quinta-feira, agosto 6

FERREIRA LEITE NO GINÁSIO


Uma colecção de “cromos” do PSD, aparelho+fazedores de opinião, zurze as listas de candidatos que Ferreira Leite impôs ao PSD. Faltam 51 dias para o povo ir às urnas e o PSD faz o pleno: o seu programa resume-se, por ora, a um texto de 25 linhas (pífias) e as suas listas de candidatos surgem a público como um “dictat” de Ferreira Leite. A política do PSD define-se, por estes dias, em duas palavras: autoridade sem ideias. Muita gente defende que este é o melhor caminho para o PSD ganhar as eleições. Segundo alguns o povo não quer saber nem dos programas, nem dos deputados. O povo quer, quanto muito, escolher o “chefe”. No limite o povo suporta a democracia como um sacrifício necessário para evitar os incómodos da tirania. No presente a solução possível – dando de barato que não é viável suspender a democracia por 6 meses - será eleger um “chefe” forte. Ferreira Leite sabe que do outro lado estará Sócrates cuja imagem todos os portugueses interiorizaram como a de um “chefe” forte. Por estes dias Ferreira Leite dedica-se, afanosamente, mesmo que para tal seja necessário espatifar o PSD, a trabalhos de musculação. Quanto pior disserem das suas opções melhor, pensa ela (e os seus conselheiros). Pois pensa que precisa aparecer perante a opinião pública com uma imagem de autoridade incontestada. A táctica não está mal pensada. Resta saber se Sócrates será capaz de, sem perder a imagem de autoridade, credibilizar a imagem de homem de estado.
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quarta-feira, agosto 5

PALMA INÁCIO

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prémio lamniscata

Receber um prémio, nestas lides, é um convite à convivialidade (cada vez mais difícil). Ainda para mais com meio mundo a banhos. Não resisto, agradeço ao Mareirices e passo:
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A NOITE DAS FACAS LONGAS

As “Linhas Gerais do Programa Eleitoral para as Eleições Legislativas” do PSD cabem em 25 linhas. Trata-se de um borrão destinado a “tapar” as notícias, verdadeiramemte importantes, acerca do conturbado processo de escolha dos candidatos a deputados do PSD às próximas eleições legislativas. O mais extraordinário foi a velocidade com que a comunicação social substituiu as manchetes. Afinal a propaganda é inseparável da “política de verdade”. Mas as notícias da noite passada são interessantes não tanto pela exclusão de Passos Coelho como candidato, por razões assumidamente políticas, como pela lição de tolerância democrática, e de pluralidade, que o PSD deu ao país. Não se trata de uma questão de optar por “caras novas” ou por “caras velhas”. Nem de uma opção pela “competência” em desfavor da “novidade”. Nas listas do PSD haverá de tudo um pouco e nem tudo será desprezível. A importância dos acontecimentos da noite passado, pelas bandas do PSD, centra-se no facto de ter sido um espectáculo deprimente de desprezo pela democracia interna do PSD. Para tantos daqueles que sempre acusaram Sócrates de autoritário, autista, e tudo o mais, não está nada mal! É o PSD no seu máximo esplendor no regresso ao passado cavaquista. Tanto nas caras, vinte e cinco anos mais velhas, como nos métodos. Recriminações generalizadas, mesquinhez nos saneamentos, promoções improváveis, … mostrando ao país como as divergências no PS são uma brincadeira de criança à vista do espectáculo de carnificina no que parece ter sido a noite das facas longas no PSD …
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terça-feira, agosto 4

IMPRESSÕES DE UM AGOSTO PRÉ ELEITORAL

Por estes dias fui ao Algarve e voltei. Ir ao Algarve, para mim, é “ir à terra”. Pisar o chão dos meus antepassados, ajudar nalguns trabalhos e conhecer a difícil realidade de gente que não tem tempo de antena. A vida está difícil. As pessoas com quem falei não alardeavam as suas queixas. Simplesmente descreviam situações. Resignação. Um aparente alheamento da política que, em vão, clama por atenção. Os pobres acomodam-se e lutam pela sobrevivência. Os apoios do estado social evitam que muita gente caia na miséria. A época não é propícia à propaganda das ideias liberais. A propaganda política tende a deslizar para a pura demagogia populista. Os extremos polarizam os ódios, por vezes surdos, estimulando desejos de vingança, por vezes, demenciais. Os políticos que mantiverem o sangue frio, assumindo a coragem de não cair na demagogia populista, prestarão um grande serviço à democracia.
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segunda-feira, agosto 3

