segunda-feira, junho 27

POLICIAS


Não me apeteceu escrever nada acerca das manifestações dos policias. Mas reparei nelas. Toda a gente reparou. É para serem reparadas que as manifestações se fazem. São demonstrações. Manifestação e demonstração são mesmo sinónimos.

Eu gosto muito de demonstrações. Quando se faziam contra a ditadura e contra guerra colonial, então nem se fala! E pelos legítimos direitos dos trabalhadores! E pela paz autêntica. Era uma adrenalina maluca quando sabíamos que eles vinham para cima de nós. Quando vinham no nosso encalço e nos perseguiam. Nos batiam com bastões e nos ameaçavam a cavalo ou com cães que espumavam pela boca. Drogados. Os cães.

Os polícias já não são o que eram. Agora são eles que fazem demonstrações. A imaginação ao poder! A primeira demonstração foi uma procissão simulada com um padre a abrir, na frente, o cortejo. A "procissão do ministro morto"! A segunda demonstração foi fardada e ilegal. Digo bem ou digo mal?

Antes fazíamos manifestações apesar das proibições. Agora fazem-se proibições apesar das manifestações. O chefe do sindicalismo policial disse no meio da manifestação ilegal: “agora vale tudo”.

Um dia ainda vamos ter de nos organizar para repor a ordem pública. Colocar os polícias a fazer ordem unida. A desfilar alinhados ao som da música de fanfarra. A ajudar o cidadão indefeso. A dar o exemplo de civilidade e de apego ao cumprimento da lei.

A comunidade, aqueles que trabalham e pagam impostos, os que lutaram pela liberdade, com o sacrifício, às vezes, da sua própria liberdade, e da vida, agradecem a quem de direito que ponha os policias na ordem.

domingo, junho 26

IR PELA SUA MÃO


Fotografia de Om Namah Shivaya

Em memória de meu pai

Ir pela sua mão era caminhar
para um paraíso sem nome,
sonhar uma aventura terna
sabendo de cor o caminho
de regresso a casa a pé
sem guia nem vertigens

Ir pela sua mão aberta
à ternura de mão solitária
era saborear um engano
sem mácula, sobreviver
e nada dever aos outros
que se não pudesse devolver

Ir pela sua mão desarmada
não deixava rasto no chão
e a minha cabeça voava à roda
do meu coração que batia
como agora quando me escapo
à rotina do bater do dia

Ir pela sua mão lembra-me
sempre o dobrar dos dias,
homens tristes de ombros
postos nas esquinas luzidias
esperando taciturnos perder
o sentido do seu próprio corpo

Ir pela sua mão seria partir
do nada ao especial feito,
rasgar um caminho incerto
de mágoas, uma alegria banal,
sagradas confidências guardadas
entre nós que se não confiam

Ir pela sua mão dava acesso
ao mundo, mas ninguém soube
das suas amantes que eu vi,
nem dos gritos do seu olhar
que se abria dolente para mim
pedindo em silêncio aceitação

Eu tudo lhe dei sempre sem pedir
nada em troca, somente por vezes
a sua mão para ir nela confiante
em busca de um caminho qualquer
que não sabia onde levava nem
isso de verdade nada interessava.

(In "Ir pela sua mão" - Maio 2003 - Editora Ausência. Um poema meu, a título excepcional, suscitado pela referência amável do JPN no Respirar o Mesmo Ar)

sábado, junho 25

ANNE BANCROFT


A Tribute to Anne Bancroft [September 17, 1931 – June 6, 2005]

Tenho algures um cromo antigo, daqueles das colecções, com o seu rosto. Deslumbrante pois deixava transparecer mais do que a superficialidade que, injustamente, muitas vezes, se associa às grandes actrizes.

Como diz, hoje, no Expresso, José Cutileiro, “o seu génio histriónico era servido por interesses sociais, grande cultura e uma energia transbordante…” e “Arthur Penn dissera que aconteciam mais coisas na sua cara em dez segundos do que acontecem na cara da maioria das mulheres em dez anos”.

