segunda-feira, maio 24

"Ritual do conformismo"

No Congresso do PSD não se passou nada...a não ser propaganda...

Eis aqui, no Expresso online, um bom retracto do evento.


O Presidente do PSD faz propaganda perigosa

"XXV Congresso do PSD

Durão Barroso responsabiliza PCP por eventuais problemas de segurança no Euro 2004


O presidente do PSD, Durão Barroso, responsabilizou hoje o PCP por eventuais problemas de insegurança durante a realização do Euro 2004, depois de acusar alguns partidos da oposição de tentarem gerar instabilidade entre as forças da ordem. "


Foi esta a ideia que o Público "puxou" para manchete do discurso de Durão Barroso no encerramento do XXV Congresso do PSD. Transferir a responsabilidade com a segurança nacional para o PCP é uma peça de propaganda perigosa. Desresponsabiliza o Governo, verdadeiro responsável pela segurança nacional, e faz reemergir o "papão" comunista, como origem de todos os males nacionais.

É uma ideia patética, grotesca e perigosa para o futuro da democracia portuguesa e coloca Durão Barroso ao mais baixo nível da propaganda populista. Depois do que afirmou acerca dos Açores, com Alberto João Jardim a seu lado, estamos conversados …

À atenção do senhor Presidente da República responsável máximo pelo regular funcionamento das instituições democráticas e pelas Forças Armadas…

domingo, maio 23

CV-7

Melodia Infinita

No meu percurso por blogs do Brasil surge Melodia Infinita: "A que se desenvolve livremente, sem obediência a nenhuma forma preestabelecida". (Novo Dicionario Aurélio).

Um prazer na utilização da palavra com prioridade à poesia. Ora viva!



sábado, maio 22

Lisbon revisited (1926)


Nada me prende a nada.
Quero cinqüenta coisas ao mesmo tempo.
Anseio com uma angústia de fome de carne
O que não sei que seja -
Definidamente pelo indefinido...
Durmo irrequieto, e vivo num sonhar irrequieto
De quem dorme irrequieto, metade a sonhar.

Fecharam-me todas as portas abstratas e necessárias.
Correram cortinas de todas as hipóteses que eu poderia ver da rua.
Não há na travessa achada o número da porta que me deram.

Acordei para a mesma vida para que tinha adormecido.
Até os meus exércitos sonhados sofreram derrota.
Até os meus sonhos se sentiram falsos ao serem sonhados.
Até a vida só desejada me farta - até essa vida...

Compreendo a intervalos desconexos;
Escrevo por lapsos de cansaço;
E um tédio que é até do tédio arroja-me à praia.
Não sei que destino ou futuro compete à minha angústia sem leme;
Não sei que ilhas do sul impossível aguardam-me naufrago;
ou que palmares de literatura me darão ao menos um verso.

Não, não sei isto, nem outra coisa, nem coisa nenhuma...
E, no fundo do meu espírito, onde sonho o que sonhei,
Nos campos últimos da alma, onde memoro sem causa
(E o passado é uma névoa natural de lágrimas falsas),
Nas estradas e atalhos das florestas longínquas
Onde supus o meu ser,
Fogem desmantelados, últimos restos
Da ilusão final,
Os meus exércitos sonhados, derrotados sem ter sido,
As minhas cortes por existir, esfaceladas em Deus.

(.....)

Fernando Pessoa (Álvaro de Campos) como prometido no post "Chuvisca em Lisboa"

Pode ler este poema, na íntegra, AQUI


Portugueses Viajaram Menos em 2003

"As viagens turísticas dos residentes em Portugal caíram 16,6 por cento em 2003 face ao ano anterior. As deslocações dentro do país desceram 17 por cento e ao estrangeiro 12,4 por cento. Segundo os dados ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), as dormidas seguiram aquela tendência, com uma redução de 11,6 por cento. A maior parte efectuou-se em alojamento privado gratuito (66,7 por cento)."

Os dados estatísticos do turismo português, em 2003, foram agora divulgados pela Lusa e retomados, na íntegra, pelo Público.

Este é um indicador indirecto muito relevante do estado da economia de um país. As viagens turísticas dos portugueses decresceram em 2002 e 2003. Nos anos anteriores tinham crescido de forma sustentada.

Os operadores turísticos, e as suas organizações representativas, andam agora muito calados. No período anterior emitiam muitas opiniões acerca da importância da actividade turística na economia e no desenvolvimento do país. O Dr. Atílio Forte, Presidente da Confederação do Turismo, eclipsou-se.

Em 2004 o Campeonato da Europa de Futebol, a partir de 12 de Junho, vai dar uma ajuda á recuperação do sector! É a "pesado herança"!


