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Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
segunda-feira, outubro 5
domingo, outubro 4
sábado, outubro 3
FIDEL E A VITÓRIA DO BRASIL
Fidel escreveu que o triunfo do Brasil, conquistando a organização dos Jogos Olímpicos de 2016 para o Rio de Janeiro, foi o triunfo do terceiro mundo sobre as grandes potências industrializadas (Estados Unidos e Japão) e, acrescento eu, a Espanha. Mas Fidel está enganado, ou melhor, quer enganar os incautos. A vitória do Rio de Janeiro foi o triunfo da vitalidade de um grande país democrático da América Latina, ao contrário de Cuba. O Brasil será, em breve, uma grande potência (se não o for já!) que tornará obsoleta a divisão actual entre países do 1º e 3º mundo. O Brasil será, além de uma grande potência económica, uma grande potência democrática, à semelhança dos Estados Unidos, Japão e Espanha. Desta vez entre a lista dos países, e cidades, candidatas à realização dos Jogos Olímpicos de 2016 não figuravam ditaduras. Fidel não tem que se regozijar pois o Brasil, de Lula, não é uma ditadura nem sequer, ao contrário de todas as aparências, e anedotas que muitos brasileiros gostam de divulgar, um regime populista. Um dia, mais tarde, muitos daqueles que se dedicam a denegrir o desempenho político de Lula da Silva terão saudades dele. No Brasil e fora do Brasil.
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TEMOS TRATADO DE LISBOA
IRLANDA: parece que o SIM vai ganhar no Referendo ao Tratado de Lisboa: Lisbon Treaty set to be passed by decisive majority
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Importa-se de repetir! ...
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Importa-se de repetir! ...
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sexta-feira, outubro 2
PARABÉNS BRASIL. PARABÉNS RIO DE JANEIRO.
AUTÁRQUICAS
Dossier da Marktest com as sondagens referentes às próximas eleições autárquicas de 11 de Outubro. Via Margens de Erro.
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EUROPA
Hoje o povo da Irlanda decide, através do voto, o futuro do Tratado de Lisboa. É, aparentemente, mais uma simples votação inerente à democracia que impera nos países da União Europeia. Mas talvez seja um pouco mais do que isso. Somos, vezes demais, levados a esquecer que a União Europeia é mais do que um espaço económico e de livre circulação de cidadãos: é um espaço de paz que custou a vida a milhões de europeus, de ocidente a oriente, norte americanos, mulheres e homens, militares e civis, de todas as nacionalidades.
Lembrei-me deste excerto das Cartas a um Amigo Alemão, de Albert Camus, de Abril de 1944:
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« […] Acontece-me, por vezes, ao voltar de uma dessas curtas tréguas que nos deixa a luta comum, pensar em todos os recantos da Europa que conheço bem. É uma terra magnífica, feita de sacrifícios e de história. Revejo as peregrinações que fiz com todos os homens do Ocidente. As rosas nos claustros de Florença, as tulipas douradas de Cracóvia, o Hradschin com os seus paços mortos, as estátuas contorcidas da ponte Karl sobre Ultava, os delicados jardins de Salzburgo. Todas essas flores, essas pedras, essas colinas e essas paisagens onde o tempo dos homens e o tempo da natureza confundiram velhas árvores e monumentos! A minha memória fundiu essas imagens sobrepostas para delas formar um rosto único: o da minha pátria maior. Algo me oprime quando penso, então, que sobre esse rosto enérgico e atormentado paira, desde alguns anos, a vossa sombra. E no entanto, há alguns desses lugares que você visitou comigo. Eu não imaginava, nessa altura, que fosse um dia necessário defendê-los contra os vossos. E agora ainda, em certos momentos de raiva e desespero, lamento que as rosas possam ainda crescer no claustro de São Marcos, os pombos lançar-se em bandos da catedral de Salzburgo e os gerânios vermelhos germinarem incessantemente nos pequenos cemitérios da Silésia.
