O Tomas Vasques desafia-me para outra corrente da página 161. Não o vou deixar sem resposta. O livro: O Príncipe de Nicolau Maquiavel, comentado por Napoleão Bonaparte – uma edição antiga. A citação que corresponde ao desafio é a nota 393 de Napoleão Bonaparte que surge no final de uma passagem do capítulo “Das coisas pelas quais os homens, e sobretudo os príncipes, ganham censura ou louvor”.
Alargo um pouco a citação da dita passagem para que se entenda o seu sentido, aliás, com inusitada actualidade política: “Apartando, pois, as coisas que se imaginaram em relação a um príncipe e discorrendo daquelas que são verdadeiras, digo que a todos os homens, quando deles se fala, e sobretudo aos príncipes, por se encontrarem em mais alta condição, se atribui uma das qualidades que provocam censura ou louvor. Isto é, um será tido por liberal, outro por sovina (…); um por amigo de dar, outro por ganancioso; um por cruel, outro por compassivo; um por mentiroso, outro por homem de palavra; um por efeminado e cobarde, outro por viril e corajoso; um por afável, outro por orgulhoso; um por devasso, outro por casto; um por franco, outro por matreiro; um por opinoso, outro por complacente; um por grave, outro por leviano; um por religioso, outro por incrédulo, etc. Sei muito bem que todos achariam ser coisa de grande louvor encontrar-se um príncipe que tivesse das referidas qualidades todas as que são consideradas boas." É aqui que Napoleão Bonaparte escreve a nota 393: “Sim, como Luís XVI; mas também se acaba por perder o reino e a cabeça.”
Com as minhas desculpas, desta vez, não passo porque alguns dos jogadores, já anteriormente desafiados, ainda estão em dívida.
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1 comentário:
Meu Caro, eu sou um dos devedores mas já me apresentei hoje publicamente com um baraço ao pescoço - quer dizer, explicando-me. A nossa perna, ou os nossos tendões fininhos, nem sempre nos deixam dar todo e qualquer passo. Abraço.
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