segunda-feira, janeiro 8

SIM

Posted by Picasa Fotografia de sophie thouvenin

"Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?"

SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM. SIM.

3 comentários:

Aldina Duarte disse...

É notável o seu empenho nesta questão... muito obrigada!

Até sempre

Anónimo disse...

Respeito os que apregoam o sim ao aborto, mas penso que há muita confusão nalgumas cabeças. Nenhuma mulher está presa por ter praticado o aborto, nem penso que algum Juiz vá mandar para a cadeia alguma infeliz que o venha a praticar. O que está em causa neste referendo não é se a mulher deve ir para a prisão se cometer um aborto "ilegal" (chamemos-lhe assim, eufemisticamente...). O que está em causa é a VIDA daqueles que, pequeninos e indefesos, não podem dizer que querem VIVER, que têm DIREITO A SER OUVIDOS, QUE SÃO SERES HUMANOS INTEIROS DESDE O MOMENTO DA CONCEPÇÃO (são conclusões científicas).
Para esclarecer devidamente aqueles que apregoam que a mulher é dona do seu corpo, e ainda têm dúvidas sobre se devem votar a favor da Vida, ou da sua supressão homicida, nada melhor do que ouvir a voz da experiência de médicos e cientistas que lidam com o fenómeno atroz do aborto e com as suas sequelas físicas e psíquicas.

É um facto que os países desenvolvidos começam a repensar as suas leis abortistas. Para citar um exemplo, transcrevo a seguir parte de um manifesto assina¬do por 35 personalidades americanas (o governador da Pensilvânia, Robert Casey; o médico da Universidade de Chicago, Prof. Leon R. Kass e inú¬meros políticos e líderes religiosos das mais distintas confissões), publicado na revista FIRST THINGS (NEW YORK, NOVEMBERl92):


"...Após vinte anos de aborto sem restrições na sociedade ame¬ricana, constata-se que a mortalidade infantil continua sendo uma das mais altas dos países industrializados; continua a haver cada vez mais casos de maus tratos às crianças (e mais graves); continu¬am os abortos clandestinos... O aborto livre não satisfez a nenhuma verdadeira necessidade das mulheres, nem lhes devolveu a dignida¬de. De fato, produziu exatamente o contrário: estimulou a irresponsabilidade dos homens e jovens, que encontram no aborto uma escusa fácil para fugir de suas obrigações; aumentou enormemente a exploração das mulheres pela indústria do aborto... A licença para abortar não proporcionou liberdade nem segurança às mulheres..."

Como médico, sinto-me no dever de alertar as mulheres que pensam em abortar (principalmente as adolescentes) e também a todos os colegas que atendem a estas pacientes, lembrando umas palavras da Dra. M. Simon: "O aborto não somente aniquila uma vida humana ainda não nascida, mas também arruina a psique da mulher."

Eduardo Graça disse...

Numa das suas visitas a Portugal, Ribeiro e Castro, dirigente político domiciliado em Bruxelas, opinou sobre a questão do aborto. Assim, criticou os cartazes que apelam às pessoas para não se absterem e não manterem a pena de prisão para as mulheres que abortarem.

O arguto Ribeiro e Castro objecta que as mulheres não vão para a prisão e que o cartaz que contém esta palavra-de-ordem é demagógico. Ribeiro e Castro esquece duas questões:

A primeira é que o Código Penal prevê uma pena de prisão até três anos para as mulheres que abortem. Nem sequer prevê prisão ou multa — prevê só prisão.

Mas se é verdade que, na maioria dos casos, a pena não é aplicada, por que se regozija Ribeiro e Castro? Ele não quer mudar a lei, mas quer que a lei não seja cumprida? Um tão valoroso defensor da lei e da ordem quer um direito penal do faz-de-conta?

Uma outra questão que Ribeiro e Castro esquece, mesmo sem prisão efectiva, é que o aborto clandestino causa o sofrimento e, por vezes, a morte às mulheres. Isto não lhe interessa?

Com argumentos deste teor, nunca Ribeiro e Castro atingirá mais de cinco por cento de votos, mesmo no seu grupo parlamentar.

Ler em corporacoes.blogspot.com/2007/01/o-peregrino.html

[A questão que está em causa no referundo do próximo dia 11 não é uma questão referente a promover a compaixão pelas "infelizes mulheres" que praticam o aborto abrir as portas ao aborto "sem resticções". É simplesmente
permitir "a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado." Exatamente o teor da pergunta do referendo.