Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
sábado, janeiro 13
sexta-feira, janeiro 12
MISSA À PARTE
Fotografia Daqui
O Dr. Paulo Macedo director geral dos impostos é certamente um gestor competente e um homem de fé digo-o sem ironia no exercício de uma função pública à qual tem dedicado os maiores cuidados.
Não sei nada da sua vida privada nem das suas convicções ideológicas, credo religioso ou preferência política. Coloco-me face a ele como perante qualquer outro cidadão meu igual aceitando a sua liberdade que é, como a vida, um valor supremo.
Ler na íntegra no IR AO FUNDO E VOLTAR
O Dr. Paulo Macedo director geral dos impostos é certamente um gestor competente e um homem de fé digo-o sem ironia no exercício de uma função pública à qual tem dedicado os maiores cuidados.
Não sei nada da sua vida privada nem das suas convicções ideológicas, credo religioso ou preferência política. Coloco-me face a ele como perante qualquer outro cidadão meu igual aceitando a sua liberdade que é, como a vida, um valor supremo.
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quinta-feira, janeiro 11
quarta-feira, janeiro 10
A ASCENÇÃO POLÍTICA DA EXTREMA DIREITA
Com a entrada da Bulgária e da Roménia a extrema-direita reuniu as condições políticas para a formação de um grupo parlamentar no Parlamento Europeu. Ora aí está um acontecimento inédito para o curriculum do Dr. José Manuel Barroso cuja gravidade vai, aliás, na esteira da ascensão ao governo português em 2003, pela sua mão, da extrema direita pois é mesmo essa corrente que representa, em Portugal, com muito verniz mal disfarçado, o PP do Dr. Paulo.
Agora que o Dr. Barroso se coloca em bicos de pés para assegurar os apoios dos grandes para a sua recondução a um segundo mandato, desdobrando-se em iniciativas várias, é bom não esquecer a ascensão, no plano das instituições europeias, da extrema-direita. Para que conste ela aí está:
GABRIELA MISTRAL
dame la mano y me amarás.
Como una sola flor seremos,
como una flor, y nada más...
.
El mismo verso cantaremos,
al mismo paso bailarás.
Como una espiga ondularemos,
como una espiga, y nada más.
.
Te llamas Rosa y yo Esperanza;
pero tu nombre olvidarás,
porque seremos una danza
en la colina y nada más...
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DÁ-ME A MÃO
Dá-me essa mão e dançaremos;
dá-me essa mão e amar-me-ás.
Como uma só flor nós seremos,
como uma flor e nada mais.
O mesmo verso cantaremos
e ao mesmo ritmo dançarás.
Como uma espiga ondularemos,
como uma espiga e nada mais.
Chamas-me Rosa e eu Esperança;
mas o teu nome esquecerás,
Porque seremos uma dança
sobre a colina e nada mais.
Ternura (Madrid, 1924)
In Antologia Poética – Teorema
Tradução de Fernando Pinto do Amaral
[Um 4 de Setembro de 2005 publiquei a versão original do poema A CASA e um poema que escrevi a lápis no livro acima referido.]
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DÁ-ME A MÃO
Dá-me essa mão e dançaremos;
dá-me essa mão e amar-me-ás.
Como uma só flor nós seremos,
como uma flor e nada mais.
O mesmo verso cantaremos
e ao mesmo ritmo dançarás.
Como uma espiga ondularemos,
como uma espiga e nada mais.
Chamas-me Rosa e eu Esperança;
mas o teu nome esquecerás,
Porque seremos uma dança
sobre a colina e nada mais.
Ternura (Madrid, 1924)
In Antologia Poética – Teorema
Tradução de Fernando Pinto do Amaral
[Um 4 de Setembro de 2005 publiquei a versão original do poema A CASA e um poema que escrevi a lápis no livro acima referido.]
