Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
terça-feira, agosto 16
Fernando Pessoa em edição bilingue - português/espanhol
Um grande poeta português traduzido em espanhol, para galgata
(e não só),
neste “site de poesias coligidas de F E R N A N D O P E S S O A”
Deixa-me sonhar
Dorme enquanto eu velo...
Deixa-me sonhar...
Nada em mim é risonho.
Quero-te para sonho,
Não para te amar.
A tua carne calma
É fria em meu querer
Os meus desejos são cansaços.
Nem quero ter nos braços
Meu sonho do teu ser.
Dorme, dorme. dorme,
Vaga em teu sorrir...
Sonho-te tão atento
Que o sonho é encantamento
E eu sonho sem sentir.
Duerme mientras yo velo...
Déjame soñar...
Nada en mí es risueño.
Te quiero para sueño,
No para amarte.
Tu carne calma
Es fria en mi querer
Mis deseos son cansancios.
Ni quiero tener en los brazos
Mi sueño de tu ser.
Duerme, duerme. Duerme,
Vaga en tu sonreir...
Te sueño tan atento
Que el sueño es encantamiento
Y yo sueño sin sentir.
Fernando Pessoa
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2 comentários:
Qué linda poesía!! Me gustó mucho... qué bueno haberla leído porque, al parecer, conozco poco o casi nada de poetas de habla portuguesa...
Abrindo um caminho para que os falantes do espanhol, que acedem a este blog, tomem conhecimento da poesia portuguesa. Vão dois grandes, portugueses mas universais, Fernando Pessoa e Eugénio de Andrade. A pequenos passos se faz um longo caminho. Vou encontrar mais poetas portugueses, com obra traduzida para espanhol, disponíveis na net, a pensar no interesse de galgata.
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