sábado, junho 26

Durão - Presidente da Comissão Europeia (2)

Vi ontem um debate na SIC Notícias - Expresso da Meia Noite - com um grupo de comentaristas divertidos. Para eles - sejam de simpatias da esquerda ou da direita - a crise política aberta com a demissão do primeiro-ministro é uma alegria.

Disseram muitos e variados disparates sem que algumas chamadas ao bom senso tivessem resultado. Hoje o Público fala de uma "remodelação profunda" do governo. Mas do que se trata é de um novo governo, com um novo primeiro-ministro. Não há remodelação nenhuma.

Se o PR não convocar eleições antecipadas, no fim do mandato deste novo governo os portugueses vão pedir contas a quem? A Durão Barroso, presidente da Comissão europeia (ex-primeiro ministro) ou a Santana Lopes, primeiro-ministro (ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa)?

E em Lisboa, no fim do mandato de Santana Lopes, os lisboetas vão pedir contas a quem? Só há uma maneira para legitimar politicamente uma mudança de primeiro-ministro e de governo: eleições antecipadas.

Não se trata de um cálculo político para dar o poder de volta à esquerda. Trata-se de uma questão de higiene democrática.

sexta-feira, junho 25

Durão - Presidente da Comissão Europeia

Faço um primeiro comentário, acerca deste magno assunto, na abébia vadia mas confesso que, depois do jogo de ontem, estou cansado e esta crise política foi bem pensada. É o dia certo.

"Pedro Santana Lopes, actual presidente da Câmara Municipal de Lisboa e vice-presidente do PSD, será o próximo primeiro-ministro de Portugal, após Durão Barroso ter decidido aceitar o cargo de presidente da Comissão Europeia. »

Se for verdade, como afiança o Expresso na sua versão online, cujo resumo reproduzo acima, o que pensar desta saída de Durão Barroso? O seu governo dura há pouco mais de 2 anos. A sua popularidade está em baixa. Não vai haver remodelação. Vai haver um novo governo. Certamente sem eleições e um novo primeiro-ministro - Pedro Santana Lopes?

Há muitas maneiras de fugir. Para cima, para baixo ou para o lado. Esta é uma dança. Se não houver eleições antecipadas tudo se resolve num círculo restrito. Depois admirem-se que haja cada vez mais desinteresse dos cidadãos pela política e pela participação cidadã.

Ganhaaaaamos (5)

Dei uma vista de olhos pela imprensa internacional buscando os relatos do Portugal-Inglaterra. Vejam aqui um exemplo.

É difícil imaginar o valor desta vitória para a imagem de Portugal no mundo. As notícias são todas de primeira página. Descrições de um jogo épico. Referências constantes a um herói: Ricardo. Pormenores: defendeu o penalty decisivo sem luvas e marcou o golo que nos deu a vitória facto invulgar para um guarda-redes.

Pormenores de um alcance para o imaginário colectivo que é difícil de interpretar. É um sinal de que os encantos da vida estão na assunção do risco, na novidade da descoberta, no afrontamento das dificuldades da vida com as mãos nuas.

Em realizar o que antes se considerava irrealizável. Muito do que o homem tem de bom em si próprio, e para oferecer aos outros, não se encontra, afinal, do lado da razão mas no lado da emoção. Não se encontra do lado do calculismo, mas do lado do expontâneo.

Afinal o "pequeno Portugal" venceu a "grande Inglaterra". Eram mesmo só 11 contra 11. O mundo tomou, com simpatia, conhecimento. Portugal, digo Portugal, surgiu aos olhos do mundo, através deste episódio, como um país vencedor.

Mas o povo não mudou, nem as dificuldades da vida foram atenuadas. Mas sempre é melhor vencer do que ser derrotado. Não é?

quinta-feira, junho 24

Ganhaaaaaamos (4)

Estou vivo. Nada mau. Foi um jogo raro. Daqueles que nos fazem acreditar na beleza de um combate travado frente a frente. Os ingleses não pertencem à categoria das turmas "manhosas".

Lutam com galhardia e sinto estima por eles. Podíamos ser nós os derrotados e mesmo se assim fosse teríamos merecido o aplauso geral. Mais uma festa e estamos cada vez mais próximos de alcançar um feito.

Scolari mostrou coragem e foi recompensado. Com ele a média de idades da selecção baixa de jogo para jogo. Não tem medo de substituir os "monstros sagrados". Olhem com atenção os nossos políticos como se faz uma reforma em acção.