Chuvisca em Lisboa

Estranha noite de finais de Maio em Lisboa. A Feira do Livro abriu no Parque e chuvisca em Lisboa.

As ruas do Bairro Alto, ao início da noite, estavam quase desertas. Um grupo de japoneses a caminho das casas de fados, casais de estrangeiros buscando os restaurantes recomendados e mais uns poucos portugueses. As ruas não melhoraram em animação, nem em asseio, nem em comércio, em nada, apesar das restrições à circulação automóvel.

O seu encanto natural é o mesmo de sempre mas a cidade é trespassada por um ar triste. Não de ouvem os sons de fundo de outros tempos. Uns acordes de guitarra e fragmentos de vozes sofridas a cantar.

O casanostra restaurante mantém, após muitos anos, um bom nível de serviço. Como alguns outros restaurantes do Bairro Alto resiste e continuamos a gostar do ambiente depurado e da belíssima cozinha italiana. Somos retribuídos pela simpatia do pessoal. A fidelidade da nossa escolha ajuda mas sente-se que há qualidade e vontade de agradar.

Está bem de ver que era cedo na noite mas nas ruas sente-se a descrença além do eco dos nossos passos. Lembra-me Fernando Pessoa (Álvaro de Campos) em "Lisbon revisited" (1926) e outros poemas com referências à cidade de Lisboa. Poemas a visitar um dia neste espaço.


sexta-feira, maio 21

CV-6

DO MEU LADO DE DENTRO

Aqui está outro blog do Brasil. O texto de apresentação do "do meu lado de dentro" diz tudo acerca do seu conteúdo. Vala a pena a digressão... Aqui está:

"Eu sou assim, quem quiser gostar de mim, eu sou assim...
Se hoje tivesse que escolher uma música que define um momento seria "Ainda mais" do Gudin. Se tivesse que escolher um filme, escolheria "Assédio" do Bernardo Bertolucci. Se tivesse que escolher um país, escolheria minha casa. Se me pedissem para que escolhesse uma flor, seria a gerbera. Um período do dia??? Hummm, o pôr do sol! Se pudesse escolher ser um animal, seria uma gata e se pudesse escolher ser uma comida, seria um chocolate. Se hoje pudesse viver só disso, viveria da música e do canto. Se hoje eu pudesse, e por sorte posso, faria exatamente tudo o que faço. Porque neste meu momento de vida, vivo plenamente tudo aquilo que acredito, sinto o que cabe em mim, sem mais nem menos sofrimento. Apenas na quantidade exata. Porque hoje sou uma das melhores companhias de todos os tempos para mim mesma e conto com a companhia das melhores pessoas que já pude conhecer em todos os tempos. E hoje, aqui, dentro de mim, do meu lado de dentro, há um mundo infinito de possibilidades, desejos e realizações. E portanto, compartilho um pouco do caminho iluminado que têm sido meus dias. Sintam-se acolhidos e voltem muito e sempre!
Estão dentro de mim..."







Impostos

Ontem foi notícia, em Portugal, a remuneração do novo Director Geral das Contribuições e Impostos. O tema merece uma abordagem mais detalhada que farei oportunamente pois ainda não se sabe, ao certo, o montante da remuneração.

Mas quero deixar uma nota de perplexidade com as justificações dadas para esta decisão por vários "fazedores de opinião". É mentira que não existam quadros dirigentes na Administração Pública capazes de exercer tal função. É verdade que ganhariam muito menos.

É mentira que a competência técnica seja um exclusivo dos quadros do sector privado. É verdade que existem centenas de dirigentes da administração pública, reconhecidamente competentes, "na prateleira".

Neste caso foi tomada a opção mais fácil. Mas os resultados dependem do empenhamento e competência de milhares de trabalhadores que auferem remunerações (congeladas há 2 anos) muitas vezes inferiores à do Director Geral agora nomeado. Conclusão: o fácil pode tornar-se difícil.

quinta-feira, maio 20

Fragmentos de Leituras

"A privadicidade

Com efeito, é quando divulgo a minha privadicidade que mais me exponho: não pelo risco de "escândalo" mas sim porque nesse momento apresento o meu imaginário com a sua consistência mais forte; e o imaginário é precisamente aquilo em que os outros têm vantagem; aquilo que não está protegido por nenhuma inversão, nenhum desmantelamento. Todavia, a "privadicidade" muda de acordo com a Doxa à qual nos dirigimos; se é uma doxa das direitas (burguesa ou pequeno-burguesa: instituições, leis, imprensa), é a privadicidade sexual que mais se expõe. Mas, se for uma doxa das esquerdas, a exposição do sexual não transgride nada: neste caso a "privadicidade" são as práticas fúteis, os vestígios de ideologia burguesa que o sujeito confidencia: quando me volto para essa doxa exponho-me menos ao declarar uma perversão do que ao enunciar uma preferência: a paixão, a amizade, a ternura, a sentimentalidade, o prazer de escrever, tornam-se então, por simples deslocamento estrutural, termos indizíveis: que contradizem o que pode ser dito, o que esperam que se diga, mas que precisamente - a própria voz do imaginário - se gostaria de poder dizer imediatamente (sem mediação)."

