Fotografia de Hélder Gonçalves
A justiça em Portugal não é feita pela hora do nosso tempo mas por uma hora antiga. São infindáveis os danos das penas aplicadas pela usura do tempo. A suspeita duradoira faz a vez do castigo. Assim se encobrem os culpados com o silêncio dos inocentes. O quarto poder decide a pena a aplicar a que se segue o silêncio da morte. Diz-se que só os ricos podem lutar contra a injustiça. Eu digo que nem os ricos. A justiça passeia-se impune perante os olhos da nossa sociedade impotente. Até quando? [A propósito, e apesar, do que aqui se escreve.]
.