sexta-feira, junho 13

REFLEXÃO DE 6ª FEIRA 13


Basta olhar para as medidas que o governo espanhol acaba de tomar. Os portugueses esperam que o governo tome um conjunto de medidas que constituam uma resposta estruturada à crise económico-social que o aumento do preço dos combustíveis está a acelerar e aprofundar. Não basta um plano de investimentos públicos e privados – que tem efeitos de longo prazo – é necessário a tomada de medidas que atenuem, de forma efectiva e imediata, a perda do rendimento disponível das famílias e da liquidez das empresas.

Por muito que o governo possa argumentar que as medidas fundamentais, em particular no plano social, já foram tomadas ninguém as vislumbrará no meio de uma avalanche de movimentos reivindicativos envolvendo todos os sectores da actividade económica. O governo está a ser confrontado com a economia real, através dos seus agentes, e não já pelas chamadas corporações. Se a postura do governo continuar a ser meramente defensiva, face a uma crise de longa duração, como parece ser o caso, está condenado à derrota.

É preciso que o governo passe à ofensiva desenvolvendo um plano de ataque à crise sustentado em medidas perceptíveis como necessárias e justas: para isso talvez seja necessário um novo olhar sobre as contas públicas, a politica fiscal e o modelo de gestão do orçamento; a salvaguarda dos compromissos assumidos, no âmbito da UE, com o máximo aproveitamento das suas margens de flexibilidade e, quiçá, uma remodelação governamental com vista a restaurar a confiança na capacidade do governo para enfrentar uma situação nova com a aplicação de medidas novas.
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FERNANDO PESSOA

Carta a Adolfo Casais Monteiro

Por ocasião da passagem do 120º aniversário do nascimento de Fernando Pessoa transcrevo, no Caderno de Poesia, a parte final da carta de Fernando Pessoa a Adolfo Casais Monteiro, datada de 14 de Janeiro de 1935. Pode ser lida, na íntegra, no site de poesias coligidas de F E R N A N D O P E S S O A (edição bilingue português/espanhol).
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quinta-feira, junho 12

A PAIXÃO PELO FUTEBOL

Tanta pasión bien merece una recompensa. É com esta frase que fecha o artigo do El Pais que, hoje, retrata a paixão dos portugueses pela selecção. Gosto de saber como nos vêem de fora pois sei como nos vemos, a nós próprios, cá dentro. O tempo de exposição mediática da selecção é excessivo? Talvez! Mas esperem pelos incêndios florestais agora que o calor aperta e os camionistas saíram de cena regressando à estrada. Prefiro ver o ecrã cheio com o sorriso de Ronaldo, depois de marcar um golo, às imagens, repetidas dos crimes, agruras e calamidades que, no nosso tempo, a televisão diviniza. A paixão pelo futebol é uma das últimas muralhas que a comunidade, nos “países do futebol”, é capaz de levantar contra o desespero. Tentar suster ou rasurar essa paixão é uma tarefa inglória e todos sabemos como os excessos da paixão são a sua própria essência.
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O FIM DO DIA

Adam Jahiel

Leio nas notícias e vou consultar a fonte: ANTRAM alcança acordo e apela ao retomar da actividade·

A partir deste momento as acções dos piquetes que promovem a paralisação, a terem continuidade, serão um mero caso de ordem pública.
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quarta-feira, junho 11

PORTUGAL 3 - REPÚBLICA CHECA 1

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GUARDIOLA

No post O jogador de futebol, no Auto-retrato, faz-se referência a Pep Guardiola, que foi um grande jogador e, ao mesmo tempo, ao que parece, um leitor de livros. Talvez valha a pena lembrar que Guardiola acaba de ascender a treinador principal do Barcelona. A propósito reparei que, naquelas reportagens que a SIC dedicou aos jogadores da selecção, Cristiano Ronaldo, ou a produção, fez passar uma sequência em que mostra o seu recente interesse pela leitura de livros…. Aquela pequena sequência vale por todo um programa de promoção da leitura!

Guantánamo

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FRANCISCO MARTINS RODRIGUES (CONT.)

In Memoriam de Francisco Martins Rodrigues – IV e V Partes
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MAIS UM DIA

CAVALOS À SOLTA


A vida em comunidade nem sempre é um mar de rosas. Certamente que ninguém, em seu perfeito juízo, prefere a guerra à paz, a confrontação à concórdia. Mas a democracia representativa, regime em que vivemos, após décadas de ditadura e duros confrontos, no período pós 25 de Abril, foi uma escolha consciente do povo português através de eleições livres. Nada obsta, no entanto, a que hajam manifestações de divergência e descontentamento, no pleno exercício da liberdade a duras penas conquistada.