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Mas, noutros momentos, e são esses os verdadeiros, sinto-me feliz que assim seja. Porque todas as paisagens, todas as flores e todos os trabalhos, a mais antiga das terras, vos demonstram, em cada Primavera, que há coisas que não podereis abafar no sangue. […] Sei assim que tudo na Europa, a paisagem e a alma, vos rejeitam serenamente, sem ódios desordenados, mas com a força calma das vitórias. As armas de que dispõe o espírito europeu contra as vossas são as mesmas que nesta terra sempre renascente fazem crescer as searas e as corolas. O combate em que nos empenhamos possui a certeza da vitória, porque é teimoso como a Primavera. […] »
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quinta-feira, outubro 1
NÚMEROS
As previsões do FMI, hoje divulgadas - World Economic Outlook - abarcam um vasto conjunto de indicadores de todas as regiões a nível mundial. No que respeita a Portugal ver o quadro da página 69. A previsão de crescimento, em 2009, no conjunto das “economias avançadas”, é de -3,4% (Portugal -3%). Significa, como é notícia na imprensa, uma melhoria significativa face às anteriores previsões. Melhor que Portugal, em 2009, só Canadá, USA, França, Grécia, Chipre e Malta. Portugal tem, pois, um desempenho muito positivo no combate à crise. Para 2010, salvo a Espanha, todos os países das chamadas “economias avançadas” crescem 1,3% (Portugal 0,4%). As previsões para Portugal não são tão positivas no que respeita ao desemprego (ver no mesmo quadro). Mas é o crescimento da economia a melhor terapia para o combate ao desemprego com conhecidos efeitos desfasados no tempo.
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quarta-feira, setembro 30
AINDA IREMOS A TEMPO?
Ontem, de forma surpreendente, diga-se o que se disser, surgiu, em todo o seu esplendor, um presidente confessadamente anti-socialista mesmo quando os actuais dirigentes socialistas são considerados de direita pelos que, por sua vez, se consideram verdadeiros socialistas. Complicado? A prédica presidencial de ontem surge como um fenómeno raro, paradoxal e estranho à prática do exercício da função presidencial, no nosso ordenamento constitucional, que sempre, sem excepção, foi fiel ao princípio de que candidato à Presidência, independentemente das suas simpatias partidárias, após eleito, nem que seja por um voto, se torna Presidente de Todos os Portugueses. É este princípio que, inclusive, tem absorvido o impacto potencialmente devastador das derivas presidencialistas emergentes no fim dos segundos mandatos de todos os presidentes. Mas, no caso presente, Cavaco ainda nem chegou ao fim do seu primeiro mandato. Dormindo sobre o tilintar das espadas, cenário que me foi sugerido pelo exercício oratório das 20 de ontem, fiquei sensível a argumentos de futurologia que nunca tinha tomado a sério: será que o Presidente já se decidiu pela sua não recandidatura? E liberto da necessidade de congregar apoios para um futuro combate eleitoral se prepara para desferir um golpe que, em termos simples, consiste em fazer tábua rasa da maioria relativa do PS, em favor da minoria absoluta da direita? Será possível uma interpretação presidencial dos resultados eleitorais que valorize as maiorias conforme a predilecção partidária do presidente? Custa-me a crer mas é tal o desconforto que detecto na maioria das mentes pensantes que escrevo o que porventura deveria silenciar por uma questão de decoro e responsabilidade cidadã. Espero que impere o bom senso! Ainda iremos a tempo?
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terça-feira, setembro 29
ESTE DIA
Novembro – 32 anos*
A inclinação mais natural do homem é a de se aniquilar e toda a gente com ele. Quantos esforços desmedidos para ser apenas normal! E quão maior é ainda o esforço para quem tenha ambições, de se dominar e de dominar o espírito. (…)
*Certamente escrito no dia do seu 32º aniversário. Albert Camus (7 de Novembro de 1945.)
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ENDOIDOU?
Cavaco Silva acabou de fazer um exercício suicida. Desceu do lugar da mais alta dignidade institucional da República, para o qual foi eleito, à mesa do café para transmitir as suas opiniões pessoais aos portugueses. Ao que vinha, na qualidade de Presidente, tudo ficou por esclarecer. Nunca tal se tinha visto! Com seus defeitos e virtudes nunca qualquer outro Presidente da República alguma vez desceu tão baixo. A partir de hoje, se ainda restassem dúvidas, Cavaco Silva deixou de ser o Presidente de todos os portugueses para se tornar no líder da oposição ao PS.
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PORTUGAL - ALEMANHA: NEGOCIAR !
