sábado, maio 31

BOICOTE À GALP - CONTRIBUIR PARA A CRIAÇÃO DO MERCADO DE COMBUSTÍVEIS


Apesar desta brincadeira se pensa que uma empresa grande, estratégica e coisa e tal, não pode ser boicotada, desengane-se.
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AS ELEIÇÕES NO PSD

Ilustração daqui

Os resultados das eleições directas para o líder do PSD são os seguintes (extraídos da acta oficial):

• Total de Eleitores – 77.088
• Total de Votantes – 45.444
• Votos Brancos – 254
• Votos Nulos – 97
• Candidato Mário Patinha Antão – 308 votos
• Candidato Pedro Santana Lopes – 13.427 votos
• Candidato Manuela Ferreira Leite – 17.224 votos
• Candidato Passos Coelho - 14.134 votos

Os resultados supra mencionados correspondem ao apuramento obtido até às 20h00 horas do dia 31 de Maio de 2008.

Falta apurar os resultados das seguintes Assembleias de Voto:

• Almeirim;
• Constância;
• Ferreira do Zêzere;
• Mesão Frio;
• Penedono;
• Peso da Régua;
• São Paulo;
• Londres;
• Newark;
• Rio de Janeiro

Como sempre acontece neste tipo de eleição – no PSD e no PS – vai correr um rio de tinta da pena de comentadores e uma torrente de palavras da boca de comentaristas. Mas, valha a verdade, a legitimidade deste processo eleitoral não esconde, ao mesmo tempo, a sua assustadora debilidade. Já não falo da guerra entre os candidatos e seus apoiantes. O que me chocou quando abri o sítio do PSD para me certificar dos resultados é ter verificado ser tão pouca gente a decidir dos destinos de um partido e, quiçá, de um povo.
Dos 77 088 militantes inscritos votaram 45 444 (59%). O expoente máximo desta espécie de paródia democrática é Patinha Antão que obteve 308 votos apesar de ter ocupado infindáveis minutos de tempo de antena nos órgãos de comunicação – incluindo as televisões. Manuela Ferreira Leite, que vai liderar o PSD, obteve 17 224 votos (37,9% do total de votos expressos)!
A legitimidade das eleições democráticas não se discute. Mas convenhamos que estes números (sem falar da qualidade de eleitos e eleitores!) revelam uma democracia restrita, limitada, talvez doente, que permite um sem número de interrogações acerca da sustentabilidade, e viabilidade, do próprio regime político democrático. Como podem tão poucos – ao nível dos partidos que são o sustentáculo do regime de representação que é o nosso – deter o poder de definir políticas nacionais cruciais para a vida de toda a comunidade?
Quem se der ao trabalho de percorrer os quadros de resultados, distrito a distrito, concelho a concelho, não pode deixar de sentir um arrepio de desconforto. Quer ao nível nacional, quer local, existem muitas entidades associativas, de natureza diversa, com mais filiados activos e participantes (muitos mais) do que os 77 088 eleitores para não falar dos 45 444 votantes nestas eleições directas do PSD. Todos podemos fingir que tudo vai bem, que a democracia é mesmo assim, mas algo vai mal no “Reino da Dinamarca”.
Ah! Já agora parece-me que o equilíbrio da repartição dos magros votos pelos três candidatos institucionais vai – pelo que entendi das palavras de Santana Lopes – apoiado por Jardim (que nem votou) - transformar a vitória de Manuela Ferreira Leite num inferno. Uma espécie de continuação da guerra civil interna por outros meios. A ver vamos!
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JORGE DE SENA (pelo 30º aniversário da sua morte)

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Passionata, de David LaChapelle

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quinta-feira, maio 29

REFERENDO NA IRLANDA

Margens de Erro
(Clique na imagem para ampliar)

Realiza-se, no próximo dia 12, na Irlanda o referendo ao Tratado de Lisboa. Este acontecimento é mais importante do que parece. O SIM tem fortes hipóteses de sair vencedor. Caso contrário, pelo menos no plano político, a UE sairá ainda mais enfraquecida. Em época de crise económica, e nas vésperas das eleições presidenciais americanas, seria, pelo menos, grave.
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EXERCÍCIO DE CIDADANIA

Dane Shitagi

Entendo. Pretende-se demonstrar que há outras esquerdas para além da que suporta politicamente o governo. Mas para que esta manifestação seja um saudável exercício de cidadania, além de montra de vaidades pessoais e nostalgias frentistas, é preciso que sirva para apresentar alternativas concretas – e viáveis – ao chamado deficit social. A ver vamos. Assumir a responsabilidade de governar é uma maçada … e o Dr. Mário Soares que o diga! Já agora assinalo a originalidade da sessão ser acolhida no Teatro da Trindade … pois não lhe conhecia a vocação … pelos menos nos tempos modernos!
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quarta-feira, maio 28

