Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
quinta-feira, setembro 10
ELEIÇÕES - 10 de setembro
A política está a ser colocada na defensiva. Mais do que o candidato A ou B é a política que, na nossa época, está em causa. Reproduzem-se, através da comunicação social, discursos que cavalgam a onda do desprestígio da política. Faltam, no nosso país, partidos políticos populistas - à esquerda ou à direita - com capacidade para capturar o sentimento de descrença no regime democrático. O discurso da descrença passa para o comentariado nacional que na sua maioria é ocupado, de forma direta ou indireta, por gente que despreza a política e os políticos. A imprensa livre é quase uma relíquia do passado e o poder dos grandes grupos económicos impõe as suas leis. Sempre existiram interesses económicos com influência na área da comunicação social mas nunca a liberdade de opinião dos seus profissionais esteve tão condicionada por esses interesses.
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