quinta-feira, abril 11

COISAS ANTIGAS

Outro dia alguém falou da crise de 1984 e seus efeitos terríveis na vida de quase todos os portugueses. Passaram quase 30 anos e estavamos nas vésperas da adesão de Portugal à CEE (atual UE) e, na verdade, sofrendo as dores do parto dessa adesão. A qualidade de vida da maior parte dos portugueses melhorou muito nos anos seguintes. Já quase ninguém se lembra de como viviam os portugueses antes do 25 de abril de 74, nem como viviam antes de 85, ano da adesão à CEE. O tempo e a escala fazem esquecer e distorcem a avaliação das conquistas alcançadas. Para dizer que salvo se a UE se desfizer - o que faria perfilar no horizonte um tempo de ameaça de guerra - os defensores da saída do € laboram em cenário de catástrofe, recuando a 84, e os defensores - ainda envergolhados - da saída da democracia laboram em cenário de catástrofe, recuando a 73. Todos os esforços sensatos para evitar ruturas são benvindos, algo assim como se fosse possível fazer vencimento uma ideologia e uma prática política antigas que cairam em desuso: o centrismo radical!

1 comentário:

Anónimo disse...

A profunda crise económica, social e moral retirou todo o espaço ao compromisso político. O capitalismo não é o fim da história e "esta democracia" não é "a democracia". Abraço. Carlos Pratas