quarta-feira, novembro 5

OBAMA

Ainda é muito cedo mas Obama vai na frente na Flórida e na Carolina do Norte o que é um sinal, a manter-se a tendência, que vai ganhar.
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terça-feira, novembro 4

NA ESPERA

Devo confessar que estou mais ou menos congelado à espera dos resultados das eleições presidenciais americanas. Podemos estar na antecâmara de uma mudança histórica nos destinos da América. Bem entendido salvaguardando as posições daqueles que acham que na América é sempre tudo igual. Enquanto passa o tempo, e os americanos votam em massa, o Sporting ganhou. Ora aí está um facto que parece confirmar uma mudança de ciclo no futebol português. Pode ter chegado ao fim o longo período de glória do FC Porto …
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segunda-feira, novembro 3

OBAMA

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À ESPERA QUE O TEMPO PASSE!


É difícil falar de política nacional na conjuntura actual, não por medo ou temperança intelectual, mas pela simples razão de ser praticamente ininteligível o discurso do principal partido da oposição. Sabendo o que representam os partidos da esquerda anti-poder a discussão politica só faria sentido tomando como alvo de análise, e critica, as propostas do PS e do PSD. Ora sendo conhecida a política do PS, identificáveis os seus efeitos, audíveis os descontentamentos e mensuráveis os apoios – pelo menos atendendo às sondagens – a outra face do jogo é preenchida por uma criatura estimável que, tendo acedido à liderança do PSD, apresenta propostas, e faz declarações, que ultrapassam o normal entendimento dos vulgares seres pensantes numa época que, todos o dizem, é a do regresso em força da política. Ora a minha percepção, decerto falível, é a de que o discurso político de Manuela Ferreira Leite é um apelo, embora ainda pouco estruturado, de regresso à autarcia. Um discurso eivado de ressonâncias salazaristas baseado no velho lema: “pobres mas honrados”. Custa a crer mas o tempo passa e parece que a estimável senhora não enxerga outra política senão a da “saída para trás” em oposição à da “saída para a frente”. Eu sei que ela espera que a crise financeira, à qual se estima se seguirá uma profunda crise económica e social, torne as suas arrecuas em valiosas e prudentes peças de um puzzle que credibilize uma nova ordem que nem ela, nem ninguém, sabe qual seja. Mas quer-me parecer que, ao contrário do que pensa, será ela a primeira a morrer às mãos dos seus, de que Sócrates a morrer às mãos da crise. Pois salvo qualquer volte face, que sempre pode ocorrer, é a natureza da crise e a passagem do tempo que, ao contrário de desgastarem o governo, desgastam a oposição. E só faltam 11 meses para as eleições legislativas!
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sexta-feira, outubro 31

OBAMA

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O BATER DAS ASAS ...

JO WHALEY

O descontentamento dos militares parece fundar-se em razões de perda de regalias, ou seja, a velha questão do pré, o “vil metal”. É legitimo reivindicar direitos, ou reivindicar a liberdade de os reivindicar, pois a liberdade é uma das conquistas do “25 de Abril”, curiosamente, resultante de um golpe militar. Mas não se entende o alcance dos alertas, explícitos ou subentendidos, dos perigos de um golpe de estado militar num Estado Democrático ainda por cima membro, de pleno direito, da União Europeia. Se se pudessem arranjar, para alguns generais, umas missões na Islândia
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quinta-feira, outubro 30

MES - O II Congresso de Fevereiro de 1976 (I)

Autocolante alusivo ao II Congresso

O II Congresso do MES realizou-se na FIL, à Junqueira, em Lisboa, nos dias 13, 14 e 15 de Fevereiro de 1976, no rescaldo dos acontecimentos do 25 de Novembro de 1975. No longo Relatório que a Comissão Política apresentou a esse Congresso, tecem-se algumas considerações elucidativas acerca da génese do “grupo dirigente do MES”.

Cito algumas: “Assim o grupo dirigente do MES nasceu desligado das questões centrais do Movimento operário e muito ligado a processos concretos de luta. Os militantes que a partir do 25 de Abril integrarão as fileiras do nosso movimento e que assumem a sua direcção real não são na sua esmagadora maioria dissidentes de outras organizações, (…)

Tal facto permite compreender que mesmo aquando da eclosão do 25 de Abril o Movimento surja à luz do dia com uma sintética declaração de princípios subscrita por um conjunto eclético de militantes: 3 sindicalistas, 6 operários de vanguarda, 3 estudantes e 5 intelectuais participantes activos nas lutas democráticas de 1969 e 1973. A natureza frentista do Movimento está espelhada nestes factos e vai determinar toda a linha do Movimento até ao I Congresso de 1974.”

E sob o título “O que é MES inicialmente?” clarifica-se, em dois parágrafos, a natureza das estruturas dirigentes do Movimento até ao I Congresso:

“Durante um largo período (período de formação) que é brutalmente acelerado pelo 25 de Abril, somos uma frente de base, anti-capitalista que reúne militantes de sectores diversos com uma coordenação ténue entre si. Quer dizer, inicialmente não tínhamos entre nós uma unidade de tipo partidário.

