Ainda a propósito de um comentário, e suas réplicas, a um post no “A Defesa de Faro”A respeito dos barbeiros da minha terra alguém nos comentários no
"A Defesa de Faro" me informou que o filho do "Garrochinho" (filho), meu barbeiro de meninice e árbitro de futebol de certa nomeada, vive em Olhão e é primo irmão do Luís Coelho até há pouco tempo Presidente da Câmara Municipal de Faro. Saravah! “Garrochinho" era, se não erro, alcunha de Pinto Coelho. Mas também mantive ligações com outros barbeiros da minha terra, o Góis, na Rua de Santo António à Pontinha, (não era?), embora quem me cortasse o cabelo não fosse ele mas um rapaz mais novo, de que não me lembro o nome, que trabalhava na cadeira ao lado e, acima, de todos, os saudosos
Pavão e
Veríssimo. Eu era um jovem à vista deles que tinham “salão”, respectivamente, no Café Aliança e no Jardim da Alagoa. Ambos eram membros do Grupo de Teatro do “
Círculo Cultural do Algarve”, por sinal, actores amadores de grande talento. Convivi com eles, vezes sem conta, nas actividades teatrais daquele grupo. Desempenhavam papéis “característicos” dispondo de uma veia humorística extraordinária, em especial, o Veríssimo pela sua figura imponente e voz fora do vulgar. Lembro-me das suas figuras como se fora hoje, dentro e fora do palco, homens de ofício e, afinal, homens de cultura que o Dr. Campos Coroa levou a todos os palco mais prestigiados do país, em particular, por alturas do 1965, representando a
Trilogia das Barcas (versão integral) de
Gil Vicente. Se bem me lembro (o catálogo da apresentação no S. Carlos está fora de mão) o Pavão, meio corcunda, fazia o “
sapateiro” [”
Arreganaria eu da festa/ e da puta da barcagem”. …] e o Veríssimo, entrando, logo de seguida, imponente, fazendo o “
frade”
[“Ah, corpo de Deos consagrado/pela fé de Jesu Cristo/que eu nom posso entender isto!...] provocavam, com a sua presença em palco, um sobressalto no público. Enfim, barbeiros de luxo!