No meu "livro artesanal" que estou transcrevendo, por fragmentos, escrevi nesta página 6, certamente influenciado pela fase porque passava a minha vida no início dos anos 80: "o impulso de uma nova teia de relações atraentes mas amarradas ainda ao difícil passado dos "mais velhos" (de mim)."

"Roland Barthes por Roland Barthes" - 11
(Fragmento 2 de 2, pag. 6)

Edição portuguesa: "Edições 70"

A Austrália e o petróleo de Timor

Volto ao assunto da demarcação da fronteira marítima entre Timor e a Austrália. O que está em causa é o petróleo, a principal riqueza de Timor.

A Austrália busca uma autêntica usurpação do território marítimo para se apropriar do petróleo de Timor. Ganha tempo pois o tempo joga em desfavor de Timor.

Uma boa causa para a diplomacia portuguesa. Mas é preciso combater ao lado dos fracos e não dos fortes! Não é?

Talvez encarregar o Dr. Martins da Cruz desta missão especial. Que acham?



Diários de Motocicleta

Foi apresentado no Festival de Cannes o filme brasileiro "Diários de Motocicleta" de Walter Salles

Tenho lido muitas referências positivas ao filme na blogosfera do Brasil. É uma obra baseada numa longa viagem, realizada em 1952, por Che Guevara, acompanhado por um amigo. A viagem foi iniciada a bordo de uma moto Norton.

Depois do "falecimento" da Norton foi continuada à boleia e em todos os meios de transporte imaginários. Atravessaram a América Latina. Vi, outro dia, um documentário na TV acerca desta aventura. Fiquei fascinado.

Além do mais o meu pai, por volta da mesma época, teve uma Norton, igualzinha, da qual guardo uma magnífica foto e muitas histórias contadas pelo próprio e por minha mãe. São diversos imaginários sobrepostos. Positivos.

CV - 5

SORVETE - "Eu não: quero é uma realidade inventada"

Esta ideia de dar a conhecer blogs do Brasil e depois de outras paragens, nunca se sabe, tem um fascínio muito especial. Colocar ao alcance de um clice realidades que estão do lado de fora do nosso quotidiano é algo que (me) nos reconcilia com o mundo.

A mim, pelo menos, diverte-me. Para gerar comunicação, por via da blogosfera, na qual sou um novato, temos, de alguma forma, de fracturar a linguagem oficial do blog. Sem nos darmos conta, ao gerir a realidade de um blog, criamos um estatuto formal (ia dizer oficial) de nós mesmos.

Nada de mais aborrecido, por vezes, mesmo desmotivador. A maior parte dos blogs - ou todos - não conseguem fugir a esta verdadeira fatalidade. É para contrariar este risco iminente, em cada palavra e imagem que se projecta, que sou levado a publicar, por exemplo, "textos antigos" como os de Roland Barthes e Albert Camus. Além da poesia que radica noutras motivações que não vêm ao caso.

Claro que os textos dos autores "clássicos" que publico me interessam e fascinam, em si mesmos, mas a sua linguagem não segue as regras da minha própria linguagem. É outra a linguagem deles pela via dos talentos autorais e/ou do tempo em que foram escritos.

Há naturalmente diversos processos que permitem perturbar o discurso dominante de um blog. Vou experimenta-los com o tempo. Se o tempo, claro, estiver de acordo com a minha vontade e me der tempo.

E em consequência aqui vai outro blog do Brasil. Este mais antigo e, talvez, mais convencional mas, a meu ver, interessante. É o sorvete. Ora vejam.


quarta-feira, maio 19

Imigração

100% de acordo.

Francisco Sarsfield Cabral escreve acerca dos imigrantes. Outro dia fiz-lhe uma crítica. Outros também escreveram mostrando desagrado pelo uso despropositado da palavra "poeta" que FSC utilizou numa crónica.

Mas FSC é um dos "10 grandes educadores da opinião pública portuguesa" que toda a gente respeita. Nessa mesma coluna do Diário de Nptícias, hoje, FSC anota que o Alentejo está a ser repovoado pelos imigrantes.

Afirma sem rodeios que a imigração é um factor de desenvolvimento do país. Tenho sustentado este ponto de vista. Estou 100% de acordo com o que diz FSC acerca deste tema. Afinal ele também tem alma de poeta.