A coordenação adoptada depois do 25 de Abril era, antes de mais, resposta a uma necessidade de referência comum essencialmente ideológica, ditada pelo surgimento na legalidade das diversas forças políticas que se tinham formado na luta contra o fascismo e o capitalismo.”

Sem prejuízo de uma mais aprofundada investigação acerca das sucessivas estruturas dirigentes que antecederam o I Congresso é, de facto, verdade que “a estrutura da direcção nacional que vigora até ao I Congresso não tem uma composição fixa e é até maioritariamente composta por representação corporativa de sectores e estruturas da organização.” “É mais uma coordenação do que uma autêntica direcção partidária.”
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O II Congresso do MES representou, por força da mudança política provocada pelo 25 de Novembro, uma “fuga para a frente”, nos planos doutrinário e organizacional, de forma sintética, caracterizada na “Saudação Inicial ao II Congresso do MES”, lida por Nuno Teotónio Pereira, de que transcrevo três curtos excertos:

“Na realidade, este ano de combate, marcou-nos profundamente, deixou inclusivamente muitos pelo caminho. O Movimento de Esquerda Socialista sofreu ele próprio uma dura experiência que tem ajudado poderosamente a uma profunda transformação. De frente política, de natureza marcadamente ideológica, queremos que se transforme numa força organizada de classe que possa cumprir o seu papel de vanguarda no seio do movimento operário.”

“Muitos dos nossos inimigos e mesmo dos nossos falsos amigos têm feito correr que o MES vai desaparecer. Muitas forças políticas estão realmente interessadas nisso. Este II Congresso já é e vai sê-lo ainda mais um claro desmentido a essas calúnias.”

Este foi um Congresso que, no plano doutrinário, apelou, explicitamente, aos princípios do “socialismo a caminho da sociedade sem classes” e, no plano da organização, à contribuição do MES para a “construção do Partido revolucionário da classe operária”.

Todos fomos solidários na assumpção de princípios que não eram coerentes nem com a natureza social do Movimento, nem com a formação ideológica da maioria dos seus dirigentes e apoiantes.
Toda a encenação criada para este II Congresso pretendia mostrar que estávamos politicamente vivos mas escondia as dores íntimas da ruína de um projecto político que a maioria de nós ainda não estava preparada para assumir.
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terça-feira, outubro 28

MÃE

No dia do 7º aniversário da morte de minha mãe. Este não é um espaço de memórias mas acolhe-as, como espaço pessoal, sempre que as desejo partilhar com alguém.

Reconheço o amor nos olhos que me olham com desmedida atenção enquanto durmo. Os olhos de minha mãe adoravam ter esperança no futuro no qual jogava a sua crença de ir mais longe. A primeira mulher da minha vida. A mais ousada na sua imprevisível arte de romper barreiras e chegar mais além. A fonte da força que me mantém de pé contra todas as adversidades. Uma mulher de um só homem que não era homem de uma só mulher. A fidelidade nascida da tradição que não da fraqueza ou da futilidade. A irreverência herdada da rudeza do campo, das agruras da natureza à força de puxar a besta e de encaminhar a água à raiz certa não fosse perder-se uma gota. A escola da escassez sonhando a fartura que havia de vir fruto do trabalho honrado. Não perder tempo chorando o tempo perdido. Fazer do tempo um passeio para espairecer e voltar ao arado da vida com sonhos lá dentro. A mulher que se fez a si própria descobrindo os outros e o que se pode e se não pode fazer com eles. Aceitar mudar e escolher o caminho da mudança. Tactear o caminho levando ao colo os seus amores. A primeira mulher que acreditou no caminho hesitante que me havia de fazer homem. Sem saber para onde ia ao certo. Nem ninguém sabia, ninguém nunca sabe, mas não duvidou que havia de chegar a um lugar onde brilharia o sol e sou capaz de a lembrar como a minha primeira mulher. Aquela que mais me amou, sempre me amou além do que a vida pode conter de riqueza material. Um dia ao fim de uma longa caminhada sem sequer saber dos meus males escolheu morrer nos meus braços. A mais sublime homenagem que alguém pode prestar a alguém. De súbito suavemente, na alegria da celebração da juventude, deixou para sempre a esfusiante tradição de me abraçar como se fosse a criança que para ela nunca deixara de ser. [21/1/2008]
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segunda-feira, outubro 27

ANIVERSÁRIO

Para o meu filho Manuel Maria no dia do seu 18º aniversário

Há um momento em que a juventude se perde. É o
momento em que os seres se perdem. E é preciso saber aceitar. Mas esse momento é duro.

