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Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
quarta-feira, janeiro 23
terça-feira, janeiro 22
EPIGRAMA (I)
segunda-feira, janeiro 21
EM CIMA DO ARAME
Grace Weston
Défice orçamental do ano passado vai ficar "claramente" abaixo dos três por cento
Esta é, pelo menos para aqueles que se interessam por estas coisas da economia, a notícia do dia. Por mais que se espremam em justificações, fantasias e piruetas, os mentores e executantes da política orçamental dos anos anteriores 2005, Bagão Félix e C.ª, o deficit vai cair, em 2007, abaixo dos três por cento do PIB.
Já não somente abaixo mas bastante abaixo. Quer dizer, fazendo uma previsão pouco arriscada, situar-se-á, em 2007, entre os 2,9 e os 2,5% o que quer dizer que, em 2008, se deverá situar entre os 2,4, já estimados, e os 2% podendo, quiçá, entrar na casa histórica dos 1%.
Tudo vai depender da orientação do governo na gestão orçamental de 2008 que tanto pode ir no sentido do aproveitamento da folga para baixar impostos como, mais provável, no sentido de guardar a folga para resistir melhor à crise internacional que se avizinha fazendo incidir as medidas de alívio da carga fiscal, e outras de natureza social, no orçamento de 2009, o ano de todas as eleições, já com as previsões da execução orçamental de 2008 na mão.
Claro que todas as opções, na área da gestão de variáveis macro económicas, comportam riscos, geram descontentamentos, molestam os interesses desta ou daquela corporação, deste ou daquele grupo de interesses, desta ou daquela região, mas a margem de manobra, seja qual for o governo, é muito apertada. Resta a escolha do tempero: mais ou menos sal numa ementa de emagrecimento.
Quanto à justiça social esperem pela dupla Menezes/Santana Lopes … e depois, caso sobrevivam, terão oportunidade de comparar ganhos e perdas!
Défice orçamental do ano passado vai ficar "claramente" abaixo dos três por cento
Esta é, pelo menos para aqueles que se interessam por estas coisas da economia, a notícia do dia. Por mais que se espremam em justificações, fantasias e piruetas, os mentores e executantes da política orçamental dos anos anteriores 2005, Bagão Félix e C.ª, o deficit vai cair, em 2007, abaixo dos três por cento do PIB.
Já não somente abaixo mas bastante abaixo. Quer dizer, fazendo uma previsão pouco arriscada, situar-se-á, em 2007, entre os 2,9 e os 2,5% o que quer dizer que, em 2008, se deverá situar entre os 2,4, já estimados, e os 2% podendo, quiçá, entrar na casa histórica dos 1%.
Tudo vai depender da orientação do governo na gestão orçamental de 2008 que tanto pode ir no sentido do aproveitamento da folga para baixar impostos como, mais provável, no sentido de guardar a folga para resistir melhor à crise internacional que se avizinha fazendo incidir as medidas de alívio da carga fiscal, e outras de natureza social, no orçamento de 2009, o ano de todas as eleições, já com as previsões da execução orçamental de 2008 na mão.
Claro que todas as opções, na área da gestão de variáveis macro económicas, comportam riscos, geram descontentamentos, molestam os interesses desta ou daquela corporação, deste ou daquele grupo de interesses, desta ou daquela região, mas a margem de manobra, seja qual for o governo, é muito apertada. Resta a escolha do tempero: mais ou menos sal numa ementa de emagrecimento.
Quanto à justiça social esperem pela dupla Menezes/Santana Lopes … e depois, caso sobrevivam, terão oportunidade de comparar ganhos e perdas!
