Rita Bernstein
Eu vi os partidos extremos da esquerda e da direita obrigarem um governo em apuros a reduzir a receita e aumentar a despesa. A direita tem tendência a reduzir a receita e a esquerda tende a aumentar a despesa. Mas ver os dois extremos coligados para defender ambas as coisas, era coisa nunca vista.
Eu vi o Dr. Jardim propor uma coligação dos partidos extremos da direita e esquerda. O Dr. Jardim costuma dizer coisas espantosas. Mas pensar num governo composto por Paulo Portas, Ferreira Leite, Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa, é ainda mais espantoso.
Eu vi Felícia Cabrita fazer um “most” jornalístico com a divulgação de processos judiciais sigilosos, tal como fizera nos casos Freeport e Casa Pia. Eu sei como ela consegue obter os segredos mais bem guardados. Mas ver o País pendurado das iniciativas desta mulher, é coisa arrepiante.
Eu vi dois magistrados da província, depois de cuscarem conversas entre jovens negociadores, convencerem-se de que existia um plano para destruir o Estado de Direito. Os jovens apenas falavam de nos livrar da fúria justiceira de Manuela Moura Guedes e seu marido. Achar que o casal Moniz é o Estado de Direito, deve ser anedota.
Eu vi a comunicação social dizer que não existe liberdade de expressão em Portugal, enquanto usava a liberdade de atacar o poder de forma nunca vista. Eu lembro-me do tempo em que não existia liberdade de expressão. Dizer que ela não existe agora, soa-me deveras estranho.