Luís Cunha
Reproduzo a fotografia de Luís Cunha que a A Defesa de Faro publicou. Nesta deambulação dei com um comentário em que conto um episódio curioso no qual foi protagonista o maior dinamizador cultural que conheci nos dias da minha vida: o Dr. Emílio Campos Coroa.
Já contei uma vez quando o Dr. Emílio Campos Coroa, logo após a minha saída para Lisboa, me procurou como se fizesse questão de apadrinhar a minha entrada na faculdade. Levou-me com ele ao parque de campismo de Monsanto, onde estava acampado, devemos ter almoçado, viajado ao acaso pela cidade e conversado. Soube depois que, à noite, ele foi assistir à peça, em cena no teatro Vasco Santana, à Feira Popular, “Bocage Alma Sem Mundo “, de Luzia Maria Martins, com a Helena Félix, acompanhado pelo filho Emílio – hoje médico oftalmologista como ele e animador da mesma arte – tendo sido levado pela força pública para o governo civil.
Reproduzo a fotografia de Luís Cunha que a A Defesa de Faro publicou. Nesta deambulação dei com um comentário em que conto um episódio curioso no qual foi protagonista o maior dinamizador cultural que conheci nos dias da minha vida: o Dr. Emílio Campos Coroa.
Já contei uma vez quando o Dr. Emílio Campos Coroa, logo após a minha saída para Lisboa, me procurou como se fizesse questão de apadrinhar a minha entrada na faculdade. Levou-me com ele ao parque de campismo de Monsanto, onde estava acampado, devemos ter almoçado, viajado ao acaso pela cidade e conversado. Soube depois que, à noite, ele foi assistir à peça, em cena no teatro Vasco Santana, à Feira Popular, “Bocage Alma Sem Mundo “, de Luzia Maria Martins, com a Helena Félix, acompanhado pelo filho Emílio – hoje médico oftalmologista como ele e animador da mesma arte – tendo sido levado pela força pública para o governo civil.
É que sendo um homem intempestivo resolveu participar na acção lançando falas a partir da assistência que, certamente, não pareceram bem ao delegado do governo civil que sempre, nos tempos da ditadura, estava presente em cada espectáculo e, naquele, por maioria de razão.
Eu, não sei porquê, não o acompanhei nessa ida ao teatro mas, recentemente, o seu filho contou-me um pormenor do qual não tinha tido conhecimento. É que estando acompanhado pelo filho Emílio [Milo, ainda pequeno], este também foi de “gancho” e passou a noite no automóvel à porta do governo civil, esperando pelo desenrolar dos acontecimentos, até que pela manhã o pai foi libertado e lá seguiram o seu caminho.
O Dr. Emílio Campos Coroa era, o que se pode chamar, “um homem das arábias” capaz de fazer coisas de que poucos seriam capazes e de lhes sofrer, obviamente, as consequências. A sua acção constituía-se assim como uma escola de rebeldia cívica o que, convenhamos, nos anos 50 e 60, em terras de província, era mister só ao alcance de gente de coragem.
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Um Comentário em busca de resposta: Fui colega de liceu do Emilio Campos Coroa (Pai) pois eu tenho quasi 81 anos. Sei que ele já não é vivo. Eu sou a sogra do A.Monteiro Pais. Era também nosso colega e da mesma idade portanto o António Lopes Teixeira (ginecologista). Gostava de saber se ele ainda vive em Faro. É possivel informar-me? Agradecia que me enviasse a informação para vozita@hotmail.com.
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1 comentário:
Fui colega de liceu do Emilio Campos Coroa (Pai) pois eu tenho quasi 81 anos. Sei que ele já não é vivo. Eu sou a sogra do A.Monteiro Pais. Era também nosso colega e da mesma idade portanto o António Lopes Teixeira (ginecologista). Gostava de saber se ele ainda vive em Faro. É possivel informar-me? Agradecia que me enviasse a informação para vozita@hotmail.com.
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