As razões profundas do meu empenhamento em
A REGRA DO JOGO, cujo título é inspirado num famoso
filme de Jean Renoir, na companhia de jovens personalidades, altamente qualificadas nas respectivas áreas de intervenção, são, no essencial, as mesmas que explicitei numa espécie de “declaração de princípios” inserta
noutro blogue colectivo no qual, anos atrás, participei:
A criação é uma forma de afirmação das diferenças que não das desigualdades.
Compete-nos, como cidadãos livres, encontrar um sopro de inspiração, na medida das nossas escassas forças, para combater o conformismo e o aviltamento dos valores essenciais que salvaguardam a humanidade da barbárie.
Esses valores são velhas bandeiras do pensamento humanista e liberal dos últimos séculos: direito à vida, defesa da liberdade individual e da democracia. Igualdade de oportunidade para todos no acesso aos benefícios do progresso económico, cientifico, tecnológico e social.
Na vertigem deste caminho muitas interrogações sempre se colocaram aos homens dos tempos modernos: o humanismo é um pensamento limitado? O liberalismo é um pensamento pervertido? O progresso uma aspiração antiquada?
A revolta do homem talvez aconselhasse a adoptar sempre os princípios de um pensamento que tudo tomasse em conta. Sem sublinhados nem os encargos de múltiplas heranças filosóficas ou históricas.
Mas a maioria, salvo os assassinos, que estão sempre prontos a sujar as mãos de sangue e a lançar para a valeta os corpos das suas vítimas, executadas à vista de todos, os homens de boa vontade, aceitam certamente, que fiquem de pé, na luta contra a barbárie, os princípios do direito à vida, à liberdade e à justiça.
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Julgo que são esses os nossos princípios.
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