A propósito de justiça e tanto que, por vias abertas e ínvias, se tem discutido acerca dela, seus protagonistas e incidentes, vítimas e carrascos, tantas vezes sendo apresentados, ou apresentando-se, a si próprios, no lado errado da barricada, apeteceu-me transcrever este breve fragmento dos Cadernos de Albert Camus, escrito por volta de finais de 1944:
“Romance sobre a justiça.
O tipo que estabelece as ligações entre os revolucionários (Com.) depois de julgamento ou suspeita (porque é precisa unidade), dão-lhe imediatamente uma missão na qual toda a gente sabe que irá morrer. Aceita porque é o seu dever. Morre, pois.
Id. O tipo que aplica a moral da sinceridade para afirmar a solidariedade. A sua imensa solidão final.
Id. Matamos os melhores do outro lado. Eles matam os melhores do nosso lado. Restam apenas os funcionários e os medíocres. O que é ter ideias."
Id. Matamos os melhores do outro lado. Eles matam os melhores do nosso lado. Restam apenas os funcionários e os medíocres. O que é ter ideias."
.
Sem comentários:
Enviar um comentário