FIGURE


Figure in the Word Series-2 [oil on canvas and wood]

Jiang Hai (b.1961- ), who had been producing shocking pieces for more than twenty years, painted group gigantic paintings. People were amazed that he had energy of a volcano that could endlessly erupt. There were distorted depressed nudes in his paintings. His large strokes were bold and strong, as if exploding out of his heart, layer by layer, from left to right, as chaotic as a knot of entangled hemp with dazzling colors, which produced a strong visual impact. His highly expressionistic paintings were symbolic imageries of his intensive emotions, revealing the conflicts and dilemmas between humanity and the society.

(Série - Artistas Chineses)

In Tao Water Art Gallery

LISBOA



A palavra Lisboa sempre me faz lembrar poesia. As ruas inclinadas e os elevadores, a alta e a baixa, o rio e a serra, as colinas e a melancolia. Tantos poetas que a cantaram e cantam. Tantos perseguidos que nela buscaram amigável refúgio. Os motivos de encantamento de Lisboa estão sempre à frente. As misérias sempre atrás. Que as há. Mas a luz de Lisboa esconde o escuro das vidas sem destino.

Lisboa vai escolher quem a governe, durante 4 anos, a partir de Outubro de 2005. A sondagem, publicada hoje no Expresso, mostra que as eleições autárquicas em Lisboa serão, desde 1989, as primeiras sem coligação de esquerda. Qual o espanto acerca do resultado dessa sondagem? Nenhum!

A esquerda, em Lisboa, é maioritária mas dividida perde. Salvo no dealbar da democracia representativa, logo após o 25 de Abril de 74, sempre assim foi. Nem outra coisa seria de esperar!

A solução do “cada um por si”, adoptada pelos partidos de esquerda, é perdedora à partida. Ainda para mais no actual contexto político geral! Só uma milagrosa votação no PP poderia fazer reverter a situação.

Nem falo do candidato do PS. Estimável. Mas todos os outros são mais fortes, no seu estilo e face à expectativa dos seus eleitorados, do que Carrilho. O erro está a montante. Mas não vale a pena falar disso.

sexta-feira, junho 24

OU ISTO OU AQUILO


Apresentando Om Namah Shivaya

OU ISTO OU AQUILO

Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e não guardo o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

Cecília Meireles

new york on time


Apresentando new york on time

Margarida Delgado (4)


Vestido Um - Simplemente a Imagem

In Sabor a Sal

quinta-feira, junho 23

BLAIR


Imagem e mais informação no Tugir

Reproduzo no IR AO FUNDO E VOLTAR, na íntegra, o discurso hoje proferido por Tony Blair no Parlamento Europeu.

Parece-me uma peça importante na actual crise da UE e um indício favorável à sua resolução.

Aqui fica um breve, e significativo, excerto desse discurso:

“Since being Prime Minister I signed the Social Chapter, helped, along with France, to create the modern European Defence Policy, have played my part in the Amsterdam, the Nice, then the Rome Treaties.

This is a union of values, of solidarity between nations and people, of not just a common market in which we trade but a common political space in which we live as citizens.


It always will be.

I believe in Europe as a political project. I believe in Europe with a strong and caring social dimension. I would never accept a Europe that was simply an economic market.”

At Lake Side


At Lake Side [68 x 68 cm. Ink and color on rice paper]

Wu Yang was born 1970 China. 1991 he graduated from Central Academy of Fine Arts with Chinese Painting major. Now he lives in China.

(Série - Artistas Chineses)

In Tao Water Art Gallery

Professores


Fotografia de Pela Lente

Ao longo da minha vida escolar fui aluno e confrontei-me com professores novos e menos novos. Desde a “escola primária”, passando pelo secundário, até à universidade. Tive sorte. Os novos eram, quase todos, muito bons: dizer nomes não adianta mas sempre cito Maria José Espanhol (que será feito?), Luisa Neto Jorge (grande poeta, já falecida), Fiama Hasse Pais Brandão (idem, mas viva), o José Neves (quase até ao fim), Almodoval, Joaquim Magalhães ...