Convém, no entanto, que todos os cidadãos, no exercício da liberdade, passado o período de aprendizagem das regras do regime democrático, respeitem a liberdade dos outros. Banal! Acontece que, a propósito do caso da paralisação dos camionistas, em noticiários e debates, através de comentaristas encartados, como é o caso do inefável Luís Delgado, se ouvem as maiores barbaridades.

Os camionistas de que se fala são, em primeiro lugar, os patrões e não os trabalhadores; a paralisação da frota não é, portanto, uma greve mas antes, pelas suas características, um lockout; o lockout é proibido pela constituição da república; as manifestações pró paralisação, a que temos vindo a assistir, são levadas a cabo à revelia da ANTRAM, associação patronal representativa do sector; a paralisação, goste-se dela ou não, tem os seus fundamentos, quais sejam, genericamente, o agravamento das condições de exploração do negócio do transporte rodoviário de mercadorias.

Apesar das variadas razões que assistem aos seus promotores, particularmente originadas no aumento do preço dos combustíveis, esta paralisação enquadra-se na categoria das manifestações “selvagens”, ou seja, realiza-se fora de qualquer enquadramento legal e associativo; trata-se, portanto, de uma paralisação ilegal que visa impedir a livre circulação de pessoas e bens ameaçando, como é público e notório, além do regular funcionamento da economia do país, a liberdade e a integridade física dos próprios promotores e daqueles que não queiram aderir à paralisação.

À direita reina um discreto regozijo, espécie de vingança póstuma face ao chamado buzinão da ponte 25 de Abril, de 1994; à esquerda, no campo do PCP e do BE, balbuciam-se umas vacuidades a meio caminho entre o apoio à paralisação e o receio das consequências futuras desse apoio. (O que pensará Manuel Alegre disto tudo?) Se não for alcançado, rapidamente, um acordo razoável, que ponha fim às manifestações “selvagens”, não pondo os contribuintes a pagar a ineficiência da maior parte da indústria de transporte de mercadorias, vamos ter um problema complexo, nos planos político e logístico. E, provavelmente, pancada da grossa.

Aí os que, hoje, clamam contra a passividade do governo face aos desordeiros, contra a incapacidade de Sócrates, (afinal um fraco!) para impor o cumprimento das leis do estado democrático de direito, vão virar-se contra ele apelidando-o de autoritário, quiçá, uma vez mais, de fascista. Se o que estiver em causa forem mesmo, comprovadamente, as liberdades públicas ao governo não restará outra alternativa senão tratar de as repor. Mas, neste conflito, como em todos os outros, mais vale um mau acordo do que uma boa demanda. É o que se deseja que aconteça, com razoabilidade, nas próximas 48 horas!
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terça-feira, junho 10

ALDINA DUARTE

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DIA DE PORTUGAL

O tempo acaba o ano, o mês e a hora,
A força, a arte, a manha, a fortaleza;
O tempo acaba a fama e a riqueza,
O tempo o mesmo tempo de si chora;
O tempo busca e acaba o onde mora
Qualquer ingratidão, qualquer dureza;
Mas não pode acabar minha tristeza,
Enquanto não quiserdes vós, Senhora.
O tempo o claro dia torna escuro
E o mais ledo prazer em choro triste;
O tempo, a tempestade em grão bonança.
Mas de abrandar o tempo estou seguro
O peito de diamante, onde consiste
A pena e o prazer desta esperança.

Luís de Camões

Sonetos da Edição de D. António Álvares da Cunha, de 1668
In Lírica – Terceiro Volume das Obras Completas - Círculo de Leitores
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segunda-feira, junho 9

"A RAÇA"


