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Ressonância de 14 de Fevereiro de 2004. Trata-se do penúltimo post com os meus sublinhados da primeira leitura dos Cadernos de Camus, publicado no absorto. Foi endereçado para o blogue Cadernos de Camus mas, por razões que desconheço, não foi publicado.
O Caderno n.º 6 que integra, na edição portuguesa, o volume Cadernos III da Colecção Miniatura, editada pela Livros do Brasil, respeita ao período de Abril de 1948 a Março de 1951.
Os sublinhados desde caderno n.º 6 serão divididos em duas partes para efeitos de inserção no projecto Cadernos de Camus. Eis a primeira parte dos mesmos:
“Arte moderna. Encontram o objecto porque ignoram a natureza. Refazem a natureza e não lhes resta outro recurso porque a esqueceram. Quando esse trabalho estiver concluído, começarão os grandes anos.”
““Sem uma liberdade ilimitada de imprensa, sem uma liberdade absoluta de reunião e de associação, o domínio de largas massas populares é inconcebível” (Rosa Luxemburgo, a Revolução Russa).””
“”Salvador de Madariaga: “A Europa só recobrará os seus sentidos quando a palavra revolução evocar vergonha e não orgulho. Um país que se ufana da sua gloriosa revolução é tão fátuo e absurdo como um homem que se ufanasse da sua gloriosa apendicite.”
Verdade num certo sentido, mas discutível.””
“Segundo Richelieu, os rebeldes, sendo em tudo iguais, são sempre menos fortes do que os defensores do sistema oficial. Por causa da má consciência.”
“”G. Greene: ...
Id. “Para quem não crê em Deus, se as pessoas não forem tratadas segundo os seus méritos, o mundo é um caos, é-se levado ao desespero””(Sublinhado parcial de um conjunto de citações de G. Green. No final escrevi: “Atenção”)
“Peça. O Orgulho. O orgulho nasce no meio das trevas”
“Os artistas querem ser santos, não artistas. Eu não sou um santo. Queremos o consentimento universal e não o teremos. Então?”(Escrevi “Poema José Gomes Ferreira” cuja Poesia I, de 1948, deveria andar a ler)
““Título da peça. A inquisição em Cádis. Epígrafe: “A Inquisição e a Sociedade são os dois grandes flagelos da verdade.” Pascal””
“Dilaceração por ter aumentado a injustiça julgando-se servir a justiça. Reconhecê-lo pelo menos e descobrir então essa dilaceração maior: reconhecer que a justiça total não existe. Ao cabo da mais terrível revolta, reconhecer que não se é nada, isso é que é trágico.”
“Gobineau: Não descendemos do macaco, mas aproximamo-nos dele a toda a velocidade.”
Extractos, in “Cadernos” (1964-Editions Gallimard), tradução de António Ramos Rosa, Colecção Miniatura das Edições “Livros do Brasil”, Caderno nº6 (Abril de 1948/ Março de 1951).
Ressonância de 14 de Fevereiro de 2004. Trata-se do penúltimo post com os meus sublinhados da primeira leitura dos Cadernos de Camus, publicado no absorto. Foi endereçado para o blogue Cadernos de Camus mas, por razões que desconheço, não foi publicado.
O Caderno n.º 6 que integra, na edição portuguesa, o volume Cadernos III da Colecção Miniatura, editada pela Livros do Brasil, respeita ao período de Abril de 1948 a Março de 1951.
Os sublinhados desde caderno n.º 6 serão divididos em duas partes para efeitos de inserção no projecto Cadernos de Camus. Eis a primeira parte dos mesmos:
“Arte moderna. Encontram o objecto porque ignoram a natureza. Refazem a natureza e não lhes resta outro recurso porque a esqueceram. Quando esse trabalho estiver concluído, começarão os grandes anos.”
““Sem uma liberdade ilimitada de imprensa, sem uma liberdade absoluta de reunião e de associação, o domínio de largas massas populares é inconcebível” (Rosa Luxemburgo, a Revolução Russa).””
“”Salvador de Madariaga: “A Europa só recobrará os seus sentidos quando a palavra revolução evocar vergonha e não orgulho. Um país que se ufana da sua gloriosa revolução é tão fátuo e absurdo como um homem que se ufanasse da sua gloriosa apendicite.”
Verdade num certo sentido, mas discutível.””
“Segundo Richelieu, os rebeldes, sendo em tudo iguais, são sempre menos fortes do que os defensores do sistema oficial. Por causa da má consciência.”
“”G. Greene: ...
Id. “Para quem não crê em Deus, se as pessoas não forem tratadas segundo os seus méritos, o mundo é um caos, é-se levado ao desespero””(Sublinhado parcial de um conjunto de citações de G. Green. No final escrevi: “Atenção”)
“Peça. O Orgulho. O orgulho nasce no meio das trevas”
“Os artistas querem ser santos, não artistas. Eu não sou um santo. Queremos o consentimento universal e não o teremos. Então?”(Escrevi “Poema José Gomes Ferreira” cuja Poesia I, de 1948, deveria andar a ler)
““Título da peça. A inquisição em Cádis. Epígrafe: “A Inquisição e a Sociedade são os dois grandes flagelos da verdade.” Pascal””
“Dilaceração por ter aumentado a injustiça julgando-se servir a justiça. Reconhecê-lo pelo menos e descobrir então essa dilaceração maior: reconhecer que a justiça total não existe. Ao cabo da mais terrível revolta, reconhecer que não se é nada, isso é que é trágico.”
“Gobineau: Não descendemos do macaco, mas aproximamo-nos dele a toda a velocidade.”
Extractos, in “Cadernos” (1964-Editions Gallimard), tradução de António Ramos Rosa, Colecção Miniatura das Edições “Livros do Brasil”, Caderno nº6 (Abril de 1948/ Março de 1951).
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