Os novos, por vezes, encantavam pela sua energia. Os velhos, quase sempre, pela sua sabedoria. Hoje um professor é velho aos 55 anos? A experiência adquirida fê-lo perder capacidades? Qual a idade da sabedoria?

Todo o discurso, explícito ou implícito, em favor da reforma antecipada da vida activa, forçada ou voluntária, é falso e eivado de hipocrisia. Os professores quanto mais velhos mais capazes para ensinar. Caso contrário estaremos perante um mundo às avessas. E não me venham argumentar com a escola democrática e multicultural, de hoje, como se fosse um campo de batalha! A escola, mesmo elitista, sempre foi (e é) um campo de batalha.

Pois não é nela que se realiza o confronto entre a ignorância e o saber. Entre a impulsividade própria da juventude e a paciência própria da maturidade. Entre culturas diversas, etnias e sensibilidades. A escola é o lugar do encontro de todas as expectativas, frustrações, sentimentos, paixões, ódios, desejos, arrebatamentos, saberes e ignorâncias.

Difícil? Mas alguma grande obra que envolva toda a sociedade na batalha do conhecimento é fácil?

quarta-feira, junho 22

MORTOS MAS FELIZES


Apresentando a Mega Fauna

Discutem-se muitas coisas interessantes a propósito da administração a partir das iniciativas do governo. Uma das questões que mais se discute é a idade da reforma. Desde 1996 que escrevi diversos textos acerca da questão do “envelhecimento demográfico”.

Sempre foi claro para mim e para qualquer um, que tenha um mínimo de senso, que a idade de reforma tem de aumentar. Sabem que, por exemplo, os professores do 1º ciclo (antigos “professores primários”) se podem reformar com 30 anos de serviço e 55 anos de idade? Ou com 32 anos de serviço e 52 anos de idade?

Com pensões superiores às remunerações dos professores e técnicos no topo das carreiras e que permanecem no activo? Como a maior parte são professoras isto representa simplesmente que estarão, em média, 30 anos na reforma, ou seja, o mesmo número de anos que estiveram no activo.

Acham possível manter esta situação? Razoável no plano da solidariedade intergeracional? Viável no plano financeiro? Justa no plano social? Mas não pensem que se tratam de casos pontuais, desiludam-se. São mesmo em número muito elevado.

Para que não fiquemos todos sós no deserto, mortos mas felizes, talvez seja de pensar em trabalhar até um pouco mais tarde. Eu penso assim e vi que, por exemplo, o Galopim de Carvalho, numa entrevista recente, pensava da mesma maneira.

Lenine Segundo o Evangelho


“Foto de António José Alegria, do amistad”

Diálogo, no corredor da prisão de Sverdlovsk, entre Anna Bukharina e uma mulher muito velha que lhe chamou a atenção.

- Meu filho, dá-me qualquer coisa para os rins – pediu ela.
- E que é que tu queres que eu te dê? Com os teus 110 anos, não há nada que te possa fazer bem!
Todos ficaram espantados: de verdade, 110 anos?
- Há-de haver, há-de haver. Dá-me um comprimido – insistiu ela.
- Aspirina, se quiseres: pode fazer-te bem. Dá-lhe um comprimido!
- É verdade, avozinha, que tem 110 anos? – perguntei eu.
- Tudo o que há de mais certo – disse o legpom. – Eu vi o seu processo: ela nasceu em 1827.
- Porque é que não havia de ser verdade, se é a verdade? – confirmou ela.
- Então viveste no tempo do Puchkine?
- Daquele que escrevia versos? É o que se diz.
- Porque é que te prenderam, avozinha?
- Eu não sei porquê. O inquiridor disse que eu lia o Evangelho e que este dizia mal de Lenine.
- Tu confundiste alguma coisa, avozinha, não é possível.
- Eu não confundi nada, foi ele que misturou tudo.