Mas cuidado que os próximos adversários serão, porventura, ainda mais difíceis que os ingleses. Suécia ou Holanda. Na próxima quarta feira vou torcer para um novo Ganhaaaaamos. Um abraço especial ao respirar o mesmo ar e ao Joaquim Paulo.

Sonetos (II)

Tanto de meu estado me acho incerto,
Que em vivo ardor tremendo estou de frio;
Sem causa, juntamente choro e rio;
O mundo todo abarco e nada aperto.
É tudo quanto sinto um desconcerto;
Da alma um fogo me sai, da vista um rio;
Agora espero, agora desconfio,
Agora desvario, agora acerto.
Estando em terra, chego ao Céu voando;
Numa hora acho mil anos, e é de jeito
Que em mil anos não posso achar uma hora.
Se me pergunta alguém porque assim ando,
Respondo que não sei; porém suspeito
Que só porque vos vi, minha senhora.


Luís de Camões

(in Obras Completas, Círculo de Leitores,
Edição de Lobo Soropita, de 1595)

Ironia

"Beneficiários do RSI Sem Projectos de Inclusão"

A filosofia do "rendimento mínimo" assentava numa ideia de integração social. O "rendimento social de inserção" assumiu, na própria designação, a regeneração dessa ideia, pretensamente pervertida, pelo anterior governo.

Balanço: Os beneficiários do antigo "rendimento mínimo" recebem um subsídio. Os potenciais beneficiários do "RSI" não recebem subsídio, nem participam em projectos de integração.

quarta-feira, junho 23

CV-17

Regressando aos blogs do Brasil aqui têm o Papel de Pão. De tudo, nada

Sem apresentações. Assunto morto com o lema: "Tudo que eu possa dizer sobre mim está nos posts ao lado. O resto não importa"

Um dos mais belos blogs que tenho visitado nesta digressão. Na escrita e nas imagens. Vale a pena.

Vistas de Rua (6)

Rua Dr. Coelho de Melo, Faro, Algarve, Portugal

Quando olhava, da janela, aquela rua os meus olhos viam uma paisagem povoada de sonhos. Não era uma rua o que eles viam mas o espaço da liberdade. Ir à rua era sair em busca de sensações novas caminhando ao encontro do desconhecido. Ir à rua era buscar as diferenças que a disciplina da escola e as obrigações da casa tornavam grandiloquentes e imensas como o mar.

A rua em que eu nasci era de terra batida e nela era possível escavar buracos para jogar ao berlinde, desenhar, com o pé, figuras e olhar, curioso, os sulcos deixados pelas rodas do triciclo. A rua em que eu nasci era uma rua vulgar aos olhos do comum dos mortais mas, para mim, era uma avenida luminosa de sol e sombras desenhadas pelo calor da paixão de viver.

A rua em que eu nasci ainda lá está quase tal qual era na época da minha meninice. Uma rua de casas baixas, brancas de cal, com terraços mouriscos que, no verão, me queimavam os pés descalços. Nessa rua perdi a inocência. Aprendi tudo: a sonhar, a ler, a contar e a rezar. Nela conheci a beleza das mulheres e a cor da solidão. Aprendi a amar os que me amavam. A reconhecer a ausência e a partida. A morte e a vida. A doença e a miséria.

Tudo se aprende até aos 8 anos. Depois não se aprende nada.

terça-feira, junho 22

Sonetos (I)

Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
Mas não servia ao pai, servia a ela,
E a ela só por prémio pretendia.
Os dias, na esperança de um só dia,
Passava, contentando-se com vê-la;
Porém o pai, usando de cautela,
Em lugar de Raquel lhe dava Lia.
Vendo o triste pastor que com enganos
Lhe fora assim negada a sua pastora,
Como se a não tivera merecida,
Começa de servir outros sete anos,
Dizendo: - Mais servira, se não fora
Pera tão longo amor tão curta a vida!

Luís de Camões

(Edição de Lobo Soropita, de 1595
In Obras Completas - Círculo de Leitores)
.

Ganhaaaaamos (3)

As reflexões acerca do fenómeno do futebol não podem deixar de fora a crítica às tentativas descaradas de instrumentalização do Euro - 2004 à estratégia da coligação governamental nas últimas eleições europeias.

Queria deixar aqui uma nota de repugnância pelas sucessivas e organizadas acções de premeditada colagem e confusão entre a realidade do futebol e os desígnios políticos de uma candidatura eleitoral. O post de Porfírio Silva hoje afixado no abébia vadia refere só uma manifestação extrema desta política de inominável apropriação do fenómeno desportivo pela maioria de direita.

