quinta-feira, maio 10

AS ELEIÇÕES EM LISBOA

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"Lisboa é um assunto demasiado sério para ser deixado à elite lisboeta, responsável por a cidade ter chegado onde chegou"

Paulo Varela Gomes, PÚBLICO, 10-05-2007

Que me desculpem a ignorância: mas a que elite lisboeta se refere PVG? Há uma elite lisboeta? Ontem passei por uma casa antiga ali para os lados da Rua do Século, cuja fachada está cravejada de lápides. Lá moraram, entre outros, Ramalho Ortigão, José Gomes Ferreira, Bernardo Marques, António Ferro e Fernanda de Castro.

Nos anos 30/40/50 eles faziam parte da elite lisboeta apesar de alguns não serem naturais de Lisboa? Sim. E quem foram, nessa época, os presidentes da Câmara de Lisboa? Vejam aqui. A figura com maior relevância política que exerceu as funções de Presidente da Câmara Municipal de Lisboa foi, por essas décadas, a meu ver, Duarte Pacheco (1938). Era um lisboeta natural de Loulé. Pertenceria ele à elite lisboeta da época? Tenho as maiores dúvidas! Acho que a elite lisboeta o odiava!

Considerando o período pós 25 de Abril, as coisas mudaram por força da consagração do sufrágio universal. Os partidos fizeram por escolher os principais candidatos entre naturais dos respectivos concelhos mas, mesmo assim, o presidente da CML que exerceu funções durante mais tempo (9 anos) foi Nuno Krus Abecasis. Era natural de Faro. Pertenceria à elite lisboeta? Tenho as maiores dúvidas! Acho que a elite lisboeta o tolerava!

A designação “elite lisboeta”, no sentido depreciativo, aplica-a, certamente, PVG, à última “leva” de presidentes e, em particular, a Jorge Sampaio e João Soares. Pertencem eles à elite lisboeta? Sim! Mas é da maior injustiça metê-los no mesmo saco com Santana Lopes e Carmona Rodrigues.

Poder-se-á dizer que a elite lisboeta, só ocupou o poder autárquico, em Lisboa, através de Sampaio e Soares apoiados, ironicamente, pelo chamado “povo de esquerda”. E a verdade é que poucos deixarão de reconhecer que, cada um ao seu estilo, desempenharam bem o seu papel, ou seja, com base num plano estratégico, bom senso e bom gosto, realizaram obras de vulto com verdadeiro impacto na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos lisboetas e dos outros que trabalham em Lisboa e a visitam.

Diga-se que, apesar da profunda diferença de estilos, entre 1989 e 2001, Sampaio e Soares, para simplificar, geriram Lisboa com pés e cabeça. O mesmo não aconteceu com Santana e Carmona cujos atribulados mandatos foram um mosaico das mais desvairadas aventuras megalómanas e o mais que se verá …

Mas aberta a crise política no concelho de Lisboa (não confundir com a sua área metropolitana) vamos para eleições. Deixemos de parte, por agora, a questão dos candidatos que ameaçam ser uma multidão. Seja qual for o conceito que tenhamos da elite lisboeta quem vai eleger os autarcas do concelho de Lisboa? Os eleitores inscritos no concelho de Lisboa! Da mesma maneira que quem elegeu Jardim foram os eleitores inscritos na Região Autónoma da Madeira.

E por aí adiante já que o regime democrático tem esta coisa de dar ao povo o direito à escolha, em eleições livres, dos seus representantes nos respectivos círculos eleitorais conforme a natureza de cada sufrágio.

A cada instituição os seus candidatos. A cada circunscrição os seus eleitores. A cada povo a sua elite. Mas, para mim, tenho como certo que qualquer eleição democrática é um assunto demasiado sério para ser deixada à elite dos comentaristas políticos. O povo é soberano! Não há volta a dar!

NA CIDADE NASCI


Na cidade, quem olha para o céu?
É preciso que passe o avião...
Quem me dera o silêncio, a solidão,
Onde pudesse, alguma vez, ser eu!
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Na cidade nasci; nela nasceu
A minha dispersiva inquietação;
E o meu tumultuoso coração
Tem o pulsar caótico do seu.
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A! Quem me dera, em vez de gasolina,
O cheiro da terra húmida, a resina,
A flores do campo, a leite, a maresia!
Em vez da fria luz que me alumia,
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O luar sobre o mar, em tremulina...
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quarta-feira, maio 9

A CML CAÍU

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CAÍU. ERA INEVITÁVEL. PARECE QUE VAMOS TER UMA CHUVA DE CANDIDATOS EM QUE OS PARTIDOS DO BLOCO CENTRAL PODEM SER CONFRONTADOS COM OS SEUS RESPECTIVOS DUPLOS INDEPENDENTES: CARMONA RODRIGUES E HELENA ROSETA.