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LEVANTAR VOO
Governo alemão pede boicote ao uso de telemóveis 'Nokia' - Deslocalização da fábrica para a Roménia faz terramoto político
Ora imaginem os nossos comentaristas – António Barreto, Vasco Valente, e quejandos – confrontados com estas reacções dos políticos alemães à anunciada deslocalização da fábrica da Nokia da Alemanha para a Roménia. A Alemanha que paga a parte de leão dos fundos estruturais destinados a promover o desenvolvimento económico-social dos países mais pobres da UE entre os quais se inclui a Roménia! A Alemanha que é governada, neste momento, por um governo de “GRANDE COLIGAÇÃO” entre sociais-democratas e democratas cristãos! A Alemanha pilar económico e político da UE! Aqueles dos nossos comentaristas que dominam o alemão (quais? quantos?) podiam fazer um intervalo nas vociferações contra a lei do tabaco, a ASAE, as urgências da Anadia, …, e a mando dos jornais para os quais escrevem, certamente a recibo verde, ser enviados para a Alemanha para reportar acerca do caso da deslocalização da Nokia. A mesma Alemanha que divulgou, recentemente, que se mantém firme, e aumenta, a sua apostas na fábrica da VW, em Palmela, nesta parvónia à beira mar plantada.
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UM EPISÓDIO
Luís Cunha
Reproduzo a fotografia de Luís Cunha que a A Defesa de Faro publicou. Nesta deambulação dei com um comentário em que conto um episódio curioso no qual foi protagonista o maior dinamizador cultural que conheci nos dias da minha vida: o Dr. Emílio Campos Coroa.
Já contei uma vez quando o Dr. Emílio Campos Coroa, logo após a minha saída para Lisboa, me procurou como se fizesse questão de apadrinhar a minha entrada na faculdade. Levou-me com ele ao parque de campismo de Monsanto, onde estava acampado, devemos ter almoçado, viajado ao acaso pela cidade e conversado. Soube depois que, à noite, ele foi assistir à peça, em cena no teatro Vasco Santana, à Feira Popular, “Bocage Alma Sem Mundo “, de Luzia Maria Martins, com a Helena Félix, acompanhado pelo filho Emílio – hoje médico oftalmologista como ele e animador da mesma arte – tendo sido levado pela força pública para o governo civil.
Reproduzo a fotografia de Luís Cunha que a A Defesa de Faro publicou. Nesta deambulação dei com um comentário em que conto um episódio curioso no qual foi protagonista o maior dinamizador cultural que conheci nos dias da minha vida: o Dr. Emílio Campos Coroa.
Já contei uma vez quando o Dr. Emílio Campos Coroa, logo após a minha saída para Lisboa, me procurou como se fizesse questão de apadrinhar a minha entrada na faculdade. Levou-me com ele ao parque de campismo de Monsanto, onde estava acampado, devemos ter almoçado, viajado ao acaso pela cidade e conversado. Soube depois que, à noite, ele foi assistir à peça, em cena no teatro Vasco Santana, à Feira Popular, “Bocage Alma Sem Mundo “, de Luzia Maria Martins, com a Helena Félix, acompanhado pelo filho Emílio – hoje médico oftalmologista como ele e animador da mesma arte – tendo sido levado pela força pública para o governo civil.
É que sendo um homem intempestivo resolveu participar na acção lançando falas a partir da assistência que, certamente, não pareceram bem ao delegado do governo civil que sempre, nos tempos da ditadura, estava presente em cada espectáculo e, naquele, por maioria de razão.
Eu, não sei porquê, não o acompanhei nessa ida ao teatro mas, recentemente, o seu filho contou-me um pormenor do qual não tinha tido conhecimento. É que estando acompanhado pelo filho Emílio [Milo, ainda pequeno], este também foi de “gancho” e passou a noite no automóvel à porta do governo civil, esperando pelo desenrolar dos acontecimentos, até que pela manhã o pai foi libertado e lá seguiram o seu caminho.
O Dr. Emílio Campos Coroa era, o que se pode chamar, “um homem das arábias” capaz de fazer coisas de que poucos seriam capazes e de lhes sofrer, obviamente, as consequências. A sua acção constituía-se assim como uma escola de rebeldia cívica o que, convenhamos, nos anos 50 e 60, em terras de província, era mister só ao alcance de gente de coragem.