A ECONOMIA SOCIAL NO PROGRAMA DE GOVERNO DO PS (1)


O programa de governo do PS destaca e sublinha a necessidade de um reforço da parceria do Estado “com o sector social”, ou seja, com o “sector cooperativo e social” (conforme a Constituição da República) ou, na linguagem mais recente, utilizada na UE, com a “economia social”. A consagração deste ponto no programa de governo do PS é um grande passo em frente.
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2. Relançar a economia, promover o emprego

Em quinto lugar, reforçar a parceria com o sector social. As instituições da economia social – cooperativas, instituições particulares de solidariedade, misericórdias, associações de desenvolvimento local e outras – têm hoje em Portugal um papel chave na produção de bens e serviços essenciais à nossa vida colectiva e são responsáveis por parte muito importante do nosso emprego. Em algumas áreas as instituições da economia social são mesmo os verdadeiros pilares nacionais na produção e no emprego. Os valores únicos inscritos na sua matriz fundadora e na sua prática – cooperação, solidariedade, ligação ao território e às comunidades – tornam-nas altamente merecedoras da confiança das popula­ções.
Já hoje as entidades do sector social constituem elementos essenciais das parcerias promovidas pelo Governo para o desenvolvimento das políticas sociais. Alargar o reconhecimento social desta realidade, fomentar a participação das instituições da economia social na produção de bens e serviços (em actividades tradicionais ou em novas áreas), valorizar o seu papel na criação de emprego e apoiar de forma activa a sua capacitação (ao nível da organização e gestão, qualifica­ção dos recursos humanos e capacidade de inovação), são os objectivos centrais de uma renovada parceria público-social que defendemos e queremos prosseguir. [In Capítulo I - Economia, Emprego, Modernização].
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OS MISTÉRIOS DO METRO DE LISBOA

(Clique na imagem para ampliar)

Chegado a Lisboa, após uma breve ausência, deparo-me com uma obra às portas de casa para a qual aguardo explicação. (Ver post anterior). Mas desde sempre, no que toca à mobilidade em Lisboa, o maior mistério para mim (e não só!) é a inexistência de uma linha de metro para o aeroporto da Portela. Só agora? É um mistério indecifrável! Valorizar os terrenos da Portela? E a valorização da mobilidade? O aeroporto da Portela deve ser o único de uma capital europeia sem ligação ferroviária à cidade. Com a estação de Alvalade ali tão perto, e tão longe! Confirma-se assim que as obras públicas andam a reboque dos grandes interesses imobiliários?
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domingo, agosto 2

OBRAS NO MEU BAIRRO, PARA QUÊ?


Deixo para conhecimento público, por dever de cidadania, uma carta do meu amigo Helder Gonçalves dirigida a António Costa com cujo teor concordo. Sou morador na zona circundante e por mais que puxe pelos neurónios não consigo entender (nem ninguém do agregado familiar) a necessidade e lógica das obras em referência. [Reproduzo somente algumas das fotografias que ilustram o texto.]

Lisboa, 2 de Agosto de 2009

Exmo. Sr. Dr. António Costa, Presidente e Candidato a nova Presidência da CML

Sou munícipe de Lisboa interessado no desenvolvimento sustentado na Cidade, sou Investigador do LNEG (Laboratório Nacional de Energia e Geologia) e vivo no Bairro de Telheiras.