As recentes vitórias da selecção portuguesa e os festejos que delas resultaram, esperados e legítimos, deram para perceber, em toda a plenitude, a ideia dos estrategos da coligação "Força Portugal". A colagem à imagem de um país em festa vitoriando a selecção na véspera de eleições. A vitória sobre a Grécia permitiria a saída para a rua de multidões de portugueses carregando às costas os símbolos nacionais que a Coligação "capturou" para a sua campanha.

A imagem de um povo feliz a que se associariam os lideres do governo e da coligação. Tal fúria desesperada de protagonismo, ilegítima e desproporcionada, levou até a uma "invasão" da bancada vip do Estádio do Dragão, por membros do governo e comitiva, a que não escapou nem o próprio responsável pela organização do Euro.

Depois, após a vitória sobre a Rússia e, ainda com mais evidência, com as manifestações suscitadas pela vitória sobre a Espanha, foi possível antever o que teria sido esse momento. O tiro saiu pela culatra. Portugal perdeu com a Grécia. Em boa medida essa derrota foi da responsabilidade daqueles que quiseram, a todo o custo, instrumentalizar a selecção aos seus desígnios partidários. (imagino as pressões - directas e indirectas - sobre a Federação, técnicos e jogadores!).

Os portugueses celebraram, com euforia, as vitórias fazendo o que seria de esperar. Agora será melhor acautelar esta euforia para a disputa com a Inglaterra que, verdade seja dita, passe a ironia, foi a potência determinante na vitória portuguesa na batalha de Aljubarrota. Depois de vencida a Espanha, uma "potência continental" é a vez de nos defrontarmos com a nossa aliada estratégica tradicional, a Inglaterra, uma "potência marítima" como nós, embora nós tenhamos vergonha, a mais das vezes, de o assumir.

Espero que todos tenhamos razões para festejar, na próxima quinta-feira, a vitória do "pequeno" Portugal contra a "grande" Inglaterra". Pois, neste caso, não há desproporção de forças: são só onze contra onze.

segunda-feira, junho 21

CV-16

Ouguela Com Vida - o blog

"Este blog será um espaço onde os alunos e a comunidade de Ouguela poderão partilhar com todos os amigos os seus sonhos..."

Este blog tem a particularidade de ser editado por uma escola do Concelho de Campo Maior, Alentejo, frequentada por 5 alunos. Não tenho abordado, por opção pessoal, de forma sistemática, as questões da educação mas esta experiência vale bem a abertura de uma excepção.

Ganhaaaamos (2)

O meu amigo Joaquim Paulo Nogueira no seu Respirar deu-me um cartão amarelo amigável. Aqui vai a minha réplica antes que se faça tarde.

O que está em causa nestas abordagens críticas do fenómeno do futebol é uma certa incapacidade de percepção das diversas vertentes do "ganhámos". O meu compromisso com a comunidade em que insiro a minha acção, criatividade, convicção, crença, saber,..., não se esgota na observação das facetas imbecis da paixão colectiva.

Se assim fosse estaria, no limite, a dar caução a um nacionalismo serôdio ("que está fora do seu tempo") e a uma fé irracional nas vitórias decididas pelo destino. Mas o meu compromisso com a comunidade exige de mim uma capacidade de compreender o entusiasmo e a paixão dos outros e, em particular, quando os outros somos, de facto, nós próprios, embora não o queiramos reconhecer.

Não quero ficar de fora nem por uma razão de exibicionismo nem por uma razão de sensibilidade. Desde sempre tenho uma paixão pelo futebol que não consigo esconder nem dominar. Por isso nunca poderia ficar de fora da paixão destes dias.

Tenho, ao mesmo tempo, a percepção de que o futebol é visto por alguns como um subtil factor da distorção (distracção) das penas dos dias difíceis a que certas políticas têm submetido o nosso povo. Mas esses manipuladores são perdedores à partida pois jogam um jogo que a multidão exultante, no nosso tempo, não aceita nem amplia.

O perigo de erosão da democracia não provem da paixão do povo pelo futebol mas da capacidade dos podesres democráticos e seus agentes (os eleitos) serem capazes de se manterem fiéis aos compromissos que assumiram quando se apresentaram a sufrágio. Tenho para mim que a qualidade da democracia depende, acima de tudo, da qualidade dos eleitos. E que, salvo em situações de extrema penúria, todos nos podemos deixar possuir livremente pelas nossas paixões que o poder não cai na rua.