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Um Comentário em busca de resposta: Fui colega de liceu do Emilio Campos Coroa (Pai) pois eu tenho quasi 81 anos. Sei que ele já não é vivo. Eu sou a sogra do A.Monteiro Pais. Era também nosso colega e da mesma idade portanto o António Lopes Teixeira (ginecologista). Gostava de saber se ele ainda vive em Faro. É possivel informar-me? Agradecia que me enviasse a informação para vozita@hotmail.com.
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NÉLSON ÉVORA
Nélson Évora consegue melhor marca mundial do ano no salto em comprimento
Uma marca de excelência, um feito a nível mundial, mas uma notícia difícil de encontrar. Coisa de países ricos …
Uma marca de excelência, um feito a nível mundial, mas uma notícia difícil de encontrar. Coisa de países ricos …
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domingo, janeiro 20
IMIGRAÇÃO - BOAS INTENÇÕES
Associações exigem a libertação imediata dos 23 imigrantes ilegais que entraram pela Ilha da Culatra
Aqui está um tipo de reivindicação verdadeiramente aventureira, sem ponta por onde se lhe pegue. Querem fazer de Portugal um destino para a imigração ilegal do Magrebe? Se Portugal desse acolhimento a este grupo estaria a endereçar um convite para a criação de uma nova rota de imigração ilegal. Este é um assunto demasiadamente sério para dispensar uma política de Estado. [E olhem que tenho alguma reflexão acerca do tema, por exemplo, aqui, aqui e aqui.]
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sábado, janeiro 19
PROPAGANDA
São estes os títulos da notícia, respectivamente, na versão em papel e on-line do Público. Li as duas versões da notícia e em ambas é fácil de entender que a criança nem chegou a entrar no hospital da Anadia. Os pais não apontam falhas na assistência prestada pelo INEM e tudo indica que foram feitos, em tempo, todos os esforços para assistir e salvar a criança. Então qual a razão daquele título de 1ª página do Público, na sua versão em papel?
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sexta-feira, janeiro 18
LUÍS CUNHA
A Defesa de Faro
Morreu o Luís Cunha. Um homem culto que sabia muita coisa da vida, em particular, da vida da sua cidade. Encontrei-o há pouco tempo na baixa de Faro e, para surpresa minha, abriu um envelope do qual retirou a cópia de uma fotografia do absorto que tinha mandado ampliar. É pelas pessoas como o Luís Cunha que vale a pena trabalhar nestas pequenas coisas como dar vida a um blogue feito à unha. Honra à sua memória.
Morreu o Luís Cunha. Um homem culto que sabia muita coisa da vida, em particular, da vida da sua cidade. Encontrei-o há pouco tempo na baixa de Faro e, para surpresa minha, abriu um envelope do qual retirou a cópia de uma fotografia do absorto que tinha mandado ampliar. É pelas pessoas como o Luís Cunha que vale a pena trabalhar nestas pequenas coisas como dar vida a um blogue feito à unha. Honra à sua memória.
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CRIAÇÃO DE RIQUEZA
Mark Surloff
O ex-presidente da comissão executiva (CEO) do Banco Comercial Português (BCP), Paulo Teixeira Pinto, saiu há cinco meses do grupo com uma indemnização de 10 milhões de euros e com o compromisso de receber até final de vida uma pensão anual equivalente a 500 mil euros.
Não sei bem identificar o meu sentimento: indignação? Assaltam-se a mente imagens do polvo, meandros de negócios escuros, mistérios da fé, vícios privados, virtudes públicas, hipocrisia e traição … é a minha imaginação a trabalhar, nada que corresponda à realidade, enfim, os mistérios de uma instituição financeira privada de um país rico!
O ex-presidente da comissão executiva (CEO) do Banco Comercial Português (BCP), Paulo Teixeira Pinto, saiu há cinco meses do grupo com uma indemnização de 10 milhões de euros e com o compromisso de receber até final de vida uma pensão anual equivalente a 500 mil euros.
Não sei bem identificar o meu sentimento: indignação? Assaltam-se a mente imagens do polvo, meandros de negócios escuros, mistérios da fé, vícios privados, virtudes públicas, hipocrisia e traição … é a minha imaginação a trabalhar, nada que corresponda à realidade, enfim, os mistérios de uma instituição financeira privada de um país rico!