Por causa de Lenine segundo o Evangelho, cinco anos de campo de concentração.

In “Bukharine, Minha Paixão”, de Anna Larina Bukharina (Terramar). Livro de leitura aconselhável também para entender muitos dos fenómenos do nosso tempo.

terça-feira, junho 21

Yellow Rose


Yellow Rose [oil on canvas 30 x 30 in]

George Xiong was born in 1948, China. 1970 he graduated from The Central Academy of Design With B.A. degree. 1989, he graduated from The City University of New York, with M.A. degree. Now he lives and works in New York.

(Série - Artistas Chineses)

In Tao Water Art Gallery

segunda-feira, junho 20

TO HELENA


In Sabor a Sal

Acabo de inventar um novo advérbio: helenamente
A maneira mais triste de se estar contente
a de estar mais sozinho em meio de mais gente
de mais tarde saber alguma coisa antecipadamente
Emotiva atitude de quem age friamente
inalterável forma de se ser sempre diferente
maneira mais complexa de viver mais simplesmente
de ser-se o mesmo sempre e ser surpreendente
de estar num sítio tanto mais se mais ausente
e mais ausente estar se mais presente
de mais perto se estar se mais distante
de sentir mais o frio em tempo quente
O modo mais saudável de se estar doente
de se ser verdadeiro e revelar-se que se mente
de mentir muito verdadeiramente
de dizer a verdade falsamente
de se mostrar profundo superficialmente
de ser-se o mais real sendo aparente
de menos agredir mais agressivamente
de ser-se singular se mais corrente
e mais contraditório quanto mais coerente
A via enviesada para ir-se em frente
a treda actuação de quem actua lealmente
e é tão impassível como comovente
O modo mais precário de ser mais permanente
de tentar tanto mais quanto menos se tente
de ser pacífico e ao mesmo tempo combatente
de estar mais no passado se mais no presente
de não se ter ninguém e ter em cada homem um parente
de ser tão insensível como quem mais sente
de melhor se curvar se altivamente
de perder a cabeça mas serenamente
de tudo perdoar e todos justiçar dente por dente
de tanto desistir e de ser tão constante
de articular melhor sendo menos fluente
e fazer maior mal quando se está mais inocente
É sob aspecto frágil revelar-se resistente
é para interessar-se ser indiferente
Quando helena recusa é que consente
se tão pouco perdoa é por ser indulgente
baixa os olhos se quer ser insolente
Ninguém é tão inconscientemente consciente
tão inconsequentemente consequente
Se em tantos dons abunda é por ser indigente
e só convence assim por não ser muito convincente
e melhor fundamenta o mais insubsistente
Acabo de inventar um novo advérbio: helenamente
O mar a terra o fumo a pedra simultaneamente

Ruy Belo

Transporte no Tempo
Editorial Presença (1997 - 4 ª edição)

Os Pescadores-China (Fuzhou)


Fotografia de MR - Junho de 2005

Em Fuzhou, no meio do lago sereno, um barco de pesca. Sempre um único barco. Talvez sempre o mesmo barco.

domingo, junho 19

"Bukharine, Minha Paixão" e Ludgero Pinto Basto


Capa da Edição Russa. Edição Portuguesa da Terramar

Abateu-se um calor de chumbo sobre Lisboa. Queria comprar o livro "Bukharine, Minha Paixão", escrito pela mulher de Bukharine, Anna Larina Bukharina. Sabia que tinha surgido nas bancas mas só me decidi quando este sábado li, no “Expresso”, uma entrevista, antiga, mas inédita, com o médico comunista Ludgero Pinto Basto cuja mística sempre me seduziu, além do mais, por ser amigo do seu filho Ludgero.

