Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
quarta-feira, setembro 2
ECONOMIA: SINAIS POSITIVOS
ECONOMIA: SINAIS POSITIVOS - SIMplex: "As estimativas de crescimento económico hoje apresentadas pelo EUROSTAT confirmam que Portugal cresceu no 2º trimestre de 2009, em comparação com o trimestre anterior, 0,3%. Na UE (a 27) só dois países apresentam um desempenho melhor que Portugal (Eslováquia e Polónia) e três países um desempenho igual (Alemanha, Grécia e França). É um sinal que aponta para a recuperação da economia portuguesa. É pouco? Mas é um indicador positivo como mostra, de forma impressiva, o título da notícia no DN: UE caiu 0,2%, Portugal subiu 0,3 no último trimestre."
terça-feira, setembro 1
ACONTECEU HÁ 70 ANOS
No dia 1 de Setembro de 1939 a Alemanha de Hitler desencadeia um ataque militar fulminante contra a Polónia. É a primeira acção militar da 2ª Guerra Mundial. Passam hoje 70 anos. As grandes tragédias humanas devem ser evocadas para que se não voltem a repetir. [Um site em alemão, do qual retirei a fotografia, que pode ser traduzido automaticamente embora em mau português.]
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TRAVAGEM NA SUBIDA DO DESEMPREGO
Ilustração daqui
O desemprego é sempre lastimável. Mas quando se assiste a uma travagem continuada da sua subida é bom sinal. Quer dizer que a actividade económica está em recuperação credibilizando a estimativa para o resultado do PIB do 2º trimestre (subida de 0,3%). O que nos dizem as notícias de hoje é que “A taxa de desemprego em Portugal está estável desde Abril, mês em que subiu para os 9,2%, valor no qual permanece, de acordo com os dados hoje divulgados pelo Eurostat. O desemprego em Portugal continua assim abaixo da média da Zona Euro.” No contexto actual é uma boa notícia para os portugueses. A oposição perdeu um cavalo de batalha importante em plena campanha eleitoral. Imaginem se a notícia apontasse no sentido da subida!
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ALERTA LARANJA
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segunda-feira, agosto 31
domingo, agosto 30
SIMPLEX
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O Eduardo Pitta deu-se ao trabalho de fazer um best of da segunda quinzena do SIMplex. Enredado em leituras, pela minha parte, agradeço.
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sábado, agosto 29
O SEU BLOGUE É ...
O Carlos Santos de O Valor das ideias colocou-me numa corrente que dá pelo nome de “O seu blogue é viciante”. Não me parece nada que seja o caso mas agradeço a simpatia que, aliás, é recíproca. Desta vez apeteceu-me ripostar encadeando dez blogues, nada convencionais, daqueles que sempre consulto.
BibliOdyssey
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sexta-feira, agosto 28
PROGRAMA ELEITORAL DO PSD
Já li o programa eleitoral do PSD. É sempre bom ler os programas eleitorais dos partidos e tenho por hábito lê-los. Imprimi o dito em papel – cheio de anotações – desde pontos de interrogação, a frases curtas do género: “como fazer?”, “ainda mais?”, “o quê?” e também alguns OK… Notei no dito programa (e os programas valem o que valem …), pelo menos, três pormenores diferenciadores em relação ao PS:
1 – São preconizadas políticas que, de forma expressa, apontam para orientações de natureza populista em certas áreas como, por exemplo, na economia, fiscalidade e segurança [baixa de impostos, prisão preventiva…] certamente tendo como objectivo ganhar espaço à direita;
2 – É aberto o caminho, de forma subtil, mas expressa, para a privatização da Segurança Social, o que faz parte da carga genética da chamada direita dos interesses;
3 – E, no mesmo caminho, certamente não é por acaso que não é feita uma única referência ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) mas são feitas, vezes sem conta, referências às virtudes da família [com todo o meu respeito pela dita!].
As linhas programáticas do PSD para estas eleições são, em geral, muito vagas dando origem a que se suscitem legítimas dúvidas se tal situação resulta de uma opção táctica ou de pura incapacidade política. Vou mais pela primeira hipótese.
[Não posso ser mais preciso, não é por nada, mas esqueci-me da versão em papel do dito documento, com as respectivas anotações, no escritório do gerente da garagem onde fui levantar o veiculo – espero que o homem não se assuste!]
EDWARD KENNEDY
Uma singela e comovida homenagem = Thousands of mourners, clapping and waving flags, lined the streets from Cape Cod to downtown Boston on Thursday afternoon, watching as the lengthy funeral procession for Senator Edward M. Kennedy concluded its three-hour journey at the John F. Kennedy Library in Dorchester, Mass.
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quinta-feira, agosto 27
ADIVINHA-SE UMA SUBIDA AOS CÉUS ...