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quinta-feira, janeiro 17
MINISTÉRIO DO TURISMO: POBRE PROMESSA
O PSD não aprende nada com a experiência própria nem estuda as experiências alheias. O seu arrojo político resume-se a reivindicar lugares e a prometer lugares, engodando as clientelas com promessas irrisórias ou calamitosas.
Nos tempos dos governos da coligação PSD/PP foi criado um Ministério do Turismo, entregue ao PP, e uma Secretaria de Estado, entregue ao PSD, deslocalizada para Faro logo, por azar, a minha terra.
Mas a criação do Ministério do Turismo não acrescentou rigorosamente nada ao turismo nacional, a não ser criar mais despesa pública. Não é por acaso que, pelo menos em 2004, no âmbito da UE, só existia Ministério do Turismo em Malta.
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BURAQUINHOS
Acabo de regressar de um raide à Loja do Cidadão das Laranjeiras, em Lisboa. Assinalo, como anteriormente fiz em relação aos CTT s, que a EDP não dispõe de terminal multibanco (disseram-me que era política nacional da empresa) só aceitando pagamentos em cheque e numerário. A Lisboa Gás tem terminal multibanco mas a EPAL, pelo menos nesta Loja do Cidadão, não. Tive que me socorrer das caixas multibanco para levantar dinheiro mas estavam todas secas do dito e … acabei no Pingo Doce.
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quarta-feira, janeiro 16
CO-INCINERAÇÃO
Debe Hale
A Quercus considerou hoje "estranhíssimo" que o Supremo Tribunal Administrativo tenha dado luz verde à co-incineração na cimenteira da Arrábida, alegando tratar-se de um processo que está marcado por uma "total falta de transparência".
A presidente da Câmara de Palmela, Ana Teresa Vicente, considerou hoje "negativa" a decisão do Supremo Tribunal Administrativo (STA) de viabilizar a co-incineração no Outão, sublinhando que a autarquia admite a possibilidade de interpor recurso contra a decisão.
Desculpem o desabrimento: a Quercus, organização ambientalista, está a insinuar que o Supremo Tribunal Administrativo produz acórdãos por encomenda do poder político ou, para ser mais preciso, do governo? E caso o acórdão fosse de sentido contrário? Não seria melhor respeitar a independência dos tribunais mesmo discordando das suas decisões?
E a Sra. Presidente da CMP vai recorrer para que instância judicial? Para o Tribunal Constitucional? Para as instâncias europeias? Conclusão pura e dura: o governo, ao que tudo indica, ganhou a longa batalha da co-incineração!
Ao mesmo tempo um juiz português é eleito Presidente do Tribunal de Contas Europeu.
A Quercus considerou hoje "estranhíssimo" que o Supremo Tribunal Administrativo tenha dado luz verde à co-incineração na cimenteira da Arrábida, alegando tratar-se de um processo que está marcado por uma "total falta de transparência".
A presidente da Câmara de Palmela, Ana Teresa Vicente, considerou hoje "negativa" a decisão do Supremo Tribunal Administrativo (STA) de viabilizar a co-incineração no Outão, sublinhando que a autarquia admite a possibilidade de interpor recurso contra a decisão.
Desculpem o desabrimento: a Quercus, organização ambientalista, está a insinuar que o Supremo Tribunal Administrativo produz acórdãos por encomenda do poder político ou, para ser mais preciso, do governo? E caso o acórdão fosse de sentido contrário? Não seria melhor respeitar a independência dos tribunais mesmo discordando das suas decisões?
E a Sra. Presidente da CMP vai recorrer para que instância judicial? Para o Tribunal Constitucional? Para as instâncias europeias? Conclusão pura e dura: o governo, ao que tudo indica, ganhou a longa batalha da co-incineração!
Ao mesmo tempo um juiz português é eleito Presidente do Tribunal de Contas Europeu.
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terça-feira, janeiro 15
BCP - 2ª parte
A lista encabeçada por Carlos Santos Ferreira acaba de ser eleita para o conselho de administração executivo do BCP, tendo recebido 97,76 por cento dos votos dos accionistas presentes na assembleia-geral, que se realizou no Porto.