Foi o “velho militante comunista” que fez a tradução do livro para português. Morreu o mês passado com 96 anos sem o ter visto no mercado. A sua morte mereceu algumas referências esparsas e breves apesar da importância do seu legado ao PCP tendo sido, inclusive, com Álvaro Cunhal e Francisco Miguel membro do Secretariado do partido no final dos anos 30.

Não deixa de ser assinalável que, mantendo-se fiel ao PCP, tenha sido um crítico do Estalinismo como decorre, explicitamente, do teor da entrevista publicada no Expresso e do seu interesse pelo extraordinário testemunho histórico de Anna Larina.

Mais espanta que, quer a entrevista, quer o livro, só tenham surgido a público após a morte de Ludgero Pinto Basto. Mistérios... .

Ler ainda Água Lisa (2)

A HORA


Fotografia de M.R.

Estão gastas as palavras do elogio fúnebre mesmo que a palavra elogio se demarque da palavra fúnebre. Tantos heróis que morreram e não lhes lembramos os nomes nem a gesta. Os heróis desconhecidos. E os nossos heróis do quotidiano? As pessoas vulgares que conhecemos e que ninguém mais, na realidade, conhece. A maioria das quais nunca ninguém lhes ouviu o nome. E os nossos amigos que nunca revelaram fora de si um gesto heróico.

Um simples olhar reconfortante.
Uma mão que segura outra mão.
Um corpo que aquece outro corpo.
Uma palavra no momento certo.
Uma decisão a tempo.
Uma pergunta omitida.
O silêncio no meio da algazarra.
O braço que se levanta a custo.
A hora que já não se alcança ver.
Ouvir a palavra baça dita antes do fim.
Um passo em frente na tragédia da morte.

Os heróis do nosso desespero sobrevivem em nós depois da partida.

Faz hoje um mês que a Carla morreu.
Passou tempo.
Cá fora a luz é a mesma.
O relógio marca a hora.
Deixemos passar o tempo.
Afinal também estamos sós.

sábado, junho 18

O Mundo da Pesca na Cabeça do Meu Filho e as Azenhas do Mar


Desenho de MM em Fevereiro de 99 (com 8 anos).

O mar, os peixes e a pesca são paixões antigas do meu filho que sempre representou sob as mais diversas formas.

Um dia estávamos no muro da piscina de mar das azenhas à pesca quando se aproximou uma senhora, muito aflita, perguntando se tínhamos ouvido falar na “onda gigante” que aí vinha. Disse-lhe que não tinha ouvido nada e continuamos mas reparei que muita gente se afastou.

Outra vez, no mesmo sítio, perdemos um belo e enorme peixe que não tivemos força, engenho e arte para libertar das pedras da babugem.

Mas o pior foi um dia em que se aproximou de nós uma jovem espanhola, de guia turístico em punho, perguntando se aquele era mesmo o sítio que ela julgava estar a visitar. Era mesmo mas, em ruínas, não correspondia em nada à imagem resplandecente da fotografia que a tinha atraído ao lugar.

Hoje aquele sítio magnífico – azenhas do mar – está melhor tratado e apresentado. Muito por influência dos autores e gestores do projecto de recuperação do restaurante que ocupa um lugar central naquele lugar. Bem hajam e não desistam.

Ver azenhas do mar aqui e aqui.

sexta-feira, junho 17

Legend of Beauty II


Legend of Beauty II [48 x 64 in Chinese ink and color on rice paper]

Gu Ying Qing was born in 1959, China and graduated from China Academy of Fine Arts with B.A. degree on Chinese painting in 1988. Now he works as a professor of Chinese painting in China. He tried to transform realistic ink painting into something new by combining western modern art with Chinese ink painting.

It is obvious that he was influenced by Matisse, Gaughin, and Modigliani. He manipulated his paintings by mixing oil pastel, wax, pigments colors, making them look thicker, modern and colorful. He is one of the pioneer in Chinese modern ink painting.

(Série - Artistas Chineses)

In Tao Water Art Gallery