Justiça - Uma Galeria de Horrores

Somos um país de gente medrosa, diz o Bastonário da Ordem dos Advogados. A Justiça é uma galeria de horrores.

Hoje tirei o dia para concordar. Estou 200% de acordo.

5 MESES DE ABSORTO

Neste dia em que o absorto faz 5 meses de vida aqui deixo o tributo ao grande poeta português Fernando Pessoa reproduzindo o poema "Tabacaria" do seu heterónimo Álvaro de Campos. Logo nos primeiros versos Pessoa se aproxima de uma reflexão intemporal que, paradoxalmente, ou talvez não, tem tudo a ver com a realidade do ser solitário face ao desconhecimento de nós próprios. "Tabacaria" é um exercício poético que tem muito a ver com a ideia de criação do "absorto". A edição que trago comigo é de bolso, modelo popular, da ITAU, foi-me oferecida e tem uma dedicatória: "23 de Maio 81 (Feira do Livro) Um beijão do bus."

TABACARIA


Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
...

15-01-1928

A versão integral de "Tabacaria" pode ser lida aqui


CV - 4

Pentimento

Continuando a digressão prometida, com ajuda da colombina, aqui está outro blog do Brasil: Pentimento - Segredos de liquidificador... Sem texto de entrada como o absorto. Para meu gosto, muito bom.

terça-feira, maio 18

O CORPO EXPEDICIONÁRIO PORTUGUÊS

Logo após a edição do meu post "A fé na propaganda" no abébia vadia, como se fora uma ilustração, está disponível a publicação "IMAGENS DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL".

Na 1ª Grande Guerra (1914/18), de facto, Portugal enviou para a Flandes 38.000 soldados e 1.551 oficiais. Dois mil mortos, cinco mil feridos e 6.000 prisioneiros. O horror da guerra fora de portas. O fotógrafo Arnaldo Rodrigues Garcez estava lá.

Fragmentos de Leituras

"Uma sociedade de emissores

Vivo numa sociedade de emissores (sendo eu um deles): cada pessoa que encontro, ou que me escreve, envia-me um livro, um texto, um apanhado, um prospecto, um convite para um espectáculo, para uma exposição, etc. O prazer de escrever, de produzir, aperta por todos os lados; mas, uma vez que o circuito é comercial, a produção livre permanece asfixiada, aflita e como desvairada: na maior parte das vezes, os textos, os espectáculos vão para onde não são solicitados; encontram, por seu mal, "relações", e não amigos e ainda menos parceiros; o que faz que essa espécie de ejaculação colectiva da escrita, na qual poderia ver-se a cena utópica duma sociedade livre (em que o prazer circulasse sem passar pelo dinheiro), tenda hoje para o apocalipse."

"Roland Barthes por Roland Barthes" - 10
(Fragmento 1 de 2, pag. 6)

Edição portuguesa: "Edições 70"

CV (3)

SONHO

O texto de apresentação deste blog de Ernesto Diniz é assim: "O que é sonho? Tudo que você pode tocar, cheirar, sentir, apenas e simplesmente parte de você e do (seu) mundo, está logo abaixo dos seus dedos e entre suas pernas, um pouco no coração, na alma, brincando de fazer difícil ou acontecer. É a ponta da lança, é o coração."

Vejam aqui Sonho um blog muito bem apresentado, e melhor escrito, da série que anunciei. Um passeio guiado por blogs do Brasil, com a ajuda de Colombina.

segunda-feira, maio 17

Vistas de Rua (3)

Lisboa, 9 da manhã. Na sexta-feira passada fiz um percurso singular. Tomei o Metro em Telheiras. Percorri toda a "linha verde" até ao Cais do Sodré. Tudo bem, sem demoras nem enchentes, apesar de ser "hora de ponta". Saí e caminhei a pé na direcção de Alcântara. Não é a primeira vez que faço este percurso.

Mas hoje reparei que a Avenida 24 de Julho é um corredor de transportes puro. Dispõe de uma via rodoviária com 4 "faixas de rodagem", duas em cada sentido, uma via para eléctricos e autocarros, uma em cada sentido, uma via para comboios, uma em cada sentido, uma outra via rodoviária, no interior, junto à ferrovia, duas em cada sentido (com variantes).

No percurso a pé de cerca de 20 minutos, não encontrei uma só pessoa a não ser mesmo no início, junto à estação do Cais do Sodré e, no fim, próximo do cruzamento com a Infante Santo. Um deserto de pessoas, de árvores dignas desse nome, de sombras, de vistas sobre o Tejo que corre ali tão perto .

Apesar de todas as iniciativas para "recuperar" o rio para a cidade a Avenida continua a ser um muro (quase) intransponível no acesso ao rio. No entanto à noite a avenida ressuscita. O rio indiferente continua, majestoso, a correr na direcção da foz.