sábado, junho 26

Durão - Presidente da Comissão Europeia (2)

Vi ontem um debate na SIC Notícias - Expresso da Meia Noite - com um grupo de comentaristas divertidos. Para eles - sejam de simpatias da esquerda ou da direita - a crise política aberta com a demissão do primeiro-ministro é uma alegria.

Disseram muitos e variados disparates sem que algumas chamadas ao bom senso tivessem resultado. Hoje o Público fala de uma "remodelação profunda" do governo. Mas do que se trata é de um novo governo, com um novo primeiro-ministro. Não há remodelação nenhuma.

Se o PR não convocar eleições antecipadas, no fim do mandato deste novo governo os portugueses vão pedir contas a quem? A Durão Barroso, presidente da Comissão europeia (ex-primeiro ministro) ou a Santana Lopes, primeiro-ministro (ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa)?

E em Lisboa, no fim do mandato de Santana Lopes, os lisboetas vão pedir contas a quem? Só há uma maneira para legitimar politicamente uma mudança de primeiro-ministro e de governo: eleições antecipadas.

Não se trata de um cálculo político para dar o poder de volta à esquerda. Trata-se de uma questão de higiene democrática.

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