Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
quarta-feira, setembro 9
ELEIÇÕES - 9 de setembro
A poucas horas do debate entre os lideres das duas principais candidaturas presentes nas eleições legislativas do próximo dia 4 de outubro. Os debates políticos são, nos dias de hoje, uma banalidade cuja influência no resultado eleitoral não é decisiva. A direita política tem a vantagem de ser governo e dispor de hegemonia na comunicação social e daí mais forte capacidade para formar opinião; a esquerda tem a vantagem de ter estado afastada do governo no período mais duro da austeridade que, nestes últimos 4 anos, atingiu o pico por volta de 2012. Por isso a direita puxa o debate, através do "efeito Sócrates", para antes do seu magistério. Estas eleições seriam um segundo julgamento politico de Sócrates e, através dele, do PS, erigido em partido responsável pela politica de austeridade da qual a coligação PSD/PP teria ficado refém. Ao PS cabe evidenciar que a emergência nacional que obrigou à austeridade, além de ter sido no essencial provocada por efeito externo, teria sido gerida de modo muito diferente caso o PS tivesse sido governo. De resto um debate desta natureza, fortemente personalizado, será ganho pelo líder que for mais sereno, e persuasivo, na defesa das suas ideias, e mais próximo de se identificar com o sentimento geral. Acresce essa circunstância excecional do PS representar sozinho o centro/esquerda ao contrário de todos os outros partidos com representação parlamentar que, aos pares, se podem reclamar da esquerda (PCP e BE) ou da direita (PSD/PP) quase não deixando espaço livre para a emergência de novas forças políticas. Por enquanto...
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