Para ti um dia nascerá a luz e sem mim irás correr
atrás da tua memória e nunca me encontrarás nela
com os traços iguais aos do dia de hoje tão nítidos
presentes

Ausente deixarei de te olhar. O teu corpo ficará
sempre igual ao meu corpo que se transformará
num eco longínquo ressoando em ti comigo lá
dentro

Gostava de te ver sempre mas não posso. Um dia
todos os corpos se retiram e as viagens parecem
mais pequenas na cidade percorrida em círculos
concêntricos

Sei que nos encontrarmos agora é natural para ti.
Que me olhas e me interrogas silenciando o teu
medo de enfrentar o desconhecido numa espera
ausente

Para ti um dia nascerá a dúvida se afinal amaste
o suficiente. Se iluminaste a vida com a tua luz
própria ou se a roubaste aos outros sem sombra
de perdão

É esse o momento em que a juventude se perde
e com ela se esvai a inocência. É preciso saber
aceitar. Esse momento é duro e estarás só, sem
ninguém.
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domingo, outubro 26

"O TEXTO POLÍTICO"


O post intitulado “O Texto Político” é, certamente, o mais procurado deste blogue. Publiquei-o em 28 de Agosto de 2004 e repeti-o em 28 de Agosto de 2006. Se lerem os postes originais compreenderão a origem do meu interesse. Volto a publicá-lo hoje por duas razões: em primeiro lugar porque tem erros, aliás, facilmente identificáveis, que aproveito para corrigir e, em segundo lugar, porque estava a escrever um texto acerca do discurso político de Manuela Ferreira Leite, como podia ser acerca do discurso político de qualquer outro líder, e desisti ao lembrar-me deste excerto de Roland Barthes e, em particular, desta frase: ” (uma interpretação, se for suficientemente sistemática nunca será desmentida, até ao infinito.) ”

O político é, subjectivamente, uma fonte permanente de aborrecimento e/ou de prazer; é, além disso e de facto (isto é, a despeito das arrogâncias do sujeito político), um espaço obstinadamente polissémico, a sede privilegiada duma interpretação perpétua (uma interpretação, se for suficientemente sistemática, nunca será desmentida, até ao infinito). Poderíamos concluir a partir destas duas constatações que o Político é textual puro: uma forma exorbitante, exasperada, do Texto, uma forma inaudita que, pelos seus extravasamentos e pelas suas máscaras, talvez ultrapasse a nossa compreensão actual do Texto. E, tendo Sade produzido o mais puro dos textos, julgo compreender que o Político me agrada como texto sadiano e me desagrada como texto sádico.
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"Fragmentos de Leitura de "Roland Barthes por Roland Barthes" - Edições 70
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quinta-feira, outubro 23

O discurso do MES silenciado no 1º de Maio de 1974 - António Santos Júnior

A primeira manifestação pública do MES (em organização) no 1º de Maio de 74 (Fotografia de Rosário Belmar da Costa)


Ainda decorriam os primeiros dias após a libertação quando ocorreu um episódio significativo, pelo menos para a história do MES (Movimento de Esquerda Socialista), envolvendo um dos seus mais ilustres dirigentes fundadores. Em plena euforia vivida nos dias que se seguiram ao 25 de Abril de 1974 havia que reunir as forças que em diversos sectores da oposição ao fascismo se não identificavam, à esquerda, nem com comunistas nem com socialistas, nem tão pouco com os grupos marxistas-leninistas, dissidentes do PCP.

Num livrinho publicado cerca de dois meses após o 25 de Abril, intitulado “Intervenção Política I”, “O MES afirma-se como Movimento, reivindica-se Socialista e demarca-se como de Esquerda, e defende, como princípio fundamental que, conforme as lutas dos trabalhadores de todo o mundo têm demonstrado, a emancipação dos trabalhadores só pode ser obra dos próprios trabalhadores.” E a concluir a Introdução afirma-se: “O socialismo é a associação livre de produtores livres e iguais, a sociedade em que aos produtores e apenas a eles caiba decidir o que se produz, como se produz e para que se produz.”

Foi com este espírito, repleto de ressonâncias libertárias, que os dirigentes de uma amálgama de movimentos sectoriais, associados a lutas de base, se foram unificando dando origem ao que viria a ser o MES pré-anunciado num pano, desenhado de forma artesanal, que desfilou na grande manifestação do 1º de Maio de 1974.

Entretanto caiu no esquecimento que estava prevista, no final da manifestação do 1º de Maio de 1974, uma intervenção de um representante do MES. Essa intervenção estava a cargo do destacado militante sindical e operário António Santos Júnior que “não pôde concluir a leitura do seu discurso porque uma parte da assistência o interrompeu aos gritos.” Como se escreve numa nota que acompanha a transcrição do discurso, na publicação em referência, “como a sua determinação em prosseguir fosse manifesta certos indivíduos com fins inconfessáveis conseguiram com o Hino Nacional transmitido pelos altifalantes impedi-lo de prosseguir.

Distribuído à imprensa diária, que silenciou aqueles factos nos relatos sobre o comício efectuado no estádio, houve manifestos interesses que impediram a sua divulgação, pois apenas dois jornais, passados alguns dias depois do 1º de Maio, publicaram o discurso”.
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quarta-feira, outubro 22

Amy Aglar

É inevitável que desta crise hão-de sair mudanças profundas no sistema financeiro internacional. Todos o dizem, todos o aceitam, estão a caminho cimeiras Gs de todos os formatos. Que novas instituições? Que novos modelos de desenvolvimento económico-social? Que nova concepção de acumulação de riqueza? Que novo paradigma para o equilíbrio de forças a nível mundial? O parto será pacífico? Ou vem chumbo?

