLANDESTINIDADE E COM O NOME DE CAPITÃO ALEXANDRE ORGANIZA A RESISTÊNCIA, DIRIGE A SAP, A SECÇÃO DE ATERRAGEM E PARAQUEDISMO, DESDE 1940 A 1944.

[RENÉ CHAR – ESTE FANÁTICO DAS NUVENS, Uma antologia organizada por Marie-Claude Char e Y. K. Centeno, tradução de Y.K. Centeno – Cotovia, uma prenda recente do António Silva.]
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FRANÇA - A CRISE (2)


Sommet social : 2,6 milliards d'euros pour les classes moyennes
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quarta-feira, fevereiro 18

PRÉ-HISTÓRIA


Seduziu-me também esta capa da qual me lembro muito bem. E lembrei-me que continuo a ser adepto incondicional do MES talvez porque me poupa a maçada de defender as suas propostas. A simples, e sábia, decisão de o extinguir libertou-me, e aos seus militantes, aderentes e simpatizantes, das obrigações que a sua existência exigia. Resta uma espécie de reconfortante filiação nas memórias pois nelas cabe toda a gente e ninguém.

Só não estou de acordo com o Pedro Rolo Duarte no parêntesis em que afirma que franjas do MES terão estado na origem do Bloco de Esquerda. As relações históricas entre o MES, a UDP e a LCI, em conjunto ou separado, revelam uma profunda incapacidade de gerar consensos duradoiros em prol da criação de uma frente política. Na verdade só ocorreram encontros de ocasião. Vou escrever um dia destes, com mais detença, acerca deste assunto.

Por isso não posso deixar de sorrir quando o Bloco de Esquerda, hoje, se reclama da Esquerda Socialista. Quanto muito foi o MES, por puro mimetismo, na época remota dos “amanhãs que cantam”, que se deslocou para o campo da esquerda revolucionária, ou extrema-esquerda, que é o verdadeiro campo político das organizações que deram origem ao Bloco.

O Bloco, ou interpostos ideólogos por ele, quando reivindica o ideário da esquerda socialista ensaia uma manobra, seguindo a velha táctica “entrista”, típica dos partidos trotskistas, visando capturar parte da “inteligência afecta ao PS”. O tom beatífico do seu líder é a face pós moderna da extrema-esquerda, já falecida, de cujos programa, e ideologia, a esmagadora maioria dos antigos acólitos do MES, por estarem vivos, se separaram há muito.

Não quer isto dizer que no Bloco não se possam encontrar meia dúzia de antigos filiados no MES, como também os há no PSD, mas, com toda a estima e consideração, são o que eu chamo de activos tóxicos. É no que dá a bendita liberdade … Haja saúde!
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JAPÃO - A CRISE (1)


La recesión se agudiza en Japón, que sufre ya la peor crisis desde la II Guerra Mundial
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terça-feira, fevereiro 17

DESEMPREGO - 2008

Rene Burri

As estatísticas são o que são. Não podem ser más quando são boas para o governo, nem boas quando são más para a oposição, e por aí fora …são o que são! O facto é que, surpresa das surpresas, em média, em 2008, a taxa de desemprego foi de 7,6%, o que se traduziu por um decréscimo de 0,4 p.p. face ao ano anterior. A população desempregada situou-se em 427,1 mil indivíduos, tendo diminuído 4,8% em relação ao ano anterior. A população empregada registou um acréscimo anual de 0,5%. Não vale a pena argumentar que o desemprego, apesar de ter diminuído, em média, em 2008, vai aumentar em 2009, o que é um facto mais do que previsível. O que interessa saber é qual o resultado das políticas contra o desemprego adoptadas pelo governo. Pelos vistos o resultado dessas políticas, em 2008, foi positivo. Quanto a 2009 mais vale esperar para ver … [Uma notícia séria, entre muitas notícias abjectas, acerca do assunto. Um artigo de opinião com pés e cabeça.]
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A MINHA TURMA DO 1º ANO DO LICEU DE FARO


Clique na fotografia e legenda para ampliar

Tenho na minha frente a fotografia da turma que frequentei nesse 1º ano em cujo verso a minha mãe escreveu: "Recordação do 1º ano – Faro – 10-4-1959".

Naquela fotografia dos professores que ilustra uma crónica de Lina Vedes pareceu-me, a um primeiro olhar, reconhecer onze (11) professoras e professores que me calharam em sorte. O tempo é traiçoeiro e a legenda, colocada posteriormente, permitiu-me identificar mais professores do que aqueles 11 que, no primeiro relance, tinha reconhecido.

O envio da fotografia da minha turma do 1º ano, adornada com uma surpreendente legenda, que mão cuidada se deu ao trabalho de fixar, permitiu-me mergulhar na memória de um convívio distante e reconhecer muitos rostos que nunca mais vi.

Na verdade entrei para o 1º ano do Liceu de Faro no ano lectivo de 1958/59. Um ano recheado de muitos, e significativos, acontecimentos políticos dos quais destaco, por curiosidade, as eleições presidenciais, às quais se candidatou Humberto Delgado (1958), e a chamada “Revolta da Sé” (1959).

Hoje sou capaz de associar o meu quotidiano juvenil, as ambiências familiares e escolares, com os acontecimentos de um tempo político, do qual guardo viva recordação, e que marcam, com nitidez, os antecedentes de um percurso pessoal que só a memória pode revelar de forma tão coerente e fiel.

Vejo os meus professores de liceu, entre os finais da década de 50 e inícios de 60, como uma mistura de conservadorismo pardo e de progressismo ilustrado encontrando-se gente de ambos os campos entre os "novos" e os "velhos" professores. A certa altura, no início dos anos 60, no Liceu de Faro, esquecendo os pardos, juntaram-se, por exemplo, no campo do progressismo ilustrado, os “velhos” Neves Júnior e Joaquim Magalhães, com os “novos” Gastão Cruz e Luísa Neto Jorge.

Já entre os alunos, além das marcas próprias da juventude de todas as épocas, é mais difícil vislumbrar, ou adivinhar, o resultado, nas suas vidas, da mistura das influências de mestres e funcionários, ilustrados ou pardos. O que é certo é que os jovens estudantes retratados ostentam uma pose compenetrada e, não lhes sendo permitido o convívio com as meninas, era-lhes imposta a “autoridade professoral” através de duas mulheres/professoras.

A fotografia foi tirada no Ginásio, onde todas eram tiradas, e no meio do grupo lá estão a Prof. ª Isabel Madruga e a Prof. ª Maria José Santos, a primeira das quais, por boas razões, nunca esquecerei. No Natal de 2007 ofereci uma cópia desta fotografia ao meu amigo Bexiga (António) e era bem capaz de mandar fazer tantas cópias quantos os personagens retratados, fazendo renascer em cada um de nós a memória de um tempo feliz.
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