domingo, junho 22

CONGRESSO DO PSD


Hoje terminam os trabalhos do Congresso do PSD. Verdadeiramente interessante: 1) a Comissão Política – órgão executivo - que sairá deste congresso não integra nenhum elemento da anterior (ruptura total); 2) foram apresentadas dez (10) listas para o Conselho Nacional, principal órgão do partido entre Congressos (divisão máxima); 3) o anterior líder Luís Filipe Menezes praticamente não foi referido (a rasura da memória); 4) Santana Lopes remeteu-se ao papel de militante de base (o "príncipe" simulando a retirada).

Este é o Congresso da balcanização do PSD tendo sido traçadas as fronteiras entre tendências e grupos hostis, com base em regiões e interesses, corporações e lugares, ressentimentos e vinganças … A nova líder madura pela idade, mas imatura pela experiência partidária, sem desígnio nem programa, dedicar-se-á a gerir uma espécie de populismo iluminado, no qual o silêncio substitui a grita de todos os descontentamentos.

Daqui a uns tempos Manuela Ferreira Leite sairá, sem honra nem glória, amofinada com os que, no interior do seu castelo, a não deixaram trabalhar e derrotada por aqueles que, no poder, ocupam o espaço político que é o seu. O seu “inimigo” não está em S. Bento, mas em sua própria casa; o seu “amigo” está em Belém, mas a amizade pessoal é “inimiga” da aliança política. Olhemos atentos em nosso redor!
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