De Sisyphe à Prométhée
Imagem daqui
Camus – Sublinhados de Leitura das Obras Completas – Introdução (1)
(…) Au moment de la remise du prix Nobel, Camus reviendra sur le dessein global de son œuvre, rappelant qu’il avait d’abord exprimé «la négation», sous les formes «romanesque», « dramatique», «idéologique». « Mais, ajoute-t-il, c’était pour moi le doute méthodique de Descartes. Je savais que l’on ne peut vivre dans la négation […] ; je prévoyais le positif sous les trois formes encore. Romanesque : La Peste. Dramatique : L’État de siège et Les Justes. Idéologique : L’Homme révolté ». Ce chemin qui part de la négation et d’une forme de nihilisme pour les dépasser et mener au positif, à l’action, à la fécondité de la «pensée de midi» est bien celui qu’a suivi Camus. Cependant son itinéraire, aussi personnel et profondément médité qu’il soit, est influencé par l’histoire en train de se faire. Il note dans ses Carnets, le 21 février 1941 : «Terminé Sisyphe. Les trois Absurdes sont achevée.» Et il ajoute : « Commencements de la liberté.»
Le sous-titre de Combat, «De la Résistance à la révolution» - qui n’est pas de Camus, mais qu’il a approuvée -, résume ces idéaux : une société plus juste, une politique plus morale et véritablement démocratique, un gouvernement où des hommes neufs, issus de la Résistance, remplacerait le personnel politique usé par des années de compromis et de lâcheté ; une presse libre et consciente de sa responsabilité, une Europe reconstruite sur le respect mutuel, des institutions internationales fondées sur la volonté des peuples, et non sur les accords hypocrites des dirigeants. (…)
(1) In “Oeuvres complètes” – I (1931-1944) Gallimard, Introduction par Jacqueline Lévi-Valensi.
Camus – Sublinhados de Leitura das Obras Completas – Introdução (1)
(…) Au moment de la remise du prix Nobel, Camus reviendra sur le dessein global de son œuvre, rappelant qu’il avait d’abord exprimé «la négation», sous les formes «romanesque», « dramatique», «idéologique». « Mais, ajoute-t-il, c’était pour moi le doute méthodique de Descartes. Je savais que l’on ne peut vivre dans la négation […] ; je prévoyais le positif sous les trois formes encore. Romanesque : La Peste. Dramatique : L’État de siège et Les Justes. Idéologique : L’Homme révolté ». Ce chemin qui part de la négation et d’une forme de nihilisme pour les dépasser et mener au positif, à l’action, à la fécondité de la «pensée de midi» est bien celui qu’a suivi Camus. Cependant son itinéraire, aussi personnel et profondément médité qu’il soit, est influencé par l’histoire en train de se faire. Il note dans ses Carnets, le 21 février 1941 : «Terminé Sisyphe. Les trois Absurdes sont achevée.» Et il ajoute : « Commencements de la liberté.»
Le sous-titre de Combat, «De la Résistance à la révolution» - qui n’est pas de Camus, mais qu’il a approuvée -, résume ces idéaux : une société plus juste, une politique plus morale et véritablement démocratique, un gouvernement où des hommes neufs, issus de la Résistance, remplacerait le personnel politique usé par des années de compromis et de lâcheté ; une presse libre et consciente de sa responsabilité, une Europe reconstruite sur le respect mutuel, des institutions internationales fondées sur la volonté des peuples, et non sur les accords hypocrites des dirigeants. (…)
(1) In “Oeuvres complètes” – I (1931-1944) Gallimard, Introduction par Jacqueline Lévi-Valensi.
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terça-feira, janeiro 9
ANIVERSÁRIO
Fotografia de família
As suas mãos
As suas mãos sobre o seu peito
eram as mesmas mãos fraternas
que me acariciavam a face revolta
Eram umas mãos impensáveis
lindas de morrer, libertadoras
de tão gentis, generosas e boas
Tais mãos naquele dia que as vi
depositadas sobre o seu peito
eram as minhas mãos sem mim
As suas mãos frias e ausentes
deixaram de ser as minhas mãos
no dia em que sua vida se perdeu
In “Ir pela sua mão” – Editora Ausência
Maio 2003
Em memória de meu pai no aniversário da sua morte.
[Na fotografia adivinham-se o verde da vegetação e o cheiro próprio de uma ambiência mediterrânica. A minha avó paterna olha, embevecida, meu pai sorridente; eu aborrecido, de chapéu, recosto-me em minha mãe; minha tia Lucília, linda, com a filha mais velha ao colo junto a seu marido Graciano; logo atrás, de óculos, o meu irmão Dimas, entre outros, no quintal do palacete dos meus avós em Moncarapacho – Olhão.]
