sexta-feira, dezembro 11

OS MÍNIMOS SENHORES, OS MÍNIMOS!


Patti Levey

Não quero acreditar que, na nossa política doméstica, possa ser tudo tão mesquinho, sem rasgo nem medida, a caminho de um desentendimento que fica aquém do mínimo de realismo e decência no combate democrático. Camus cita, e comenta, Vigny (correspondência): "A ordem social é sempre má: de tempos a tempos é apenas suportável. Para se ir do mau ao suportável, a disputa não vale uma gota de sangue." Não, o suportável merece, se não o sangue, pelo menos o esforço de uma vida inteira.
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1 comentário:

vai tudo abaixo disse...

Mesquinha foi a posição do ministro das finanças, que não refutou nenhuma das acusações de manipulação dos números do orçamento (que já eram conhecidos em Maio!) e se refugiou em erros de avaliação para justificar a derrapagem total deste OE. Como se alguém acreditasse na patranha!
Era óbvio para qualquer analista económico idóneo que isto ia dar bota. Em vez de cortar nas despesas procura-se aumentar receitas espoliando os assalariados (a mítica classe média) que é a única que paga regularmente impostos.
Por isso a nossa dívida pública atinge os 112% e a dívida externa 81% do PIB. Estamos quase ao nível da Grécia e, qualquer dia, ninguém nos empresta dinheiro. Grandes economistas!
E se fossem dar banho ao cão?