quinta-feira, agosto 4

"Está visto que não chega"

Pacheco Pereira parece estar muito preocupado. Hoje, numa posta com o título “PARECE SILLY SEASON MAS NÃO DEVIA PARECER”, escreve no ABRUPTO:

“Quem esteja atento ao que se está a passar, verifica que se estão a somar sinais claros de ingovernabilidade, e de declive político acentuado”

Todas as dúvidas da oposição ao governo socialista se justificam ainda para mais quando o governo assume – com coragem - as medidas reformistas que qualquer observador atento verifica, com perplexidade, deveriam, pelo menos em parte, ter sido assumidas pelos governos anteriores de centro-direita dos quais JPP era partidário (do primeiro pois, em boa verdade, era opositor do segundo, embora militante do principal partido que politicamente o suportava).

O que me preocupa, a mim, nesta posta de JPP é a última frase deste parágrafo: “Mas o ambiente é de irresponsabilidade e deixa andar, não é de alarme. Ninguém se alarma em Agosto. Muitos portugueses são empurrados para distracções mais fúteis, mas isto está a ficar complicado. Tanto mais complicado quanto a legitimidade e excepcionais condições políticas, alcançadas onde está a força, nos votos, existem como já não havia desde 1991. Ou seja, não é nas urnas que se pode procurar meios e respostas. Está visto que não chega.”

Então se não é nas urnas que se podem buscar, em democracia, “meios e respostas”, onde é que se podem buscar?

Aqui está uma frase que vinda de alguém que, como JPP, certamente, não aceita receber lições de democracia de ninguém, carece de clarificação.

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