O INTERESSANTE DESTE ANTI CLIMAX É QUE JÁ SÃO CONHECIDOS OS DUPLOS MAS NÃO SÃO CONHECIDOS OS VERDADEIROS ACTORES. ESPERO QUE ESTES SEJAM MELHORES DO QUE AQUELES E, NESSE CASO, ATÉ PODE SER SAUDÁVEL A CHUVA DE CANDIDATOS.

DESTA FORMA MAIS SE REFORÇA A IDEIA DE QUE, EM PARTICULAR, O PS TEM QUE APRESENTAR COMO CABEÇA DE LISTA UMA PERSONALIDADE FORTE E COM CREDIBILIDADE POLÍTICA. CASO CONTRÁRIO SOFRERÁ MAIS UMA DERROTA ELEITORAL E ESTA VAI DOER MAIS QUE AS ANTERIORES.
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MAIO 9

Posted by PicasaAgostinho Roseta

Em Maio, o ar dos pobres diabos que deambulam pelos passeios. O pólen que se desprende das flores. As árvores erectas quais bandeiras desfraldadas. A vista luminosa sobre a outra banda com o Tejo pelo meio. As efemérides tristes e empolgantes. A morte e a vida que ganham a cor clara dos longos fins de dia. Maio em Lisboa é uma sinfonia de sentimentos desencontrados. Já não há revoltas nem rufam os tambores da guerra. O que escrevem os poetas? Nunca se sabe o que escrevem os poetas mesmo que mostrem o que escrevem. Hoje passam doze anos sobre a morte do Agostinho. No mesmo dia do aniversário de minha mulher. Maio, mês de todas as desilusões e promessas felizes.

[Reescrevendo posts antigos.]
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BUS

Posted by PicasaFotografia de família

BUS
BUSio
aBUSio
BUSsola
arBUSto
BUSto
emBUSte
BUS

[Uma brincadeira, talvez de 1981, em torno de BUS,
petit nom da Guida, minha mulher, no dia do seu aniversário,
com algumas palavras inventadas.]

segunda-feira, maio 7

PINA MOURA

Posted by PicasaPina Moura

Não disse até hoje uma palavra acerca das novas funções de Pina Moura. É um tema doloroso de abordar. Não aprecio o personagem por uma simples razão: tenho razões para não o apreciar. Não vale a pena entrar em detalhes.

Mas o que queria dizer acerca das novas funções do personagem, é tudo o contrário do que a maioria dos média, reproduzindo a opinião do PSD, têm dito: a nomeação, legítima, de Pina Moura para o mando de uma empresa privada de comunicação social é um perigo … mas para o governo e o partido socialista!

O tempo o dirá …
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Pierre Rosanvallon

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TELMO MOREIRA

Telmo Moreira

Outstanding European Dancer Award (Presented by Dance Europe magazine) - Telmo Higino Gomes Moreira, (15) Escola de Danca do Conservatorio Nacional, Portugal

Diz quem o viu em palco que é um bailarino que irradia aquela chama que só os grandes artistas transportam consigo.

domingo, maio 6

Nicolas Sarkozy

Posted by PicasaNicolas Sarkozy

"Je vais rendre aux Français la fierté de la France"

A França escolheu o Presidente. A direita ganhou a presidência como quase sempre tem acontecido. A França vai virar à direita, dificultar a aprovação do tratado constitucional, inviabilizar a adesão da Turquia à UE, endurecer a política de imigração, fechar-se mais sobre si própria revendo-se num nacionalismo provavelmente exacerbado.

Nada que não estivesse escrito nas estrelas. Os socialistas vão recriminar-se mutuamente, mostrar as suas divisões, mudar de liderança, acantonar-se para enfrentar um longo período de oposição pois não é expectável que, nas próximas eleições legislativas, a direita deixe fragilizar a vitória presidencial.

Mas tenho as maiores dúvidas se qualquer outro candidato, que não Ségolène Royal, pudesse obter um resultado melhor, ou seja, ganhar as eleições presidenciais. Em França a esquerda, a não ser em condições excepcionais, é minoritária no pleito presidencial. Veja a lista dos presidentes franceses: só François Mitterrand (1981-1995) foi a excepção.
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CAMUS - LEITURAS

Posted by PicasaAlbert Camus ou la fatalité des natures

Chegou-me, hoje, às mãos o livro supracitado, de autoria de Frédéric Musso, acerca da obra de Camus. Uma prenda do F e da M. conjuntamente com um recorte de jornal no qual se anuncia a chegada às livrarias, no próximo dia 10 (ou 16), em França, de um outro livro, certamente notável: “Correspondance 1946-1959”, d' Albert Camus e René Char, édition de Franck Planeille.

Próximas leituras a partilhar com o "D. Afonso Henriques", de José Mattoso, já no cap. 4, neste caso, uma leitura de longo curso para compreender um pouco melhor a raiz do nosso ser português.
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MÃOS

Posted by PicasaFotografia de família

Tolda-se o ar da névoa vinda do mar
Cheira a uma réstia de maresia e a sal
Que o vento traz e se nos agarra à pele

Respiro a bruma da manhã pela janela
Sabe a chá de erva cidreira servido tal
O desejo que satisfaz só faz falta o mel

Vejo mãos múltiplas as mãos estendidas
Na minha direcção e tocam-me por bem
Sabia delas quase tudo e lhes dei prazer

E me deram tudo o que tinham para dar
Que é feito delas? Mãos da minha vida
Que é feito? Esfumaram-se na memória.