Ideology in Paradise



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CRISTIANO RONALDO - UMA GUERRA

Por estes dias têm corrido rios de tinta em Espanha, e no mundo inteiro, em torno da figura de Cristiano Ronaldo. A disputa pelos serviços do jovem talento envolve muito dinheiro. Os artistas que fazem os povos sonhar saem muito caros. Falo dos povos não das elites. Carlos Queiroz, do Manchester, avança com a tese nacionalista: os espanhóis, no fundo, querem roubar Ronaldo a Portugal. Uma patetice. No meio desta guerra o mais certo é o rapaz ir-se abaixo. Se resistir será mesmo um caso de estudo.
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terça-feira, maio 27

COMBUSTÍVEIS - CONTRIBUINDO PARA A CRIAÇÃO DE UM MERCADO


Se o protesto público contra o aumento dos preços dos combustíveis não faz sentido, nas palavras dos donos do negócio, por razões de se tratar de um fraco negócio, porque razão não mudam de ramo? Se os donos do negócio, ao longo de toda a cadeia, do produtor ao consumidor final, agem com transparência, na fixação dos preços, porque razão parecem temer a fiscalização dos governos e o boicote dos consumidores? Se os principais prejudicados com o aumento dos preços dos combustíveis são os trabalhadores, pois são eles os consumidores mais indefesos, porque razão as centrais sindicais não levantam um dedo em sua defesa? Se os efeitos do aumento dos preços dos combustíveis são de âmbito global porque razão as organizações transnacionais não reúnem, de emergência, para concertar políticas comuns de ataque à crise? O protesto público contra o aumento do preço dos combustíveis é já uma realidade independentemente das formas que venha a assumir. O boicote que se anuncia será útil para organizar o descontentamento social, que cresce de forma galopante, denunciando a “bolha” especulativa que todos os mais altos responsáveis políticos, de forma explícita, têm vindo a referir. Pode ser que ajude os donos do negócio a refrearem a sua arrogância especulativa e os responsáveis políticos a entender que estão a governar em cima de um barril de petróleo próximo a explodir.

Já referiram, aderiam ou apoiaram (do Jumento):
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FARO - PALÁCIO DE ESTÓI


Fotografias daqui

As Ruínas de Milreu e o Palácio de Estói são dois locais míticos da minha infância que visitei, pela primeira vez, numa daquelas actividades escolares que, levando-nos para fora dos muros de escola, nos tempos da primária, nos enchiam de alegria.

Ao longo dos anos assistimos, com amargura, à degradação daquelas valiosas, e raras, peças do património histórico do concelho de Faro. Após décadas (séculos?) de desinteresse, abandono e incúria, cujos principais responsáveis foram as entidades públicas, vislumbra-se uma luz ao fundo do túnel.

O assunto já havia sido noticiado no A Defesa de Faro e ocupa, hoje, uma página no Público (disponível para assinantes): o Palácio de Estói vai ser transformado em pousada com 6,5 milhões de fundos comunitários. Finalmente!

Espero que o presidente da Câmara Municipal de Faro leve adiante o seu propósito de reformular o protocolo com a ENATUR (concessionada ao Grupo Pestana) pois, como é da natureza de uma empresa privada, esta desejará desfrutar dos benefícios do investimento comunitário (público) minimizando a sua própria comparticipação.
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segunda-feira, maio 26

MARTE FOTOGRAFADO PELA SONDA PHOENIX


AS PRIMEIRAS FOTOGRAFIAS ENVIADAS PELA SONDA PHOENIX DA SUPERFÍCIE DE MARTE

The first pictures sent back by NASA’s Phoenix Mars lander from the northern arctic plains of Mars show a flat terrain marked by a polygonal pattern of shallow troughs and a few pebbles scattered about.
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DEBATE NO PARTIDO SOCIALISTA FRANCÊS


Bertrand Delanoë, Ségolène Royal

O conceito de liberalismo no centro do debate na luta pela liderança do Partido Socialista francês:

Delanoë le libéral fait frémir Ségolène Royal
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FRANCISCO MARTINS RODRIGUES (CONT.)