Depois de tudo o que se disse e escreveu acerca da influência do governo na escolha da nova administração do BCP o menos que se pode concluir, depois do resultado final, é que o governo tem muita força…. ou que a campanha foi conduzida de uma forma muito estúpida por parte do PSD … ou que os accionistas precisavam absolutamente de pôr fim ao descrédito do banco … talvez mais esta …
Depois de tudo o que se disse e escreveu acerca da influência do governo na escolha da nova administração do BCP o menos que se pode concluir, depois do resultado final, é que o governo tem muita força…. ou que a campanha foi conduzida de uma forma muito estúpida por parte do PSD … ou que os accionistas precisavam absolutamente de pôr fim ao descrédito do banco … talvez mais esta …
segunda-feira, janeiro 14
CRISTÃOS FELIZES
Quando leio declarações de Bagão Félix lembro-me sempre de uma frase de Albert Camus: “Cristãos felizes: Guardaram a graça para si próprios e deixaram-nos a caridade.” [Caderno nº 5 - Setembro de1945/Abril de 1948.]
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LUSOPONTE - AO CAIR DA NOITE
Ponte Vasco da Gama ao cair da noite
A máscara privada do monstro público – de Mário Crespo, via Causa Nossa. Os negócios da Lusoponte a nu. Haja vergonha!
A máscara privada do monstro público – de Mário Crespo, via Causa Nossa. Os negócios da Lusoponte a nu. Haja vergonha!
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domingo, janeiro 13
sábado, janeiro 12
ASAE
É uma das instituições mais discutidas no nosso país. O escândalo transferiu-se da inexistência, ou ineficiência, de fiscalização nesta área para um eventual excesso de intervenção ou de protagonismo público da ASAE. Mas convém saber que a ASAE é um Órgão de Polícia Criminal. Não é de admirar que os seus agentes sejam treinados para a luta contra o crime. Não se trata de um devaneio autoritário do governo como diria o estimável Bastos mas de um singelo, e difícil, exercício da autoridade democrática. Também na repressão do crime é preciso conta, peso e medida. A justa medida. A capacidade de agir de forma proporcional. Mas se as democracias não lutarem contra o crime, o crime acaba com as democracias. É fácil de entender. [Aqui podem ler um texto de um especialista, no caso, aplicado ao Algarve.]
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O PACHECO, OUTRA VEZ
Acabei de ler a versão integral daquela que deve ser a última entrevista do Luiz Pacheco (com ele nunca se sabe!) depois de ter lido, ao pequeno-almoço, no café, a versão “censurada” dada à estampa na versão em papel do “Sol”. Até me ri sozinho, fazendo “figura triste”, pois já não me lembrava do “Cabeça de Vaca”. Só não entendo a razão pela qual, num país livre, o dito Semanário censurou a entrevista publicada na versão em papel. O Pacheco já foi a enterrar e mesmo se fosse vivo nem queria saber. Se foram fazer a entrevista, e fizeram as perguntas que fizeram, que respostas queriam ouvir? Falsos moralismos do Arquitecto e Cª!
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sexta-feira, janeiro 11
f,world
Elaine Mayes
A Blogger fechou o blog f,world.blogspot da Fátima Rolo Duarte por razões mais ou mais inexplicáveis. Decisões de máquinas mais do que de pessoas. Uma faceta triste deste nosso mundo. Assim, por via das dúvidas, a Fátima passou-se para o Sapo onde, como ela diz, “posso falar com pessoas com caras de pessoas e parar de escrever a máquinas sem rosto, sem nada lá dentro.” Podem ver, a partir de hoje, aqui. Eu gosto muito deste blog.
A Blogger fechou o blog f,world.blogspot da Fátima Rolo Duarte por razões mais ou mais inexplicáveis. Decisões de máquinas mais do que de pessoas. Uma faceta triste deste nosso mundo. Assim, por via das dúvidas, a Fátima passou-se para o Sapo onde, como ela diz, “posso falar com pessoas com caras de pessoas e parar de escrever a máquinas sem rosto, sem nada lá dentro.” Podem ver, a partir de hoje, aqui. Eu gosto muito deste blog.