Lisboa, 29 de Novembro de 2004

[Um poema antigo para a minha mãe.]
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MADEIRA, UMA SEMI-DEMOCRACIA

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VANESSA FERNANDES

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DARFUR

Posted by PicasaFotografia daqui

Bonjour à tous,
Peut-être que vous êtes déjà au courant (bien que les médias n'en parlent quasiment jamais!) mais en ce moment des millions de personnes sont en train de se faire torturer et massacrer au Darfour et personne n'agit!

Les autorités parlent même du plus grand génocide n'ayant jamais existé...
C'est pourquoi nous devons tous agir pour essayer de faire bouger les choses et le premier geste à faire est de signer l'Europétition d'Urgence pour le Darfour. Cette pétition a été mise en place au niveau européen et "il suffit" seulement de récolter 1 million de signatures en France avant le 1er juin (idem pour les autres pays européens) pour que l'ONU soit obligée de se rendre sur place afin de faire cesser les hostilités et d'amener des vivres et des médicaments aux rescapés qui arrivent à échapper aux massacres.
Prenez donc 2 minutes de votre temps pour signer cette pétition qui n'engage absolument à rien (vous pouvez même la signer anonymement)!

Vous sauverez ainsi des milliers de personnes. Transmettez également cette pétition à toutes les personnes de votre entourage, c’est très important!

CLIQUE AQUI PARA ASSINAR A PETIÇÃO

sábado, maio 5

MIGUEL TORGA, CARLOS QUEIROZ, ALBERTO SERPA E VITORINO NEMÉSIO

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O programa cultural da “Fundação das Casas de Fronteira e Alorna” oferece, além do V Ciclo de Música, a poesia de quatro poetas portugueses que muito raramente são trazidos à ribalta: Miguel Torga, Carlos Queiroz, Alberto Serpa e Vitorino Nemésio.


8, 10, 15 e 17 de Maio de 2007


V CICLO DE MÚSICA E
POESIA PORTUGUESA DO SÉC. XX - PRESENÇA


-8 de Maio de 2007 (terça-feira)

18h30 – RECITAL DE CANTO E PIANO POR FRANCISCO REIS (tenor), MONICA LAZERDA (soprano) e
VERA PROKIC (piano)



W. A, MOZART - Sonata em dó maior
F. CHOPIN – Variações em ré maior
S. RACHMANINOV – 6 Morceaux
F. LISZT – Rapsódia Húngara nº 2

20h00/21h30 – JANTAR

21h30 – RECITAL DE POESIA DE MIGUEL TORGA

Apresentação e Comentários: José Augusto Cardoso Bernardes

Leitura: Antónia Brandão, Fernando Mascarenhas e Teresa Albuquerque.


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- 10 de Maio de 2007 (quinta-feira)

18h30 – RECITAL DE CANTO E PIANO POR MANUEL PEDRO NUNES (barítono) e KODO YAMAGISHI (piano)


Obras de: Lacerda, Brahms, Dvorak e Falla.

20h00/21h30 – JANTAR

21h30 – RECITAL DE POESIA DE CARLOS QUEIROZ

Apresentação e Comentários: Isabel Rocheta

Leitura: Antónia Brandão, Fernando Mascarenhas e Teresa Albuquerque.


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-15 de Maio de 2007 (terça-feira)

18h30 – RECITAL DE CANTO E PIANO POR MANUEL PEDRO NUNES (baritóno) e PAULA GRIMALDI (piano)


SCHUBERT – “A Bela Moleira”.

20h00/21h30 – JANTAR

21h30 – RECITAL DE POESIA DE ALBERTO SERPA

Apresentação e Comentários: Luís Adriano Carlos

Leituras: Antónia Brandão, Fernando Mascarenhas, Teresa Albuquerque e Vanda Anastácio.


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- 17 de Maio de 2007 (Quinta-feira)

18h30 – RECITAL DE PIANO POR SAVKA KONJIKUSIC E VERA PROKIC


obras de: Francisco de Lacerda, Jaime Ovalle, V. Henriques, E. di Capua, L. Bernstein, Liszt-Schubert-Gretchen e Spinnrade, Verdi, Puccini, Mascagni e Liszt-Verdi.


20h00/21h30 – JANTAR

21h30 – RECITAL DE POESIA DE VITORINO NEMÉSIO

Apresentação e Comentários: Fátima Freitas Morna

Leituras: Antónia Brandão e Fernando Mascarenhas.


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Os Recitais de poesia são de entrada livre.

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Local: Palácio Fronteira, Largo São Domingos de Benfica, 1, 1500-554 Lisboa
Informações: Telefone: 21 778 45 99 (Assuntos Culturais) Fax: 21 778 03 57

Auschwitz

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