A verdade é que quem entra num banco para tratar de qualquer assunto comezinho fica assustado. Basta querer saber, com rigor, como estão a ser tratadas as suas poupanças! A verdade é que quem olha para dentro do país ( e do mundo) real fica assustado com o mal e com a cura! A maioria das famílias e empresas, pequenas, médias e grandes sentem que se está a fechar um ciclo e a abrir-se outro … mas que parece ser um irmão gémeo do defunto.

Conclusão singela: parece que não é remédio para a crise deitar dinheiro fresco para cima das labaredas. Alguém vai ganhar – os mesmos que já deitaram muito a perder - mas pode perder-se uma oportunidade de mudança. Uma pergunta ingénua: sempre vão acabar os paraísos fiscais? E o que têm a dizer as organizações de colarinhos brancos género “Compromisso Portugal”… caladinhos em tempo de flores pouco exuberantes!
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POMPOARISMO


Se isto não é o progresso o que é, afinal, o progresso? Eis uma actividade económica que não arrefece com a crise dos mercados. Não resisto em passar ao lado da minha linha editorial transcrevendo esta memorável peça publicitária. Nem tudo está perdido … Que viva o pompoarismo

SALÃO ERÓTICO dá aulas de pompoarismo

O IV Salão Internacional Erótico de Lisboa, que decorrerá de 31 de Outubro a 02 de Novembro no Pavilhão 4 da FIL, apresenta uma série de novas iniciativas direccionadas ao público feminino. Na área Sexto Sentido vai ser possível, por exemplo, participar em aulas de pompoarismo - o fortalecimento vaginal - e de sedução e sessões de tuppersex.

Orgasmos múltiplos da mulher, orgasmo vaginal, ponto G, ejaculação feminina, orgasmo combinado (ponto G e clítoris simultaneamente), orgasmo múltiplo do homem, orgasmo masculino sem ejaculação, orgasmo da próstata. Tanta coisa para se aprender! Mas existe algo de que a vagina é capaz e pouca gente sabe. Ela pode ser fortalecida com treinos. A técnica de fortalecimento vaginal recebe o nome de pompoarismo. A palavra pompoar é originária do tamil (ou tâmul), idioma do Sri Lanka e sul da Índia, e significa o comando mental sobre o músculo pubococcígeo, os músculos circunvaginais e os grandes lábios da vulva.

Pompoarismo é a prática do pompoar, uma técnica milenar que consiste em movimentar voluntariamente a musculatura vaginal. Para isso a pompoarista deve ter a musculatura vaginal bem desenvolvida e trabalhada, o que pode ser conseguido por qualquer mulher sadia, com exercícios específicos. E são justamente esses exercícios que serão apresentados no SIEL 2008 na Área Sexto Sentido.

Hoje não é aceitável que as mulheres sejam o elemento passivo da relação. É verdade que os homens gostam de ter o controlo, mas, às vezes, também gostam que as mulheres tomem a iniciativa. Tomar ou não a iniciativa no sexo? Esta é uma dúvida que pode preocupar muito as mulheres. E é justamente para desvendar “mistérios” como esse que o SIEL 2008 inaugura o Confessionário Sexual.

Os homens são de ferro, aguentam quantas relações seguidas? Posso comparar as partes íntimas do meu parceiro actual com as de antigos namorados? Estas e outras questões serão discutidas com as mulheres pelos Beat Boys, um grupo constituído por Marco, Márcio, Leo, Veny e Vince, que abordarão, com as mulheres, temas ligados à sexualidade feminina e do casal. Ainda neste espaço, todas as questões relacionadas com a saúde sexual da mulher poderão ser respondidas por um sexólogo.

Mas a oferta preparada para o público feminino não fica por aqui. À semelhança das clássicas reuniões de Tupperware, também nas reuniões de tuppersex as mulheres juntam-se para comprar e discutir modelos, só que não de caixas para guardar as refeições no frigorífico ou aquecê-las no microondas, agora as opções variam entre vibradores especiais, kits de ferramentas orgásmicas ou estimuladores em forma de pato de borracha. Estas reuniões que acontecerão durante o evento destinam-se a todas as mulheres que querem conhecer o mundo dos produtos eróticos e de como estes poderão ajudar a uma sexualidade mais completa.
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segunda-feira, outubro 20

PS - MAIORIA ABSOLUTA NOS AÇORES

O PS ganhou as eleições regionais nos Açores com maioria absoluta e, pela primeira vez, em todas as ilhas.

Factos mais notórios em cima da hora:

1 - A maioria absoluta do PS, ainda para mais sendo partido maioritário nos Açores e no Continente – o poder desgasta mas não desgasta absolutamente!

2 - O aumento da abstenção, no caso, com uma componente técnica relevante e, certamente, por se ter criado a expectativa do PS como vencedor certo … e também o cansaço!