Só amanhã vou ler as linhas programáticas que o PSD apresentou ao país. Confesso que fiquei mais surpreendido com a notícia da chuva de debates que aí vêm adoptando, na linguagem de Scolari, a lógica do “mata-mata”. Mas fez bem o PS, e Sócrates, em ter aceitado o modelo da saturação. Caso contrário arcaria com o odioso da fuga ao debate num terreno que, ainda por cima, lhe é favorável. Querem debates? Então tomem lá debates!
Sempre adiantarei, antes da leitura das linhas programáticas do PSD, a propósito desta notícia: PSD promete cortar impostos das PME e reduzir taxa social única, … que me parece, quase sem correr riscos de errar o alvo, que quem prometer baixar impostos mente ou, numa linguagem mais suave, promete o que não poderá cumprir. No período pós-crise, com os deficits das contas públicas elevados, a tendência dos governos, seja qual for a sua cor política, será, inevitavelmente, a de aumentá-los ou, quanto muito, a de manter os níveis actuais da carga fiscal. Seria interessante que o PS assumisse, em particular, neste campo, uma política de verdade. A suprema ironia!
Vejam o caso de Espanha (notícia de hoje):
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MAIS UM ALERTA LARANJA!
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quarta-feira, agosto 26
PRESSÕES
Fernando Delgado
Para o SIMPLEX
Há pressões em todo o lado, em todo o tempo e em qualquer lugar, função ou desempenho, público ou privado, íntimo ou social, o que há mais é pressão, desde a imperial ao café, desde o desempregado ao executivo de topo, dos alvores da manhã às profundidades da noite. Toda a gente faz pressão sobre toda a gente. Equipa que não pressione não ganha. Veja-se a diferença entre o FC Porto de (quase) todos os dias e os seus rivais de sempre. Assim que se adivinha que o adversário vai receber a bola já lá está quem lhe trave o passo. É assim na vida comum e na vida política.
Salazar que só andou uma vez de avião – Lisboa Porto sem volta – ao aterrar disse para quem o acompanhava que nunca mais! Aquele meio de transporte civil sofisticado, introduzido, em Portugal, por Humberto Delgado, com a criação da TAP, deve ter exercido uma tal pressão sobre o ditador que ele desistiu de voar. De tal forma que nunca visitou as colónias que só conhecia através de relatos e relatórios mas que, certamente, desde 1961 exerceram muita pressão sobre a sua vida. Mário Soares governou, em democracia, sob pressão: desde o PREC, passando pela intervenção do FMI, até ao processo de adesão de Portugal à União Europeia (de 1974 a 1985 – 11 anos!).
Nenhum governante – seja qual for o país, organismo ou função - está isento de sofrer fortes pressões. Nem qualquer profissional que se dedique, com afã, às missões que lhe cabem as exerce sem pressão. Sujeitos às mais altas pressões, na verdade, estão os titulares de altos cargos, em especial os políticos eleitos, em particular, através dos meios de comunicação social, com a televisão à cabeça. A novela, com enredo de espionagem, ainda em exibição, é mais do que um episódio de pressão. É desespero, não sei a causa.
Será que a direita em Portugal, nos últimos anos, perdeu influência nos centros de decisão, da finança à economia, da polis à inovação social, tecnológica …? Será isso que lhe dói? O PSD mostra-se incapaz de reinventar um ideário social-democrata e, longe de convencer a sua base natural de apoio, acolhe-se na busca de um consenso social negativo face ao programa político reformista do PS. Apresentará, certamente, propostas, que convém não subestimar, mas o essencial do seu programa pertence à esfera da “não inscrição”, ou seja, às insinuações do “governo sob suspeita”.
Nos próximos 30 dias [exactos] de campanha eleitoral é esse o ponto de confluência de todas as pressões sobre o PS e o seu líder.
Para o SIMPLEX
Há pressões em todo o lado, em todo o tempo e em qualquer lugar, função ou desempenho, público ou privado, íntimo ou social, o que há mais é pressão, desde a imperial ao café, desde o desempregado ao executivo de topo, dos alvores da manhã às profundidades da noite. Toda a gente faz pressão sobre toda a gente. Equipa que não pressione não ganha. Veja-se a diferença entre o FC Porto de (quase) todos os dias e os seus rivais de sempre. Assim que se adivinha que o adversário vai receber a bola já lá está quem lhe trave o passo. É assim na vida comum e na vida política.
Salazar que só andou uma vez de avião – Lisboa Porto sem volta – ao aterrar disse para quem o acompanhava que nunca mais! Aquele meio de transporte civil sofisticado, introduzido, em Portugal, por Humberto Delgado, com a criação da TAP, deve ter exercido uma tal pressão sobre o ditador que ele desistiu de voar. De tal forma que nunca visitou as colónias que só conhecia através de relatos e relatórios mas que, certamente, desde 1961 exerceram muita pressão sobre a sua vida. Mário Soares governou, em democracia, sob pressão: desde o PREC, passando pela intervenção do FMI, até ao processo de adesão de Portugal à União Europeia (de 1974 a 1985 – 11 anos!).