Douglas Prince
Fausse victoire de Merkel, vraie faillite du SPD
Alemanha – eleições no mesmo dia que em Portugal. Uma nota breve para evidenciar as semelhanças e as diferenças. A CDU de Merkel obteve o 2º pior resultado eleitoral da sua história; o SPD o pior resultado desde a sua criação (em 1948). Na Alemanha, como em Portugal, os extremos subiram e minguou o centro, no sentido lato. Na Alemanha a coligação de governo, com uma CDU mais fraca, desloca-se para a direita, com a subida dos Liberais que acedem ao governo, substituindo o SPD. O futuro programa de governo deverá entrar em contramão com as orientações do G20. Como baixar impostos e, ao mesmo tempo, combater o deficit? Em Portugal a diferença de fundo está em que o PS, ao contrário do SPD alemão, governando sozinho e, apesar de perder a maioria absoluta, ganhou as eleições e vai formar governo, ao que tudo indica, minoritário. O PS, nas eleições portuguesas, saiu-se melhor que a CDU de Merkel e muito melhor que o SPD. Hoje o PS, em Portugal, enfrenta os desafios de um partido de poder, longe dos dramas de um partido de oposição, o que vai ocorrer com o PSD. No próximo futuro, a governabilidade e estabilidade política, dependem, acima de tudo, da capacidade de negociação do PS. E como estão enganados aqueles que pensam, e afirmam, que Sócrates não é capaz de ser um excelente negociador! Estou convencido exactamente do contrário!
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segunda-feira, setembro 28
QUE FAZER?
O PS ganhou as eleições. Parece um facto banal mas não é. Primeiro porque é difícil ganhar. É sempre difícil ganhar em provas públicas. Ganhar a aprovação dos cidadãos mesmo quando os cidadãos sentem que não podem ganhar tudo o que desejariam com o governo a que dão o seu aval. O PS ganhou. Na democracia é assim. Ganha quem tem mais votos. E devo sublinhar, pois essa é a minha convicção, que ganhou o líder do PS, José Sócrates. Uma prova difícil. Todos o dizem, ou talvez não. Mas os líderes políticos geram dinâmicas perversas, animosidades, ódios e paixões. Todos sem excepção mesmo aqueles que não chegam à chefia dos governos. Ainda mais quando acedem à sua liderança. Podem aparentar um espírito de bonomia ou de crispação, seja como for, decidir é um risco, desagrada a uns quanto pode agradar a outros. O que se passou nestas eleições deve-se muito à resistência de um líder que foi sujeito, e continuará a sê-lo, a pressões inimagináveis para que quebrasse e se perdesse ou se deixasse perder. Resistiu e venceu. Mas para que a realidade desta vitória se não deixe destroçar pela sua aparência precisa de ir além do seu próprio partido. O PS e o seu líder não podem mais, nos próximos tempos, deixar de suscitar um verdadeiro debate que promova uma reinvenção da esquerda. Não que tal fenómeno seja a panaceia para todos os males. Nem que se deseje por mero efeito de imitação do que se passa noutros países. Mas porque, a meu ver, é um dos ensinamentos destas eleições. O outro ensinamento é que o povo não quer, pelo menos por uns tempos, maiorias absolutas, muito menos poderes absolutos. Não quer o que quer que seja absoluto. O taxista de ontem pediu-me que lhe explicasse o que era uma maioria absoluta. Tendo compreendido a sumária explicação concluiu: pois sim, tudo é possível, mas sem maioria absoluta. Sócrates, o vencedor destas eleições, precisa, pois, para que a vitória a curto prazo não se transforme numa derrota a prazo médio, de escolher um caminho que lhe permita governar com uma maioria relativa. É difícil ganhar e ainda mais difícil governar, negociando e estabelecendo acordos, sem ficar prisioneiro das agendas populistas à esquerda e à direita (no caso, do BE e do PP). Entramos numa nova fase da nossa vida democrática. Será possível cerzir, de forma paciente, as alianças políticas que o povo, através do voto, parece ter exigido? À esquerda? À direita? Ao centro? Tudo depende do tempo, do modo e da vontade dos interlocutores. O pivô é Sócrates. Quem não entrar no jogo perde. E desde logo o Presidente da República.
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domingo, setembro 27
O VOTO
Já votei, já votamos. Sendo assim posso dizer que votei, em todas as eleições nas quais foi possível votar, desde 1965. É não só um dever mas, muito para além do dever, um prazer. Na minha mesa de voto deparei-me com um grande fila a que já não estava habituado. Muita gente por todo o lado. Pude concluir, de forma empírica, que a abstenção deverá baixar em relação às últimas legislativas. A participação eleitoral, segundo os dados das 12 horas, deverá ser superior nestas legislativas face às anteriores. O ambiente social era pacato, convivial, o que mais me convence que a nossa democracia amadureceu. Sejam quais forem os resultados, grande democracia a nossa! