Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
sábado, setembro 26
ELEIÇÕES - 26 de setembro
A uma semana do dia de reflexão, que antecede o dia do voto, a campanha eleitoral reduzir-se-á cada vez mais aos apelos à maioria sem a qual, dirá a coligação de direita, não haverá condições para governar, dizendo o PS que não haverá condições para assegurar a estabilidade. Do meu achar ocorrem-me dois comentários: 1) o povo português, nas sucessivas eleições democráticas, desde 1975, segundo o sistema eleitoral saído do 25 de abril, sempre mostrou uma notável sabedoria nas suas escolhas voando sobre as circunstâncias de cada uma delas e suas diversas, e inevitáveis, pressões; 2)ao longo deste ciclo politico de 40 anos de democracia representativa (1975/2015)- a 1ª República durou 16 anos(1910/1926)e a ditadura 48 anos (1926/1974)- a geometria dos partidos manteve-se, no essencial, estável - salvo o episódio da emergência do PRD - e as maiorias parlamentares sempre assentaram em votações maioritárias nos partidos do que vulgarmente se designa por "bloco central", ou seja, PS e PSD, num assumido modelo rotativista adaptado à opção de pertença ao espaço europeu que assumiu a forma de integração na UE, nas suas diversas fases, a partir de 1986. Assim iremos continuar a partir de 4 de outubro próximo com mais ou menos alianças e ajustamentos à direita é à esquerda. O que está em cima da mesa nestas eleições é, no fundo, mais do que tudo o resto, a escolha do chefe de governo - uma perversão do sistema - Costa ou Passos? Passos ou Costa? Quem é mais credível na sua capacidade de gerar compromissos políticos e dar garantias de estabilidade?
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