domingo, outubro 21

POPULISMO À SOLTA

Jogos, como sempre, muitos jogos de sombras, em todos os tabuleiros. Na vida pública, ou política, em sentido amplo, na vivência de todos os dias, individual ou coletiva, na família, no trabalho, nas relações de amigas e amigos, conhecidas (os) e reconhecidas (os), em todas as plataformas e quadrantes de sensibilidade e ideologia, o mais dificil é sempre, ou quase, esconjurar o medo. E quanto maior o estado de carência mais o medo se intromete e condiciona a liberdade. Uma sociedade povoada pelo medo é presa fácil de toda a sorte de populismos, intolerâncias, violências e, no fim do caminho, do totalitarismo que sempre se reinventa em cada época, ressurgindo com novas vestes. Hoje de manhã, na mesa ao meu lado no café da esquina, um homem vociferava para a mulher, (não convencida), que qualquer político devia ser insultado em todo o lugar público que frequentasse: "Eles devem sentir na pele como fazem o povo sofrer." Os sentimentos de repulsa pela política, e pelos políticos, sempre existiram mas, neste tempo que é o nosso, tendem a tornar-se dominantes. Atenção que os políticos que hoje estão na mira desta pulsão populista foram eleitos pelos mesmos que hoje os hostilizam. O jogo de sombras começa a tornar-se perigoso para a própria democracia.

2 comentários:

Anónimo disse...

O populismo que hoje começa a alastrar tem como principais responsáveis aqueles que exerceram o mando neste país, os de hoje e os de ontem. Foram esses que atearam este fogo com a sua acção e a sua inacção. Esta democracia perdeu substância e credibilidade, esconde-se atrás da sua fachada e vive de formalidades. Os perigos que advêm desta situação não justificam a sua defesa. Abraço do carlos pratas

Anónimo disse...

O populismo que hoje começa a alastrar tem como principais responsáveis aqueles que exerceram o mando POLÍTICO neste país, os de hoje e os de ontem. Foram esses que atearam este fogo com a sua acção e a sua inacção. Esta democracia perdeu substância e credibilidade, esconde-se atrás da sua fachada e vive de formalidades. Os perigos que advêm desta situação não justificam a sua defesa. Abraço do carlos pratas