Nas últimas semanas de Julho iniciaram-se umas obras de remoção de duas faixas na Rua Fernando Namora e Rua Prof. Francisco Gentil, foto nº1, que ligam 4 escolas (Escola Secundária Vergílio Ferreira, a Escola EB 2/3 nº2 de Telheiras, Jardim Infantil no cruzamento da Rua Francisco Gentil com R. Hermano Neves e a Escola EB1 nº 57). De início, imaginei que porventura poderia ser a continuação da pista para bicicletas que existe e termina na Escola EB 1 nº57. Percebi de imediato que não se tratava desse projecto, mas antes da criação de lugares de estacionamento em espinha, reduzindo as 4 faixas da R. Fernando Namora a duas faixas (foto nº2), Pelo que questiono:

1. Foi feito algum estudo do impacto desta medida no fluxo de trânsito na zona?

Nota: esta redução de faixas tem implicações em 3 cruzamentos onde confluem fluxos muito densos em situação normal (cruzamento da R. Prof. João Barreira com R. Fernando Namora -foto nº3; cruzamento da R. Fernando Namora com a R. Prof. Simões Raposo, foto nº4; cruzamento da R. Fernando Namora com Azª da Torre do Fato; e o cruzamento das ruas Fernando Namora, Padre Américo, Trav. Da Luz e Rua do Seminário – foto nº 5). Nalguns destes cruzamentos, teremos reduções de fluxo de 3 faixas para uma 1, com semáforos intermitentes no cruzamento da R. Prof. Simões Raposo - foto nº6 e duas paragens de autocarro de permeio. Como cidadão solicito informação sobre o estudo concerteza efectuado pela CML.

2. A obra está Licenciada? Em nenhum dos locais esta afixada qualquer sinalética, indicativa do que se trata e do seu licenciamento.

3. Houve alguma comunicação aos moradores?

Caro Dr. António Costa, tenho ouvido nas suas intervenções que pretende melhorar a vida dos munícipes e inclusive que Lisboa precisa de “pequenas obras ao serviço dos cidadãos”. Parece-me que esta obra, seguramente não vai melhorar a vida dos munícipes desta zona, pois vai criar dificuldades ao trânsito numa zona de ligação entre quatro escolas. Parece-me que a gestão da cidade não se faz desta maneira, uma cidade é um conjunto de pequenas comunidades que vivem em diferentes bairros e que são parte interessada nas soluções a decidir, não é possível fazer obras desta natureza sem uma prévia informação aos cidadãos e sem a possibilidade de diálogo com a população e principalmente sem a conclusão de que é uma obra necessária. E esta é uma questão fundamental, que me leva à pergunta fundamental:

4. A obra é necessária? Nesta Rua já existiam lugares de estacionamento (ver foto nº7)

5. Que obra esta a ser feita entre a Escola EB1 nº 57 e o Jardim Infantil (foto 8 e 8a)?

Espero resposta urgente e apresento os meus cumprimentos;

Helder Gonçalves

Cc: Candidatos à CML, Associação de Residentes de Telheiras; Junta de Freguesia do Lumiar e de Carnide; ACP, blogosfera e comunicação social.

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sexta-feira, julho 31

VENEZUELA DE CHÁVEZ A CAMINHO DA TIRANIA

A Venezuela de Chávez a caminho da tirania. Como se constrói uma tirania? Eis aqui um exemplo prático para iniciados apoiantes de Chávez:
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PS - PROGRAMA GOVERNO