Preocupante seria o contrário. Aliás como têm afirmado diversos sociólogos, no âmbito desta discussão, são inúmeras as manifestações de resistência às tiranias que se têm apoderado do fenómeno desportivo e, em particular, do futebol, assim como são conhecidos os casos de sentido contrário. Mas esse também é um jogo que os democratas não podem recusar-se a jogar.

Nada, de essencial, muda na vida de uma comunidade com uma vitória da selecção mas a força do contentamento de um povo jamais pode ser aprisionada pela reflexão crítica do fenómeno da paixão. Estou pois de ambas as margens deste rio caudaloso. Paixão pelas vitórias (ganhaaaaamos!), compaixão pelas penas da vida qua a paixão da vitória não amacia nem atenua.


Pina Moura

Julguei que Pina Moura estivesse afastado da vida política activa. Agora que foi contratado por uma grande empresa e tem a sua vida profissional "encaminhada" pensei que guardaria o recato próprio dos profissionais da gestão privada cujas energias não são demais na dedicação às suas empresas e seus patrões.

Pelos vistos as tarefas de Pina Moura são outras. Os seus patrões preferem um primeiro-ministro de Portugal com um "perfil reformador inequivoco" e uma especial "consciência e sensibildade pessoal". Entendi. Alguém mais "flexível", menos "rígido", mais sorridente do que Ferro Rodrigues. Estão a ver! Vem isto a propósito da tomada de posição crítica de Pina Moura acerca de Ferro Rodrigues.

Sem menosprezo pela liberdade de opinião de todos os cidadãos, lembrei-me de um episódio curioso: no último Congresso do PS da "era António Guterres" Pina Moura foi crucificado, em particular, pelo silêncio de todos. Durante o Congresso não se ouviu uma palavra de apoio e solidariedade pelo seu esforço no exercício da função de Ministro das Finanças e da Economia. A única voz que se fez ouvir, solidária com Pina Moura, imaginem de quem foi... foi de Ferro Rodrigues. Eu estava lá e assisti a tudo.

A memória de Pina Moura é fraca e caminha na razão inversa dos seus rendimentos e de interesses particulares que só ele poderá explicar.

"Pina Moura critica Ferro Rodrigues
Apesar do recente triunfo eleitoral do PS, Pina Moura mantém as reservas quanto à actual direcção do partido. Para o deputado socialista, o líder do PS não tem perfil para levar os socialistas de volta ao poder.
Em declarações ao programa da SIC "Negócios da Semana", o deputado socialista e antigo ministro de Guterres criticou Ferro Rodrigues, dizendo que ele não tem o perfil reformador para levar o PS de volta ao poder.
"Não é o candidato melhor colocado, em virtude das suas próprias características para personificar, com mais eficiência, junto do eleitorado, esta conjugação de um compromisso reformador inequívoco de mudança e de modernização da sociedade portuguesa, conjugado com consciência e sensibilidade pessoal", disse Pina Moura."

domingo, junho 20

Ganhaaaaaaaamos!

Começamos mal e acabamos bem. Com os espanhóis aconteceu o contrário. Escrevo aqui pertinho do Estádio de Alvalade e o bruáaaaaa de fundo quando Portugal marcou é algo de impressionante. Um grito que ecoou e fez tremer os edifícios. Como se tivesse havido uma explosão colectiva.

Depois o desfile interminável de carros a buzinar e de pessoas de todas as idades, empunhando bandeiras nacionais (e do Brasil), encenando uma festa autêntica. Portugal ganhou. Mas como dizem os actores principais desta festa, os jogadores, maduros e realistas (mesmo os mais jovens), é preciso acreditar mas ainda não ganhamos nada.

Só o direito a sonhar com mais uma festa, no próximo domingo. Já não é mau!

Fragmentos de Leituras

"O instrumento subtil

Programa duma vanguarda:
"O mundo está sem dúvida fora dos eixos, só os movimentos violentos podem repor tudo no seu lugar. Mas pode acontecer que haja, entre os instrumentos que sirvam para o efeito, um pequeno, frágil, que exija ser manipulado com leveza." (Brecht, A Compra do Cobre)."

"Roland Barthes por Roland Barthes" -18
(Fragmento 2 de 4, pag. 9)

Edição portuguesa: "Edições 70"

Domingo - 20

Hoje é domingo. Este dia é um dia como outro qualquer. Com um acontecimento que o torna diferente. O jogo Portugal-Espanha do Euro-2004. Portugal precisa de ganhar para passar à fase seguinte.