3 - A representação, julgo que primeira vez, de deputados de 5 partidos na Assembleia Regional;

4 - O BE ter feito eleger mais deputados (2) do que o PCP (1), prenúncio de futuras alterações noutras paragens!

5 - A significativa expressão eleitoral do PP nos Açores (8,7%/5 deputados) que não é prenúncio de coisa nenhuma, noutras paragens, mas vai fazer inchar o tiranete.

Não devem os dirigentes nacionais do PS embandeirar em arco pois as Regiões Autónomas são as Regiões Autónomas e Portugal é Portugal e falta um ano (difícil) para as eleições legislativas nacionais. Mas sempre é melhor ganhar do que perder, e ainda melhor por maioria absoluta. Foi o que foi! 1-0! Em Junho de 2009 voltamos ao tema dos resultados eleitorais – nesse caso as Europeias!
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domingo, outubro 19

LA BANCARROTA DE ISLANDIA

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ANGELINA

Estava com vontade de me indignar com esta ideia das cimeiras (muitas) acordadas entre dirigentes políticos que perfilham ideologias liberais, neoliberais, neoconservadores, defuntos, fugitivos, sobreviventes e indigentes do futuro, mais o seu calendário, descaradamente coincidente com o período do governo de gestão de Bush, mas, como é domingo, mais vale olhar para a Angelina Jolie.
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OBAMA A PRESIDENTE

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sábado, outubro 18

BARROSO - O SOBREVIVENTE


José Manuel Barroso vai despedir-se de Bush a poucos dias do fim do seu mandato presidencial no meio da maior crise financeira de que há memória na história contemporânea. Interessante acontecimento: Bush, apesar de discursar quase todos os dias, na verdade, já não manda nada; Barroso, apesar de se fazer notar quase todos os dias, não é autor, que se conheça, de qualquer plano para combater a crise. Navega, como sempre navegou, ao sabor da corrente em busca de um lugar ao sol. São os dois únicos responsáveis políticos no activo que estiveram presentes na cimeira das Lajes e Barroso é o único que, a partir de 4 de Novembro próximo, vai sobreviver, politicamente. Podemos sentir repulsa mas é notável!
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quinta-feira, outubro 16

CONFRATERNIZAÇÃO

A minha amiga Helena distinguiu este blogue com o "Prémio Dardos" que reconhece um conjunto de valores que muito prezo. Já há muito tempo que não aderia a este tipo de correntes mas, desta vez, o sentido da confraternização falou mais alto.

Quem recebe o “Prémio Dardos” e o aceita deve seguir algumas regras:


1. - Exibir a distinta imagem;

2. - Linkar o blog pelo qual recebeu o prémio;

3. - Escolher quinze (15) outros blogues a que entregar o "Prémio Dardos".

Dando cumprimento às regras aqui ficam os 15 escolhidos:

A barbearia do senhor Luís

A Defesa de Faro

aguarelas de turner

ALDINA DUARTE

Algeroz!

Aluaflutua

APC GORJEIOS

BibliOdyssey

CAMINHOS DA MEMÓRIA

DIVAS & CONTRABAIXOS

Fim de Semana Alucinante

Machina Speculatrix

Macroscopio

Margens de erro

RESPIRAR O MESMO AR
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PARA A FRENTE OBAMA

O verdadeiro humor … negro!
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terça-feira, outubro 14

O ORÇAMENTO 2009 JÁ ROLA!


“Nunca me senti à vontade senão nas situações elevadas. Até nos pormenores da vida eu tinha necessidade de estar por cima. Preferia o autocarro ao metropolitano, as caleças aos táxis, os terraços às sobrelojas. (…) Os paióis, os porões, os subterrâneos, as grutas, os abismos, causavam-me horror. Ganhara mesmo um ódio especial aos espeleólogos (…)”

As grandes linhas do orçamento de estado para 2009 foram apresentadas. Antecipado de um dia, adiado por um dia. Interessante e, ao mesmo tempo, desconfortável para quem assume a responsabilidade da apresentação. Notava-se o desconforto. O tom severo faz parte da bagagem do protagonista e da natureza do acto. Mas o que interessa é o conteúdo. Ainda não se conhecem os seus detalhes mas nas suas grandes linhas parece um orçamento de regresso à filosofia dos orçamentos concebidos como instrumentos de política económica. Ninguém poderia esperar que Teixeira dos Santos se suicidasse, e com ele o governo, detonando um orçamento de contenção pura e dura. Em época de crise declarada e na véspera do ano de todas as eleições (menos as presidenciais). Nenhum governo na Europa irá além da preocupação de não ultrapassar os 3% do deficit. Talvez um dos grandes números apresentados com mais hipóteses de ser ultrapassado seja a previsão do deficit de 2,2% para 2009, só conhecido em 2010. Com a curiosidade de, a partir deste momento, a previsão do deficit para 2008 não poder ser inferior a 2,2%. Pois se o deficit de 2008 for inferior a 2,2%, os 2,2% previstos para 2009 significarão um aumento do deficit. Politicamente insustentável. Por outro lado se, no final de 2008, o deficit for superior a 2,2% será apontado como um fracasso do governo em ano de eleições. Politicamente insustentável. Por isso uma única coisa é certa: deficit de 2008=2,2%. De resto está assegurado que cada actor desempenhará o seu papel. O PS com esta proposta de orçamento cobre o flanco à esquerda. À direita o PSD está condicionado por muitos obstáculos entre os quais a cruz do deficit de 6, e muitos por cento que deixou, em 2005, de herança ao governo do PS. Resta saber se a crise do sistema financeiro se transformará numa verdadeira crise económica e social. E qual o seu tempo, dimensão, intensidade e profundidade. Por mim, por todas as razões, que as sondagens recentes ilustram, quero crer que o governo se sairá tanto melhor quanto mais forte for a tormenta!
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segunda-feira, outubro 13

