Se o protesto público contra o aumento dos preços dos combustíveis não faz sentido, nas palavras dos donos do negócio, por razões de se tratar de um fraco negócio, porque razão não mudam de ramo? Se os donos do negócio, ao longo de toda a cadeia, do produtor ao consumidor final, agem com transparência, na fixação dos preços, porque razão parecem temer a fiscalização dos governos e o boicote dos consumidores? Se os principais prejudicados com o aumento dos preços dos combustíveis são os trabalhadores, pois são eles os consumidores mais indefesos, porque razão as centrais sindicais não levantam um dedo em sua defesa? Se os efeitos do aumento dos preços dos combustíveis são de âmbito global porque razão as organizações transnacionais não reúnem, de emergência, para concertar políticas comuns de ataque à crise? O protesto público contra o aumento do preço dos combustíveis é já uma realidade independentemente das formas que venha a assumir. O boicote que se anuncia será útil para organizar o descontentamento social, que cresce de forma galopante, denunciando a “bolha” especulativa que todos os mais altos responsáveis políticos, de forma explícita, têm vindo a referir. Pode ser que ajude os donos do negócio a refrearem a sua arrogância especulativa e os responsáveis políticos a entender que estão a governar em cima de um barril de petróleo próximo a explodir.
Já referiram, aderiam ou apoiaram (do Jumento):
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