Hoje é o dia da "missa de sétimo dia" pela derrota da coligação "Força Portugal" nas eleições europeias. Parece que poucos notaram como a colagem da propaganda da coligação governamental á selecção nacional a prejudicou na preparação para o jogo com a Grécia. Pelo que se viu em público imagino a pressão nos bastidores!

Hoje, derrotada a coligação nas urnas, a pressão política deixou de ter importância. A selecção ficou mais forte e tudo pode acontecer. Espero que Portugal jogue para ganhar. Mas mesmo no caso da selecção de Portugal ser eliminada é preciso não esquecer que outras grandes selecções correm o mesmo risco: desde logo a Espanha, a Itália, a Inglaterra, a Alemanha, a Holanda...

Hoje é domingo. Um dia como outro qualquer. Tudo o que possa acontecer no futebol não altera nada de essencial na vida dos portugueses. Se perdermos é mais do mesmo, se ganharmos fazemos uma festa e venha o próximo.

Mas, já agora, não ponham muitos ministros na tribuna VIP. Dá azar!

sábado, junho 19

SEIS MESES DE VIDA

O absorto completa hoje seis meses de vida. Foi criado em 19 de Dezembro de 2003. "Sem querer". Tinha a ideia mas, de súbito, dados os primeiros passos com sucesso, tive de inventar tudo. Não tenho estatísticas especiais nem programa social para apresentar. Não me parece importante e não me apetece. Só tenho uma certeza: por minha vontade a empresa vai continuar.

Saudações para o Brasil. Este blog tem uma "audiência" brasileira sempre superior a 15%. É bonito, pá! Um encorajamento à colombina (que bela escrita!) que me tem ajudado na série CVs. O mau tempo para ela vai passar.

Uma saudação à Miúda. Atenta ao quotidiano de Mogadouro, do Porto, de Portugal e do Mundo, com um sorriso doce.

Um abraço aos companheiros da abébia vadia. Como dizia Xico Buarque (60 anos de vida, não é?) a propósito da revolução dos cravos: "Um dia havemos de ser um grande Portugal".

Nós por cá estamos a pensar nisso.

sexta-feira, junho 18

CV-15

RAIN KING

Apenas mais um cara de 22 anos que mora em Fortaleza, tem 2 irmãs lindas, pais maravilhosos, um 206 cinza (ou prata - PC), muitos e bons amigos, ama música, Counting Crows, praia... e tenta, sempre que possível, ser feliz...

"One for sorrow
Two for joy
Three for girls and four for boys
Five for silver
Six for gold and
Seven for a secret never to be told..."

Adam Duritz


Rain King é um blog do Brasil que me foi revelado por Colombina que é apoiada por ele porque é assim que deve ser. Não os conheço. Mas é uma cultura individualista e solidária. Ao mesmo tempo. Perceberam? O conhecimento mútuo entre todos nós rompeu as fronteiras. O mundo deixou de ser dominado só pelos poderosos da finança, da guerra e dos negócios obscuros. Está nascendo todos os dias uma nova cultura entre os jovens de todas as idades que não aceitam ficar indiferentes perante as injustiças do mundo e de cada uma das nossas comunidades. Individualistas e solidários. Perceberam?



Educação Profissional - caminho do futuro

O artigo com o título em epígrafe já está disponível na versão electrónica do "Semanário Económico". Clique aqui.

Jorge Coelho

Todos os portugueses conhecem Jorge Coelho. Ele é um português como qualquer um de nós. Assumiu, a partir dos finais da década de 80, uma posição importante no PS.

Nos diversos papéis políticos que tem desempenhado, concordemos ou não com os seus alinhamentos, tem sido sempre um profissional com bom senso, competência, sentido de equilíbrio e realismo. Tenho um especial apreço por ele.

O resultado das eleições europeias parece ter surpreendido alguns dirigentes do PS. O PS obteve, para alguns deles, uma vitória demasiado expressiva. Esperavam uma vitória "tangencial" (uma "derrota" anunciada) que serviria para "deixar cair com honra" o secretário-geral Ferro Rodrigues.

Ficaram ácidos com o resultado. Os seus aplausos face à maior votação de sempre obtida pelo PS foram de cerimoniosa obrigação. Conheço-os. Mas se alguém não ficou surpreendido foi, certamente, Jorge Coelho. Não conheço o seu pensamento acerca do futuro do PS. Mas as suas palavras sensatas, publicadas no DN, merecem o meu sincero aplauso.