Laetitia CastaA moça sempre atenta faz uma incursão retrospectiva pela actualidade política desta vez versando acerca da magna questão da educação sobre a qual todos os cérebros nacionais, ainda com alguma capacidade de opinar, têm tecido vastas e sábias considerações.
A notícia que se segue é de
30 de Outubro de 2005 – pelo menos no meu registo – e nunca cheguei a fazer nada com ela (a notícia) pois tenho muito respeito pela educação e encontro-me envolvido com ela (a educação).
É interessante, no entanto, verificar que todas as medidas referidas na notícia retrospectiva foram ou estão sendo concretizadas. Agora que os sindicatos da área da educação anunciaram novas, e mais duras formas de luta, talvez seja bom repararem no grau de sucesso das suas anteriores reivindicações – próximo de zero.
Eis a notícia, provavelmente de 30 de Outubro de 2005, da qual já não sei a fonte (Lusa?):
A Fenprof, que teve ontem um encontro com a tutela da Educação, revelou hoje em comunicado que, relativamente a eventuais colocações plurianuais, discordará dos mecanismos que impedirem os professores de tentarem, anualmente, mudar de escola para ficarem mais perto das suas famílias.
A Federação Nacional de Professores rejeita as colocações plurianuais – que visam manter os professores na mesma escola por três anos –, sublinhando que a alegada estabilidade conseguida com essa medida não justifica "constrangimentos, desincentivos, penalizações ou impedimentos de apresentação de candidatura dos docentes".
Entretanto, numa reunião entre a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação e os Sindicatos Independentes, realizada logo após a audiência da FNE com a ministra Maria de Lurdes de Rodrigues, ficou assente que, se o Governo não recuar nas suas posições, FNE, Fenprof, Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (Sindep) e Sindicatos Independentes avançam mesmo para a greve.
As estruturas sindicais estão preocupadas com a generalização do Inglês no 1º ciclo, com o programa de formação em Matemática dos professores de 1º ciclo e o programa de combate ao insucesso escolar, a reorganização da componente não lectiva no horário dos docentes e o alargamento do horário nas escolas do 1º ciclo.
A alteração do regime de aposentação da Função Pública, em que os professores se incluem, a revisão do regime geral de aposentações dos professores do 1º ciclo e educadores de infância e a alteração ao regime de formação contínua dos professores são outros dos assuntos em relação aos quais a tutela e os sindicatos estão em desacordo