As suas mãos
As suas mãos sobre o seu peito
eram as mesmas mãos fraternas
que me acariciavam a face revolta
Eram umas mãos impensáveis
lindas de morrer, libertadoras
de tão gentis, generosas e boas
Tais mãos naquele dia que as vi
depositadas sobre o seu peito
eram as minhas mãos sem mim
As suas mãos frias e ausentes
deixaram de ser as minhas mãos
no dia em que sua vida se perdeu
In “Ir pela sua mão” – Editora Ausência
Maio 2003
Em memória de meu pai no aniversário da sua morte.
[Na fotografia adivinham-se o verde da vegetação e o cheiro próprio de uma ambiência mediterrânica. A minha avó paterna olha, embevecida, meu pai sorridente; eu aborrecido, de chapéu, recosto-me em minha mãe; minha tia Lucília, linda, com a filha mais velha ao colo junto a seu marido Graciano; logo atrás, de óculos, o meu irmão Dimas, entre outros, no quintal do palacete dos meus avós em Moncarapacho – Olhão.]
ACERCA DO DIRECTOR-GERAL DOS IMPOSTOS
Laetitia Casta
Sou contra a recondução do actual Director-Geral dos Impostos, Paulo Macedo, nas presentes condições e qualquer engenharia remuneratória para tornear o essencial da questão deixará ao governo um pesado encargo político para o futuro.
Ler na íntegra no IR AO FUNDO E VOLTAR
Sou contra a recondução do actual Director-Geral dos Impostos, Paulo Macedo, nas presentes condições e qualquer engenharia remuneratória para tornear o essencial da questão deixará ao governo um pesado encargo político para o futuro.
Ler na íntegra no IR AO FUNDO E VOLTAR
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segunda-feira, janeiro 8
A PROPÓSITO DO SINDICALISMO
Texto e Imagem do Divas & Contrabaixos
A questão que colocamos todos os dias é como ajustar as políticas sociais à nova realidade socio-económica, considerando situações como a permanência do desemprego estrutural, a flexibilidade do trabalho e, em consequência, a maior mobilidade e o menor compromisso das empresas em relação aos seus empregados. Por outro lado, vivemos tempos de reformas neoliberais. Em Portugal, poucos analistas se debruçaram sobre as transformações do trabalho, e menos ainda na perspectiva do sindicalismo. No domínio da sociologia do trabalho não encontrei nenhum trabalho recente.
A questão que colocamos todos os dias é como ajustar as políticas sociais à nova realidade socio-económica, considerando situações como a permanência do desemprego estrutural, a flexibilidade do trabalho e, em consequência, a maior mobilidade e o menor compromisso das empresas em relação aos seus empregados. Por outro lado, vivemos tempos de reformas neoliberais. Em Portugal, poucos analistas se debruçaram sobre as transformações do trabalho, e menos ainda na perspectiva do sindicalismo. No domínio da sociologia do trabalho não encontrei nenhum trabalho recente.
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Como têm as centrais sindicais enfrentado esta situação adversa? Vivem num mundo muito distinto daquele que deu origem ao sindicalismo revolucionário, mesmo se a evolução social não eliminou o problema fundamental da exploração dos trabalhadores. CGTP-IN e UGT têm adoptado posições e estratégias similares, encontraram vias distintas de acção, convergem em que matérias? Confesso que me sinto incapaz de tal análise, que qualquer opinião seria apenas "impressionista" (como diz o Vasco Graça Moura). Por exemplo, parece-me que existe nas duas centrais sindicais a crença de que a qualificação profissional seria uma boa maneira de enfrentar o desemprego (mas até que ponto a qualificação formal, sendo requisito importante na contratação, impede a demissão?).
A verdade é que mesmo nos media, e em particular nas televisões, são raras as oportunidades de discussão desta e outras matérias mais qualitativas.
Modelos de negociação, relações entre sindicatos (no seio das duas confederações), o peso da organização de trabalhadores nos locais de trabalho; e problemas de fundo relativos a higiene e segurança no trabalho, a doenças profissionais, à situação (segregação) das mulheres no trabalho, etc. não merecem, pelo que se (não) vê, suscitar interesse e reflexão. Os responsáveis sindicais são chamados a dar o seu testemunho apenas em ocasiões de greve e na origem destas estão, normalmente, reivindicações quantitativas, isto é, questões salariais.