“A raça”! Estes pequenos sinais são para levar a sério? Pareceu-me que o Presidente da Republica mostrou uma sua característica particular: lida mal com a pressão. Quando os jornalistas lhe quiseram arrancar um comentário – e insistiram – acerca da paralisação dos patrões camionistas saiu-lhe uma palavra (“raça”) seguida de uma frase, (“o dia da raça”) fora do contexto, infeliz e despropositada. Sobreveio uma memória mais antiga! Bom assunto para os psicanalistas. Ora, para os mais distraídos, o “dia da raça” era a designação do “dia de Portugal” nos tempos da outra senhora, da ditadura que, no nosso país, bondosamente, costumamos chamar por “estado novo”! Somos muito dados a estas bondades perante os inimigos da liberdade! E muitos (novos e velhos) ainda por aí passeiam impunes! Felizmente que a democracia é, pela sua natureza, tolerante mesmo para com as gafes do mais alto magistrado da nação que devia zelar, acima de todos, por ela. Neste caso não zelou e deve levar uma repreensão registada. Pelo menos aqui. Não vale grande coisa mas sempre me permite cumprir com um dever de cidadania activa. Desta vez de acordo com o BE. Se fosse o primeiro-ministro Sócrates o autor da gafe caía o Carmo e a Trindade (a Trindade?). E os patrões camionistas, se a paralisação chegar até 4ª feira, o que vão fazer quando chegar a hora do jogo Portugal-República Checa para o europeu? Acho que o acordo vai ser anunciado um tempinho antes do jogo. Mera curiosidade!
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FUTEBOL- "FLUXO" E RESISTÊNCIA (de novo)

Peter MarlowHélder Postiga

Publiquei, em Outubro de 2007, Sob o título FUTEBOL – “FLUXO” E RESISTÊNCIA, um artigo de opinião que vem muito a propósito da presente época na qual o futebol surge no lugar cimeiro de todas as notícias.

O futebol é uma paixão antiga que vem dos tempos da minha meninice, sendo, ao mesmo tempo, um fenómeno que suscita debate, e reflexão, permitindo abordagens que vão bastante além do terreno linear do “pega ou larga”, da cega paixão ou da diabólica recusa.

Transcrevo o artigo, em referência, na sua versão original:


"Tout ce que je sais de plus sûr à propos de la moralité et des obligations des hommes, c'est au football que je le dois.” - Albert Camus


Scolari e Mourinho, treinadores de futebol, representam, no imaginário popular, o desejo de lideranças fortes, mobilizando ódios e paixões, criando expectativas de vitórias que redimam a honra de comunidades, povos e nações.

Nenhum outro fenómeno, senão o futebol, na maior parte dos países, regiões e continentes, mobiliza o interesse de tanta gente, sem distinção de idades, raças, credos, estatutos sociais ou económicos.

É um fenómeno paradigmático em que o jogo – actividade de lazer – se transformou num espectáculo de massas que, não deixando de criar a ilusão do jogo, deu origem, nas sociedades contemporâneas, a um “fluxo futebolístico” no qual o que se consome é o próprio fluxo.

O futebol como fenómeno de massas, mediatizado, suscitando rivalidades e lutas de claques fanáticas, mobilizando meios financeiros vultuosos, alimentando ilusões de vitórias e alentando nacionalismos serôdios, é um fluxo que combina o “fluxo do ter”, ”da informação”, “do ver”, ”do “ soletrar”, do “viajar”.

Os sujeitos do espectáculo, do “fluxo futebolístico”, os jogadores mas também os treinadores/seleccionadores, deixaram de ser os senhores da sua vontade, entregues às regras de um mercado com leis próprias; os mediadores da informação deixaram de se compadecer com a “notabilidade” dos factos e preocupam-se em estimular a capacidade de efabulação das massas; as vitórias e as derrotas deixaram de ser o “resultado do jogo” mas o acontecimento mais ou menos forjado destinado a alimentar o fluxo.

Não que tenha deixado de existir o jogo autêntico – presente no futebol amador e noutras modalidades – mas este passou à categoria de resíduo social, lugar de resistência, só, plena e pontualmente reconhecido, no plano do fluxo, quando é, ao mesmo tempo, o lugar da tragédia... a queda de uma baliza esmagando o jovem,... ou o sacrifício exultante dos amadores de uma selecção de “rugby” enfrentando uma luta desigual na qual ocuparam, no palco mediático global, o papel de resistentes.

O fluxo subjuga o jogo, que se transforma no próprio fluxo, mas não elimina as manifestações de resistência em que o jogo autêntico persiste.

Desde a “Ilha da Culatra”, no meu Algarve, às mais pequenas ilhas dos Açores, desde as pequenas colectividades recreativas às grandes empresas, desde as escolas às ruas, o “fluxo futebolístico” encontra a sua réplica em milhares de resistentes que, apagados da ribalta mediática, são o outro lado de uma realidade humana que persiste em não se deixar apagar.