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VANESSA FERNANDES


O que é raro em Vanessa Fernandes é não ganhar. É difícil encontrar qualquer atleta, ou selecção nacional, de que se possa dizer o mesmo. É uma raridade!
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domingo, maio 25

POLÍTICA SUJA


Moita Flores é uma figura enigmática. Quase nunca concordo com o que diz. Mas compreendo, muito bem, por experiência própria, o teor da sua crónica intitulada: A política suja.
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CICLO DE POESIA PORTUGUESA DO SÉCULO XX - GERAÇÃO DE 40



Rui Cinatty, Alberto Lacerda, Eugénio de Andrade


Fundação das Casas de Fronteira e Alorna


CICLO DE POESIA PORTUGUESA DO SÉCULO XX - GERAÇÃO DE 40

27 e 29 de Maio, 3 e 5 de Junho de 2008
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27 de Maio de 2008 (terça-feira)

20h00/21h30 - JANTAR

21h30 - RECITAL DE POESIA DE RUY CINATTI

Apresentação e Comentários: Peter Stilwell
Leitura: Antónia Brandão, Fernando Mascarenhas, Paulo Godinho e Vera Pyrrait.


29 de Maio de 2008 (quinta-feira)

20h00/21h30 - JANTAR

21h30 - RECITAL DE POESIA DE JOSÉ BLANC DE PORTUGAL

Apresentação e Comentários: Diogo Pires Aurélio
Leitura: Antónia Brandão, Fernando Mascarenhas e Paulo Godinho.


3 de Junho de 2008 (terça-feira)

20h00/21h30 - JANTAR

21h30 - RECITAL DE POESIA DE ALBERTO LACERDA

Apresentação e Comentários: Eugénio Lisboa
Leitura: Antónia Brandão, Fernando Mascarenhas, Maria Adelaide Hidalgo e Paulo Godinho.


5 de Junho de 2008 (quinta-feira)

20h00/21h30 - JANTAR

21h30 - RECITAL DE POESIA DE EUGÉNIO DE ANDRADE

Apresentação e Comentários: José Tolentino de Mendonça
Leitura: Antónia Brandão, Fernando Mascarenhas e Maria Adelaide Hidalgo.
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Preço - Recitais de Poesia - Entrada Livre
Jantares - 17,50 euros/cada (15 euros/cada "Amigos da Fundação" e Estudantes). Inscrições Limitadas.

Os Jantares deverão ser confirmados e pagos até às 12h00 de sexta-feira da semana anterior à realização dos mesmos. As marcações não anuladas depois dessa data serão devidas, e para este facto pedimos a vossa compreensão.

A Fundação das Casas de Fronteira e Alorna agradece a disponibilidade e a colaboração de todos os participantes.

Local: Palácio Fronteira, Largo São Domingos de Benfica nº 1 - 1500-554 Lisboa. Informações e inscrições: 217784599 ou fcfa-cultura@netcabo.pt.
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sexta-feira, maio 23

"O ÓDIO"

Bruno Barbey

Vasco Pulido Valente escreve, hoje, sob o título "O Ódio", uma crónica no Público (reservado a assinantes) da qual é possível respigar a frase inicial:

A entrevista de Luís Filipe Menezes da última terça-feira a Constança da Cunha e Sá foi, para mim, uma extraordinária revelação. Raramente, em 50 anos de política portuguesa, fiquei tão surpreendido e, para falar com franqueza, tão incomodado. Porquê? Por causa do ódio, que escorria de cada frase e de cada palavra daquele homem humilhado e azedo. Houve ódio no PREC e tanto que chegou à violência, mas naquela espécie de guerra civil larvar, o ódio parecia, por assim dizer, "normal".

VPV espanta-se com “O Ódio” que transparece, de forma assumida, “de cada frase e de cada palavra” que sai da boca de Filipe Menezes. VPV não deve ter andado por cá nos últimos anos, em particular, na época que decorreu entre os inícios de 2002 e 2005 quando o governo caiu nas mãos da coligação PSD/PP sob a direcção de José Manuel Barroso e Santana Lopes, acolitados por Paulo Portas, Manuela Ferreira Leite e Bagão Félix.

VPV andou, certamente, distraído pois, caso contrário, ter-se-ia dado conta de como “O Ódio” sempre foi um capítulo destacado dos programas de acção da direita, no poder ou fora dele, pelo menos desde que, em 1995, Cavaco Silva saiu do governo. Filipe Menezes não faz mais do que explicitar um fenómeno próprio de uma direita despojada de ideologia, esvaziada de desígnio político estratégico e capturada, em exclusivo, pelos interesses económicos.

Enquanto não se reencontrar com a política – uma política qualquer – resta à direita prosseguir o programa do “Ódio”, uma espécie de tragicomédia, para cuja encenação tem contado com apoios, por acção e omissão, deveras surpreendentes. Mas essa é uma outra questão!
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