Fotografia de família
Tolda-se o ar da névoa vinda do mar
Cheira a uma réstia de maresia e a sal
Que o vento traz e se nos agarra à pele
Respiro a bruma da manhã pela janela
Sabe a chá de erva cidreira servido tal
O desejo que satisfaz só faz falta o mel
Vejo mãos múltiplas as mãos estendidas
Na minha direcção e tocam-me por bem
Sabia delas quase tudo e lhes dei prazer
E me deram tudo o que tinham para dar
Que é feito delas? Mãos da minha vida
Que é feito? Esfumaram-se na memória.
Lisboa, 29 de Novembro de 2004
[Um poema antigo para a minha mãe.]
Tolda-se o ar da névoa vinda do mar
Cheira a uma réstia de maresia e a sal
Que o vento traz e se nos agarra à pele
Respiro a bruma da manhã pela janela
Sabe a chá de erva cidreira servido tal
O desejo que satisfaz só faz falta o mel
Vejo mãos múltiplas as mãos estendidas
Na minha direcção e tocam-me por bem
Sabia delas quase tudo e lhes dei prazer
E me deram tudo o que tinham para dar
Que é feito delas? Mãos da minha vida
Que é feito? Esfumaram-se na memória.
Lisboa, 29 de Novembro de 2004
[Um poema antigo para a minha mãe.]
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1 comentário:
Este tipo de entradas é, muito provavelmente, "a" razão que me faz abrir, todos os dias, este teu blog. Abraço.
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