O ESTADO ... FINALMENTE!

Henry Paulson

Tenho andado a reler, como alguns mais atentos já devem ter notado, alguns textos, bastante datados, pensava eu, do extinto MES (Movimento de Esquerda Socialista). Eis senão quando me começo a dar conta pelas notícias, primeiro em discretos rodapés e, de súbito, a toda a largura do terreno onde as notícias pegam de estaca que, afinal, algumas teses, ideias e palavras, que pensava enterradas regurgitam como flores na boca dos políticos em funções de estado. Não se confundam pois este castelo de cartas que dá pelo nome de sistema financeiro está (não esteve, está!) em vias de se desmoronar neste ano da graça de 2008. Ficará, neste declinar do sistema, para a história a frase de antologia do primeiro da Islândia aconselhando o seu povo a dedicar-se à pesca (mister no qual o meu filho é mestre o que pode ser uma mais valia não negligenciável!) enquanto nacionalizava os bancos todos lá do sítio com o apoio da Rússia. A teta secou mas os beiços dos sugadores habituados à mama não pára de reclamar mais ração. Se a coisa está preta para os lados da alta finança esta, cheia de lata, conclama à intervenção do estado, ou seja, da comunidade que lhes disponibilize o aleitamento em avales, garantias, pertences e dinheiro fresco. O estado vilipendiado, enxovalhado e denegrido à exaustão, sob as mais ferozes ameaças de ser arredado da face da terra, incompetente e trapalhão, chega-se, finalmente, à primeira linha de combate assegurando, pasme-se, a salvação dos seus detractores. Ainda tenho a memória fresca da ideia proclamada pelo Dr. Cadilhe, que deve estar a ser coberto (salvo seja) por estas garantias do estado velhaco, ter, com sapiência, colocado em cima da mesa a proposta da venda do ouro que está à guarda do Banco de Portugal, para tornar viável a reforma da administração pública … e os nossos liberais, neo-conservadores, e quejandos, terem proposto, pura e simplesmente, a supressão da participação do estado em tudo e mais alguma coisa menos nas chamadas “funções de estado”. Ora aí está como, num truque de mágica, o estado vira beneficiário, desses mesmos que preconizavam (e preconizam, vão ver!) o seu prematuro funeral. O grito que ecoa por todo o mundo, perante o silêncio dos inocentes, é o que poderíamos imaginar vindo da boca do comandante do cargueiro em perigo que levado em braços pela tripulação para o único lugar livre no salva-vidas, brada à restante tripulação aflita: “salvem-se que eu já me safei!” Vão ver que no fim nem vão agradecer!
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A CRISE E A RESPONSABILIDADE


Leiam estas palavras com atenção. Vou fazer a minha parte do trabalho de casa: perguntar periodicamente pelos resultados práticos desta promessa.
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domingo, outubro 12

CUBA - O DEBATE (IM) POSSÍVEL

Burt Glinn - CUBA. Havana. 1959. Bikini model on rooftop.

Tempos atrás relatei um encontro de acaso, ocorrido em Havana, com um médico, ex militar cubano, que, segundo ele, ficou maluco na guerra de Angola.

Reparei que Yoani Sanchez, en Generación Y, escreve, a propósito do filme Kangamba um post intitulado La guerra más larga questionando o sentido da participação militar Cubana em Angola. Ela sintetiza numa frase a sua perplexidade: Qué hacíamos los cubanos en Angola?

Trata-se, na verdade, da resposta à crónica que Fidel Castro publicara dois dias antes no Granma. Curiosas as formas do debate político, em ditadura, através dos meios digitais.
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sexta-feira, outubro 10

O PS SOBE, QUEM HAVIA DE DIZER?