Scolari e Mourinho deixarão, um dia, de ser actualidade, mas o “fluxo futebolístico” vai persistir, e o seu outro lado, o jogo autêntico, resistirá em todo o mundo, bastando para tal que hajam jogadores e um objecto simples, mais ou menos arredondado, no qual se possam dar pontapés.

O tema do futebol é fascinante, além do mais, porque nos faz ir em busca de explicações para uma paixão que, avant la lettre, Camus intuía, a partir da sua própria experiência, exercer uma influência mobilizadora das grandes massas, lugar de “alienação” mas, ao mesmo tempo, de resistência cuja influência social a pura razão dificilmente apreende.
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MOUTINHO

Portugal es Moutinho

Gosto de percorrer os media internacionais para conhecer alguma coisa do mundo. No caminho também se aprende como os outros nos vêem a nós, no caso, acerca do talento individual ao serviço do colectivo. Vale para tudo, na vida dos indivíduos e das colectividades, para quem quiser entender a força do futebol como fenómeno de massas.
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Gisele Bündchen

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domingo, junho 8

OS SOCIALISTAS FRANCESES

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HUMBERTO DELGADO (VII)


As eleições presidenciais de 1958 disputaram-se no domingo, dia 8 de Junho, passam hoje exactamente 50 anos. A campanha eleitoral da candidatura presidencial de Humberto Delgado encerrou a 4 de Junho, de forma apoteótica, em Beja mas ao contrário do que sempre tinha acontecido, em anteriores eleições presidenciais, em ditadura, Humberto Delgado, fez questão de levar a sua candidatura até às urnas. E assim foi.

Delgado queria mostrar ao país, e ao mundo, que as eleições em Portugal eram uma farsa e, mais do que isso, estava determinado a criar um movimento que abrisse portas à implantação de uma democracia em Portugal.

“Nos três dias que faltavam até ao acto eleitoral de domingo, circulou de mão em mão uma proclamação final de Humberto Delgado aos portugueses, encorajando-os a votar: “Apesar dos assaltos e das prisões; apesar da violência e das agressões; apesar de violarem e encerrarem as nossas sedes; apesar das intimidações, dos insultos, e prepotências de que, sempre e redobradamente nos últimos dias, temos sido passivos; apesar da censura e das injustiças; apesar de se preparar uma burla eleitoral de que somos vitimas, eu – por tudo e por isso mesmo – vos convido a seguir comigo o nosso destino comum. Às urnas, amigos! Lutemos de forma a desmascarar os traidores e os cobardes, aqueles que cometeram e vão cometer ilegalidades constitucionais, aqueles que são inimigos do Povo e dos princípios cristãos! Às urnas, cidadãos!”

No próprio dia da votação, 8 de Junho de 1958, o penúltimo acto da farsa eleitoral salazarista foi a publicação de um decreto governamental que proibia a fiscalização das assembleias de voto por elementos da oposição. (…)

Ao deslocar-se com Maria Iva ao Liceu Camões, para votar, Humberto Delgado foi alvo de uma derradeira apoteose popular. À saída, foi levado em ombros como em plena campanha eleitoral e envolvido em gritos de “Humberto! Humberto! Humberto!”. A cena foi filmada – e essas são raríssimas imagens em movimento das eleições de 1958.”

[Transcrições, a bold, de “Humberto Delgado – Biografia do General Sem Medo”. Omiti as notas que remetem para as fontes. Continua.]
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sábado, junho 7

PORTUGAL 2 - TURQUIA 0


Num país que parece mais fadado para chorar as desgraças do que para apreciar o trabalho dos seus melhores aqui ficam as crónicas do espanhol El Pais e do sítio da UEFA acerca do Portugal 2 - Turquia 0. Foi só uma vitória mas de uma selecção de luxo que contribui para colocar Portugal nas bocas do mundo por boas razões. Foi acima de tudo uma equipa cheia de surpresas agradáveis. Uma esperança e uma alegria!
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A BANDEIRA E O HINO

O fenómeno futebolístico, desprezado por uns, idolatrado por outros, permitiu que os símbolos nacionais sejam do conhecimento geral. A bandeira e o hino de Portugal entraram no quotidiano dos portugueses, nos últimos anos, através do desempenho internacional da selecção nacional de futebol. É essa realidade que dentro de momentos vai ter mais uma representação em Genebra. Boa sorte!
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