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Com a maior diversificação de actividades que tem caracterizado o dinamismo dos sistemas económicos pós-industriais, não posso deixar ainda de sentir que são cada vez mais aqueles que não fazem parte dos grupos sociais tradicionalmente "protegidos" pelos sindicatos. Ficamos com a impressão de que, não sendo funcionário público, médico, jurista, professor ou jornalista, se está bem! Enfim, os jogadores de futebol, encontraram agora motivos para fazer uma greve, mas alguém ouviu falar dos direitos dos empregados domésticos, operários de construção, agricultores, empregados do comércio e hotelaria, actores, desenhadores técnicos, técnicos de estudos de mercado, tradutores, caixas de supermercados, etc., etc..
Não me vou alongar, mas cada uma destas profissões merecia algumas medidas legislativas dirigidas. Por exemplo, a maior parte dos funcionários domésticos não declaram actividade. Em França este problema foi atenuado quando os casais com filhos, em que mãe e pai trabalham, passaram a poder deduzir no IRS esses mesmos gastos. Todos ficaram a ganhar, o Estado também.
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Por cá, os protagonistas actuais, governo, empresas, sindicatos, são poucos eficazes na defesa dos nossos direitos. Ponho em causa esta concentração do poder político e social. A "descentralização" ou "democratização" das decisões relativas ao trabalho será um conceito pouco operacional?
Falávamos de sindicatos. Mas na minha área - Estudos de mercado e de opinião, as expectativas no sentido da legitimação dos interesses da classe são mais dirigidas às associações profissionais. A luta de classes passou para segundo plano. O eco do apelo "Operários de todo o mundo, uni-vos!" não encontrou ainda uma caixa de ressonância. E não é por falta de "operários" com contratos de trabalho precários.
[Maria do Rosário Fardilha a propósito do artigo “A luta de classes segue dentro de momentos …”, tema a retomar e desenvolver mais tarde.]
LISBOA DAKAR - UM FENÓMENO MEDIÁTICO
Fotografia Daqui
Tenho dito que o rali Lisboa Dakar é um fenómeno mediático a nível mundial. Cada vitória de uma equipa portuguesa coloca o nome do país em destaque em todos os meios de comunicação à escala global. Assim, naturalmente, com todas as outras.
É claro que as equipas e os pilotos de cada país são tratados pelos meios de comunicação respectivos com maior destaque. Nada de admirar. Deixo a título de exemplo um site português e os blogues do “El Pais” e do “Estado de S. Paulo”.
Tenho dito que o rali Lisboa Dakar é um fenómeno mediático a nível mundial. Cada vitória de uma equipa portuguesa coloca o nome do país em destaque em todos os meios de comunicação à escala global. Assim, naturalmente, com todas as outras.
É claro que as equipas e os pilotos de cada país são tratados pelos meios de comunicação respectivos com maior destaque. Nada de admirar. Deixo a título de exemplo um site português e os blogues do “El Pais” e do “Estado de S. Paulo”.
domingo, janeiro 7
Pela noite dentro
Fotografia Bartek Pogoda
Pela noite dentro meio dormida meio acordada
Torna-se presente o que não me interessa nada
6/12/2007
Pela noite dentro meio dormida meio acordada
Torna-se presente o que não me interessa nada
6/12/2007
LISBOA DAKAR - 2ª ETAPA
Hélder Rodrigues
Helder Rodrigues estreia-se a vencer
Carlos Sainz vence segunda etapa
João Nazareth vence nos Quads
[No Lisboa Dakar, os portugueses saem na frente, em território nacional. É um feito que dá direito a sair em todas as primeiras páginas da imprensa internacional. Nada pouco!]
Helder Rodrigues estreia-se a vencer
Carlos Sainz vence segunda etapa
João Nazareth vence nos Quads
[No Lisboa Dakar, os portugueses saem na frente, em território nacional. É um feito que dá direito a sair em todas as primeiras páginas da imprensa internacional. Nada pouco!]
CONSUELO DE SAINT EXUPÉRY
Fotografia daqui
Comprei um belo livro intitulado “Antoine de Saint Exupéry e Consuelo, Um Amor Lendário”, edição portuguesa da Teorema. Usufruir das memórias de algumas figuras lendárias é um prazer que nos reconcilia com a vida.
Comprei um belo livro intitulado “Antoine de Saint Exupéry e Consuelo, Um Amor Lendário”, edição portuguesa da Teorema. Usufruir das memórias de algumas figuras lendárias é um prazer que nos reconcilia com a vida.
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