Do Margens de Erro retiro a sondagem CESOP, de Outubro de 2008, realizada para o JN, a RTP e a RDP. O relatório-síntese do estudo apresenta o PS subindo para 41% o que, parecendo inacreditável para muitos, cria uma expectativa que lhe é favorável face à questão central das próximas eleições legislativas: o PS ganhará sempre mas resta saber se manterá maioria absoluta. O PSD também sobe mas fica longe da reviravolta de que necessita, o PCP desce, o BE sobe, e o PP quase desaparece. Os restantes dados do relatório também são muito interessantes. Como deve ser uma sondagem credível vão lê-los!
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FARO A SAQUE


O problema não está no facto daquele local ser o da “concentração anual dos motards” de Faro, nem no cumprimento, ou incumprimento, do plano director municipal, nem no abate de pinheiros, autorizado por uma entidade, no desconhecimento de outra (s), nem no facto do proprietário do terreno ser a diocese do Algarve (isso mesmo, a diocese!), nem no desempenho do construtor que tomou a cargo a operação imobiliária, nem do local dar pelo nome de LUDO, certamente, uma área protegida…. O problema está na mistura destes ingredientes e mais alguns! Um cocktail raro no qual se casam os interesses materiais com os insondáveis mistérios da fé! Inenarrável!
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PARA ALÉM DA TURBULÊNCIA

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quinta-feira, outubro 9

Jean-Marie Le Clézio


"Novelista de la ruptura, de la aventura poética y de la sensualidad extasiada, investigador de una humanidad fuera y debajo de la civilización reinante", así califica la Academia Sueca la obra del nuevo premio Nobel de Literatura, el francés Jean-Marie Le Clézio (Niza, 1940). En 45 años de oficio, Le Clézio, un gran viajero fascinado por los mundos primarios, ha escrito una cincuentena de libros cargados de una gran humanidad, señalan los medios franceses. "Como todos los premios literarios, [el Nobel] significa ganar tiempo, resurgir, tener más ganas de escribir", ha declarado en la radio France Inter Le Clézio antes de saberse premiado.

[Quando me lembrei que o dia da atribuição do Nobel da Literatura devia estar à porta fui espreitar o que diziam os adivinhadores destas coisas de prémios. Ora eu sei que os prémios, todos os prémios, na literatura e não só, são atribuídos, a mais das vezes, por razões que a razão desconhece. Falei de António Lobo Antunes/Nobel porque me apeteceu sabendo à partida que, como disse a minha amiga Helena num comentário deixado no meu post anterior, não nos podemos esquecer de um ror de coisas: “Não se esqueça das quotas... não se esqueça dos interesses... não se esqueça de tantos outros valores extrínsecos às palavras ... Para mim, já o tinha.” Pois!]
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quarta-feira, outubro 8

segunda-feira, outubro 6

VOLTANDO À VACA FRIA

Como afirmou, com todas as letras, o ACP dentro em breve o governo vai ter de ponderar seriamente voltar a regulamentar o preço dos combustíveis. A razão é simples: o mercado dos combustíveis em Portugal é uma falácia.
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domingo, outubro 5

"FAZER ACONTECER..."

Além disso, Pedro Santana Lopes, segundo Carlos Carreiras, "é um português com uma larga capacidade de fazer acontecer".

Manuela Ferreira Leite procede a trabalhos de terraplanagem no PSD. Cada vez se torna mais verosímil a notícia da candidatura de Santana Lopes à presidência da Câmara de Lisboa. No ano eleitoral de 2009 as eleições autárquicas serão, certamente, as últimas mas Ferreira Leite precisa de limpar o terreno antes que seja tarde. É fácil de entender. São os trabalhos de pacificação interna do PSD pois Ferreira Leite tem a casa atravancada de tralha da qual precisa libertar-se. No caso de Santana abatê-lo à tralha só mesmo lançando-o numa batalha política, aparentemente, perdida. O pior resultado de Santana Lopes nas próximas eleições, em Lisboa, será sempre melhor que o resultado do PSD nas últimas eleições, em Lisboa. Adivinha-se, pois, uma “vitória” de Santana e, simultaneamente, a sua derrota que será a vitória de Manuela. Complicado? Nem tanto! No meio de tudo, um deserto de ideias pela enésima vez. Santana não diria melhor que Camus quando escreveu nos Cadernos: “Vivi toda a minha infância com a ideia da minha inocência, quer dizer, sem ideia nenhuma. Hoje …”.
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TEMPOS DIFÍCEIS

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A REPÚBLICA


Às 8,30 da manhã passava pela Rua do Ouro, em triunfo, a artilharia, que era delirantemente ovacionada pelo povo.

As ruas acham-se repletas de gente, que se abraça. O júbilo é indescritível!

A essa hora, no Castelo de S. Jorge, que tinha a bandeira azul e branca, foi içada a bandeira republicana.

O povo dirigiu-se para a Câmara Municipal, dando muitos vivas à REPÚBLICA, içando também a bandeira republicana.

(…)

Vê-se muita gente no castelo de S. Jorge acenando com lenços para o povo que anda na baixa. Os membros do directório foram às 8,40 para a Câmara Municipal, onde proclamaram a República com as aclamações entusiásticas do povo.

O governo provisório consta será assim constituído: presidente, Teófilo Braga; interior, António José de Almeida; guerra, Coronel Barreto; marinha, Azevedo Gomes; obras públicas, António Luís Gomes, fazenda, Basílio Telles; justiça, Afonso Costa; estrangeiros, Bernardino Machado.

Governador Civil, Eusébio Leão.

