Divas & Contrabaixos
Que bela réplica a de MRF ao meu escrito acerca do futebol. Fiquei contente, pá! Por experiência sei que “os maiores resistentes são os clubes não futebolísticos.” Ao contrário do que a cortina de silêncio mediático possa fazer crer os “clubes não futebolísticos”, formais e informais, ancorados no associativismo popular, têm, em Portugal, uma enorme dimensão.
O reconhecimento social do papel do associativismo popular é inquestionável; os benefícios para a sociedade da sua acção, nas áreas a que mete mãos, não têm paralelo no cotejo com muitas, e subsidiadas, instituições profissionais que se dedicam às mesmas actividades; o poder político, em Portugal, não prestigia, nem protege, suficientemente o associativismo popular por razões, entre outras, de natureza histórica; do meu ponto de vista, têm a ver com a herança do duplo controle político a que o associativo popular foi sujeito, primeiro pelo “antigo regime” – temeroso do seu papel na resistência – depois pelo PCP – voraz na tentativa de tomada do dito.
Este tema do associativismo popular merece mais atenção, e mais detida análise, nas antípodas do esquecimento a que os poderes formais, reiteradamente, o têm votado; não falo em subsídios, que também contam, mas na necessidade de um novo enquadramento legislativo e na elevação institucional do seu papel na hierarquia da “coisa pública” (vide o exemplo de França).
Nos meus 7 anos de INATEL (1996-2003) dediquei-me, com muitos outros, com entusiasmo e persistência, ao estudo e dinamização do associativismo popular. Nem tudo se perdeu mas dessa experiência retirei a lição que, no nosso Portugal democrático, infelizmente, as penas sofridas pelas “boas acções” são pesadas ao contrário dos benefícios da inacção ou do prosaico, portuguesmente falando, “deixa andar”.
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Que bela réplica a de MRF ao meu escrito acerca do futebol. Fiquei contente, pá! Por experiência sei que “os maiores resistentes são os clubes não futebolísticos.” Ao contrário do que a cortina de silêncio mediático possa fazer crer os “clubes não futebolísticos”, formais e informais, ancorados no associativismo popular, têm, em Portugal, uma enorme dimensão.
O reconhecimento social do papel do associativismo popular é inquestionável; os benefícios para a sociedade da sua acção, nas áreas a que mete mãos, não têm paralelo no cotejo com muitas, e subsidiadas, instituições profissionais que se dedicam às mesmas actividades; o poder político, em Portugal, não prestigia, nem protege, suficientemente o associativismo popular por razões, entre outras, de natureza histórica; do meu ponto de vista, têm a ver com a herança do duplo controle político a que o associativo popular foi sujeito, primeiro pelo “antigo regime” – temeroso do seu papel na resistência – depois pelo PCP – voraz na tentativa de tomada do dito.
Este tema do associativismo popular merece mais atenção, e mais detida análise, nas antípodas do esquecimento a que os poderes formais, reiteradamente, o têm votado; não falo em subsídios, que também contam, mas na necessidade de um novo enquadramento legislativo e na elevação institucional do seu papel na hierarquia da “coisa pública” (vide o exemplo de França).
Nos meus 7 anos de INATEL (1996-2003) dediquei-me, com muitos outros, com entusiasmo e persistência, ao estudo e dinamização do associativismo popular. Nem tudo se perdeu mas dessa experiência retirei a lição que, no nosso Portugal democrático, infelizmente, as penas sofridas pelas “boas acções” são pesadas ao contrário dos benefícios da inacção ou do prosaico, portuguesmente falando, “deixa andar”.
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