Já li o programa eleitoral do PSD. É sempre bom ler os programas eleitorais dos partidos e tenho por hábito lê-los. Imprimi o dito em papel – cheio de anotações – desde pontos de interrogação, a frases curtas do género: “como fazer?”, “ainda mais?”, “o quê?” e também alguns OK… Notei no dito programa (e os programas valem o que valem …), pelo menos, três pormenores diferenciadores em relação ao PS:
1 – São preconizadas políticas que, de forma expressa, apontam para orientações de natureza populista em certas áreas como, por exemplo, na economia, fiscalidade e segurança [baixa de impostos, prisão preventiva…] certamente tendo como objectivo ganhar espaço à direita;
2 – É aberto o caminho, de forma subtil, mas expressa, para a privatização da Segurança Social, o que faz parte da carga genética da chamada direita dos interesses;
3 – E, no mesmo caminho, certamente não é por acaso que não é feita uma única referência ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) mas são feitas, vezes sem conta, referências às virtudes da família [com todo o meu respeito pela dita!].
As linhas programáticas do PSD para estas eleições são, em geral, muito vagas dando origem a que se suscitem legítimas dúvidas se tal situação resulta de uma opção táctica ou de pura incapacidade política. Vou mais pela primeira hipótese.
[Não posso ser mais preciso, não é por nada, mas esqueci-me da versão em papel do dito documento, com as respectivas anotações, no escritório do gerente da garagem onde fui levantar o veiculo – espero que o homem não se assuste!]