Em quase todos os edifícios públicos estão tremulando bandeiras republicanas. A polícia faz causa comum com o povo, que percorre as ruas conduzindo bandeiras e dando vivas à República.

[Transcrito de O Século, quarta feira, 5 de Outubro de 1910, publicação de última hora.]
Memórias “O meu diário” – Volume II
Perspectivas & Realidades

sábado, outubro 4

Scarlett Johansson

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A BOLA NEM SEMPRE É REDONDA


Na quinta feira passada não vi a Quadratura do Círculo mas já visionei a discussão a propósito da blogosfera. É impressionante como Pacheco Pereira e António Costa apreciam a blogosfera: um submundo, segundo Costa, onde 99% é lixo, segundo Pacheco Pereira. Só Lobo Xavier foi capaz de manter o equilíbrio. A cada um a sua opinião mas suponho que os comentadores que participam nestes programas deveriam guardar uma reserva de bom senso na abordagem dos temas. Neste caso mostraram uma deplorável faceta de intolerância a roçar as raias do censório. O mais curioso é o facto de Lobo Xavier, o conservador, ter mostrado ser, no caso, o progressista. O que estava ali em debate era, na verdade, a questão da liberdade e tanto Pacheco como Costa parece não se terem dado conta que nesta matéria sensível não há certificados de garantia.
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sexta-feira, outubro 3

GANHOS E PERDAS


O plano foi, finalmente, aprovado e Bush foi expedito na sua promulgação. É provável que a morte do capitalismo seja uma notícia precipitada. Quem morreu foi o Dinis Machado, uma perda verdadeira. As gasolineiras, abusando da nossa paciência, voltaram a aumentar o preço dos combustíveis. Continuam a chegar impostos e taxas e a de Conservação de Esgotos é, com propriedade, uma verdadeira taxa de m …
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quinta-feira, outubro 2

ADEUS BENFICA


O Benfica deve ter feito um bom negócio com a Benfica TV, como tantos outros bons negócios que tem feito! Haja Deus! O que sei é que não vou ver o jogo, de hoje, com o Nápoles porque não me vou passar para a MEO coisíssima nenhuma. Desejo-lhes muita sorte! Desta forma afasto de mim mais uma preocupação. Esta abdicação tem ao menos a vantagem de não correr o risco de ouvir o Dr. Bagão Félix como comentarista desportivo.
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quarta-feira, outubro 1

O ESTADO DO TEMPO (POLÍTICO)

MARKTEST (Clique na imagem para aumentar)

FOI TORNADO PÚBLICO O BARÓMETRO MARKTEST REFERENTE A SETEMBRO DE 2008. NO CONJUNTO O RESULTADO NÃO É NADA MAU PARA O PS, CONSIDERANDO QUE É O PARTIDO DO GOVERNO. CONFIRMAM-SE AS PERDAS DO PSD E OS GANHOS, QUASE HOMÓLOGOS, DO PCP. A IMAGEM DE CAVACO SILVA DEGRADA-SE ASSIM COMO A DE MANUELA FERREIRA LEITE. A IMAGEM DE SÓCRATES, E DOS RESTANTES LIDERES PARTIDÁRIOS, ESTABILIZA. OS PROBLEMAS DO PS, FACE A FUTURAS ELEIÇÕES, SITUAM-SE NO ELEITORADO DE ESQUERDA. NADA DE NOVO!

[Comparando com Agosto, o PS aguenta-se acima dos 36% (com uma ligeira descida - 0,3%), o PSD desce de 31% para 29,3% (- 1,7%), o PCP sobe de 11,3 para 12,6 (+1,6%), o BE estabiliza ligeiramente abaixo do PCP e o PP sobe 1%. A imagem positiva de Cavaco Silva cai para o nível mais baixo desde há um ano; a imagem positiva de Sócrates estabiliza; a imagem de Manuela Ferreira Leite cai a pique se comparada com a dos outros lideres partidários; o índice de expectativa, embora no terreno pessimista, recupera ligeiramente.]
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COM UM NÓ NA GARGANTA


Está em ebulição uma crise financeira mundial. O mundo da comunicação está pejado das mais doutas opiniões acerca do tema. As comunidades organizadas, ou seja, o estado, com governos liberais, conservadores, social-democratas, socialistas, com ultras e radicais, de todas as famílias, sozinhos ou coligados, no norte e no sul, no ocidente e no oriente, mais dia, menos dia, hão-de conjurar a crise. Com ganhos e perdas. Adivinham-se facilmente os ganhadores e os perdedores. Os chamados países emergentes, com a China à cabeça, ainda não vão, desta vez, dobrar o cabo Bojador da nova era que esta crise, com pompa e circunstância, anuncia. Estes, por coincidência, são dias de pagamento de impostos além daqueles que pagamos todos os dias. Lá fui (fomos) pagar cumprindo o dever com um nó na garganta. Na verdade, no dicionário, imposto situa-se entre imposto [“Que é forçoso cumprir.”] e impostor [“Pessoa que procura iludir os outros, aproveitando-se da sua ingenuidade.”] Por enquanto cumprimos mas não abusem da nossa ingenuidade!
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