Com eleições à vista eu prefiro que os partidos apresentem, o mais cedo possível, os seus programas de governo. Faz parte integrante da lógica da própria democracia representativa. Eu sei que muita gente acha que os programas não interessam nada. Mas na verdade interessam muito. É o programa que permite ao cidadão eleitor comprometer o seu voto com conhecimento das propostas dos partidos que se apresentam ao sufrágio popular. Eu sei que os líderes dos partidos interessam muito. Mas são os programas de governo que permitem distinguir a democracia da tirania. Na democracia existem diversos programas em confronto, expressando diversas visões da sociedade e do mundo, e diferentes medidas de política que cada partido, caso ascenda ao governo, pretende pôr em prática. Na tirania existe um só programa, uma única visão da sociedade e do mundo e medidas políticas que são impostas pela força e se não discutem. Estamos muito longe da tirania. É verdade. Mas considerando o tempo que falta para os portugueses irem às urnas – 2 meses menos 4 dias (com Agosto pelo meio) – desenha-se um cenário no mínimo pitoresco: o partido socialista corre o risco de ser acusado, subliminarmente, de tendências ditatoriais por ter apresentado a sua proposta de programa de governo. O PSD tenta fazer passar uma imagem de tirania ao contrário colocando o PS no lugar do partido único que apresenta um programa de governo contra todos os outros partidos … que se silenciam a si próprios. Mesmo se quisermos ser benevolentes com esta táctica do PSD – que é a única alternativa de governo ao PS – trata-se, no mínimo, de jogo sujo. O PSD lança pedras escondendo a mão. Mas fez bem o PS em colocar as cartas na mesa. Mostrou, além do mais, que é um partido responsável. Que não tem medo do debate livre e democrático. Quanto às propostas contidas no programa de governo do PS logo abordarei aquelas que mais me interessam.
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quarta-feira, julho 29

PSD - A LARANJA GASTADORA POR CARLOS SANTOS

Respondendo a três falácias económicas adicionais do PSD

Após o esclarecimento dado aqui, ainda existe alguma relutância do PSD em aceitar os argumentos de Ricardo Reis sobre a maior responsabilidade do partido no crescimento da máquina do Estado. Para que não subsistam dúvidas, abordarei abaixo as questões levantadas por Maria João Marques, Miguel Morgado e Nuno Gouveia [esta última já mais desligada da recusa em aceitar as conclusões de Ricardo Reis].
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DORMIR COM O INIMIGO

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A POLÍTICA SEMPRE NA FRENTE

Adam Jahiel

Nos inícios de Junho de 2005, passam pouco mais de 4 anos, escrevi um artigo intitulado: Os Socialistas, o Deficit e a Reforma do Estado Providência.

Ao reler o que então escrevi, nos inícios da governação socialista de Sócrates, não fui assaltado por nenhum sentimento de arrependimento. Voltaria, hoje, a escrever o mesmo com redobrada convicção.

Mas chamo a atenção – nesta época de eleições – para a frase de Alexandre Herculano que escolhi para epígrafe desse mesmo artigo:

"Desconfiai daqueles que vos dizem: nada de discussões políticas que são estéreis; ocupemo-nos só dos melhoramentos materiais do país".
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O PSD E O MONSTRO

Janice Levy

A paternidade do monstro e os governos PSD

A imagem que associa os governos PS ao excesso de despesa pública é falsa. É o que demonstra o estudo de Ricardo Reis. Os governos gastadores são os do PSD. O monstro de que falava Cavaco foi uma criação dele próprio. A ministra das finanças mais gastadora foi Manuela Ferreira Leite. Ao contrário de todas as aparências em matéria de despesa pública a formiguinha é o PS e a cigarra o PSD.
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PSD : O MONSTRO POSTO A NU

Janice Levy

Sendo o PSD o partido à direita, esperaríamos que o crescimento do Estado fosse mais moderado quando está no poder. Mas os dados revelam uma realidade surpreendente. Quando o PSD está no poder, o monstro cresce em média 0,35% por ano, enquanto quando é o PS no poder a despesa cresce apenas 0,25% por ano. Se olharmos só para o efeito do partido no poder na despesa pública para além do efeito das variáveis económicas, então o contributo do PSD para o monstro é ainda maior, o dobro do que o do PS. Olhando para os quatro governos individualmente, o maior aumento na despesa veio durante os governos de Durão Barroso e Santana Lopes: 0,48% por ano. Segue--se-lhe o governo de Cavaco Silva com 0,32%, António Guterres com 0,31%, e por fim José Sócrates com um aumento de apenas 0,14%.
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segunda-feira, julho 27

HERMAN JOSÉ

O único problema é que em Portugal não se passa nada.

Entrevista de Herman José no I à atenção do pessoal que tentar fazer coisas novas na política no ano de todas as eleições.
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