quarta-feira, abril 4

POEMA EM SALDO Nº 25


Posted by PicasaFotografia de Hélder Gonçalves

Uma data que regressa sempre
transparente à cabeça
um sino pendular nas cavernas do corpo
e então escrevê-lo é abrir as potências
do sangue, dos pés até à raiz
dos cabelos, deixar crescer
a vida circular dos dias
pelo silêncio poderoso
se fundamenta um olhar
um sonho uma estátua invisível
dentro da memória
ordena-se o esquecimento
mantendo sempre a respiração do Mundo
entre muitos e muitos horizontes.

José Alberto Mar

Gaia, 1999
.

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá!

Por acaso, se é que ele existe, vi-me por aqui, c/ um poema de há uns tempos.
Gostei sobretudo de Ver o conjunto de poemas enviados para a iniciativa em questão.

Parabéns pelo óptimo Blog, ao autor do mesmo

José Alberto Mar