Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
domingo, novembro 8
ELEIÇÕES - 8 de novembro
Já a caminhar para o final da noite deste dia 8 de setembro de 2015, no que respeita à questão do governo, os dados estão praticamente todos lançados. Foi alcançado um acordo politico entre os partidos da esquerda parlamentar que permite defender a criação de um governo do PS com apoio parlamentar maioritário. O BE e o PCP acordaram com o PS um programa de governo comum que só será aprovado se for votado por todos. Por outro lado parece ser claro, neste momento, que existe um consenso no sentido de viabilizar um governo PS com apoio parlamentar maioritário, ou seja, sem a participação no governo do BE e do PCP. Para que este governo possa vir a ser criado torna-se necessário a aprovação de uma moção de rejeição ao governo empossado pelo PR a votar na próxima 3ª feira. Mais do que isso é obrigatório que o PR, de seguida, convide o líder do 2º partido mais votado nas eleições legislativas, o PS, a formar governo. Se é muito provável que a maioria de esquerda vote uma das moções de rejeição, se não for presente uma única, já é maior a incerteza acerca da posição do PR que pode, no âmbito dos seus poderes, não empossar António Costa. É necessário esperar para ver sendo certo que abundam os palpites. O mais difícil para um provável governo liderado por António Costa será mesmo o exercício da governação em tempos que continuam a ser muito difíceis. O que se aplica a qualquer que seja o governo que resultar deste processo. Um governo do PS, com o apoio da esquerda, terá que se rodear de mil cuidados, antes de mais, acerca da sua própria composição, e estrutura, pois como muito bem sabemos, a ação dos governos depende em muito dos seus titulares. Uma banalidade com mais importância e atualidade do que nunca. As exigências dos cidadãos face aos políticos são hoje, ao contrário de outros tempos, muito elevadas. A continuar.
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