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quinta-feira, janeiro 10
DA CONTRADIÇÃO ...
Jenny Lynn
Retomar o processo relativo ao novo Aeroporto da Ota, redefinindo o respectivo calendário à luz dos dados actuais sobre o desenvolvimento expectável do tráfego e tendo em conta a disponibilidade de financiamento comunitário para a
programação do projecto; (…)
Em dois dias sucessivos duas decisões do governo que contrariam o seu programa. Transcrevo acima o que o programa do governo diz a respeito da localização do novo aeroporto (pag.105). É, convenhamos, um modelo de gestão das decisões e da comunicação inteligente: forte no tom e curto no tempo. Mas convinha que o governo explicasse, de forma detalhada e minuciosa, os fundamentos das mudanças. Resta saber se, no caso da localização do aeroporto, os protagonistas, quero dizer o ministro Mário Lino e a sua equipa, têm condições políticas para continuar a liderar o processo e a explicar seja o que for.
Se no caso do referendo não concordo mas compreendo, no caso da localização do novo aeroporto compreendo e sou capaz de concordar. O primeiro-ministro, contra o qual está no mercado da opinião pública uma campanha de fascista para cima, afinal é capaz de mudar de opinião, aceitar o contraditório e, finalmente, decidir contra o seu próprio programa e, ainda por cima, discutir, quinzenalmente, no parlamento, estas mudanças e tudo o mais. Para um candidato a ditador não está mal!
Mas a quebra de compromissos programáticos, em matérias desta importância, carece ser muito bem explicada. É o mínimo que se exige a um governo democrático e responsável.
No caso da localização do aeroporto a mudança da Ota para Alcochete prejudica interesses e expectativas criadas, desde há muitos anos, criando outras expectativas e beneficiando outros interesses. No fim de tudo se a decisão em favor da localização em Alcochete do novo aeroporto, como parece ser o caso, for benéfica para o país, aplaudo. Agora como diziam a propósito do Alqueva: construam-no … porra!
Retomar o processo relativo ao novo Aeroporto da Ota, redefinindo o respectivo calendário à luz dos dados actuais sobre o desenvolvimento expectável do tráfego e tendo em conta a disponibilidade de financiamento comunitário para a
programação do projecto; (…)
Em dois dias sucessivos duas decisões do governo que contrariam o seu programa. Transcrevo acima o que o programa do governo diz a respeito da localização do novo aeroporto (pag.105). É, convenhamos, um modelo de gestão das decisões e da comunicação inteligente: forte no tom e curto no tempo. Mas convinha que o governo explicasse, de forma detalhada e minuciosa, os fundamentos das mudanças. Resta saber se, no caso da localização do aeroporto, os protagonistas, quero dizer o ministro Mário Lino e a sua equipa, têm condições políticas para continuar a liderar o processo e a explicar seja o que for.
Se no caso do referendo não concordo mas compreendo, no caso da localização do novo aeroporto compreendo e sou capaz de concordar. O primeiro-ministro, contra o qual está no mercado da opinião pública uma campanha de fascista para cima, afinal é capaz de mudar de opinião, aceitar o contraditório e, finalmente, decidir contra o seu próprio programa e, ainda por cima, discutir, quinzenalmente, no parlamento, estas mudanças e tudo o mais. Para um candidato a ditador não está mal!
Mas a quebra de compromissos programáticos, em matérias desta importância, carece ser muito bem explicada. É o mínimo que se exige a um governo democrático e responsável.
No caso da localização do aeroporto a mudança da Ota para Alcochete prejudica interesses e expectativas criadas, desde há muitos anos, criando outras expectativas e beneficiando outros interesses. No fim de tudo se a decisão em favor da localização em Alcochete do novo aeroporto, como parece ser o caso, for benéfica para o país, aplaudo. Agora como diziam a propósito do Alqueva: construam-no … porra!
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