Nenhum governante – seja qual for o país, organismo ou função - está isento de sofrer fortes pressões. Nem qualquer profissional que se dedique, com afã, às missões que lhe cabem as exerce sem pressão. Sujeitos às mais altas pressões, na verdade, estão os titulares de altos cargos, em especial os políticos eleitos, em particular, através dos meios de comunicação social, com a televisão à cabeça. A novela, com enredo de espionagem, ainda em exibição, é mais do que um episódio de pressão. É desespero, não sei a causa.
Será que a direita em Portugal, nos últimos anos, perdeu influência nos centros de decisão, da finança à economia, da polis à inovação social, tecnológica …? Será isso que lhe dói? O PSD mostra-se incapaz de reinventar um ideário social-democrata e, longe de convencer a sua base natural de apoio, acolhe-se na busca de um consenso social negativo face ao programa político reformista do PS. Apresentará, certamente, propostas, que convém não subestimar, mas o essencial do seu programa pertence à esfera da “não inscrição”, ou seja, às insinuações do “governo sob suspeita”.
Nos próximos 30 dias [exactos] de campanha eleitoral é esse o ponto de confluência de todas as pressões sobre o PS e o seu líder.
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terça-feira, agosto 25
ALERTA LARANJA
no simplex
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segunda-feira, agosto 24
A FALÉSIA
Conheço razoavelmente bem o mar azul e a costa recortada do Algarve. Da casa dos meus avós maternos, situada num monte, para os lados de Tavira, pode observar-se quase metade da costa algarvia – de Ayamonte a Olhão. Desde criança essa imagem do mar azul ao longe nunca me abandonou. Aquela metade – o sotavento – não tem falésias correspondendo a quase toda a extensão da Ria Formosa. No Barlavento a costa apresenta uma fisionomia diferente onde surgem, nalguns troços, as falésias. Sabemos que, a partir da década de 60, a indústria do turismo tornou o Algarve um destino apetecível. A faixa costeira foi invadida por toda a espécie de empreendimentos, a mor das vezes, construídos sem rei nem roque. A voragem do lucro fácil venceu, quase sempre, a preservação do eco sistema. O desenvolvimento, que cria riqueza, transforma, inevitavelmente, a paisagem. E as novas paisagens construídas, em benefício da indústria turística, nem sempre golpearam a paisagem natural do Algarve. Por vezes beneficiaram-na. Uma discussão antiga. Mas a imagem das grandes máquinas derrubando a falésia na Praia Maria Luísa é brutal. É um elemento da paisagem natural. Não é um mamarracho construído sobre uma falésia. Que culpa tem a falésia de pertencer aquele ambiente natural? A falésia pode desmoronar-se! Os seres humanos que se deitam à sua sombra, apesar dos avisos, podem morrer! Como o mar os pode tragar num golpe traiçoeiro. Como o sol lhes pode marcar para sempre o destino. Não há racionalidade na tragédia. Nem a tragédia deve ser pretexto para arrasar a natureza. Bom! Sempre se pode abrir um processo-crime! Mas não seria necessário preservar a falésia? As marcas? Os indícios? Os deuses devem estar loucos!
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domingo, agosto 23
"Hmmm..."
SEMENTES DE INSEGURANÇA
David Julian
António Correia de Campos, no Diário Económico:
A entrevista da drª. Manuela Ferreira Leite no passado dia 20 (RTP-1) não foi improvisada. Assentou em três estratégias: do medo, da minimização do Estado e da superficial simplicidade. Ideias simples e aparentemente impressivas. Tremendas e negativas.
António Correia de Campos, no Diário Económico:
A entrevista da drª. Manuela Ferreira Leite no passado dia 20 (RTP-1) não foi improvisada. Assentou em três estratégias: do medo, da minimização do Estado e da superficial simplicidade. Ideias simples e aparentemente impressivas. Tremendas e negativas.
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sábado, agosto 22
PROPAGANDA MISERÁVEL
Esta prosa que descobri aqui é politicamente miserável, hedionda, no plano ético e merecedora do mais profundo desprezo. Os comunistas honestos deveriam merecer mais respeito dos seus dirigentes.
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sexta-feira, agosto 21
BÚSSOLA ELEITORAL
A Marina Costa Lobo, e um grupo de politólogos, desenvolveram um projecto, muito interessante, denominado BÚSSOLA ELEITORAL – PORTUGAL. A luta política em tempo de eleições também merece que, por vezes, se junte à refrega o prazer da descoberta. Um jogo divertido e pedagógico.
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quinta-feira, agosto 20
JOSÉ AFONSO, SEMPRE!
80 ANOS DE ZECA
Mais do que uma homenagem, um acto de justiça.
A fotografia foi retirada do site "Associação José Afonso".
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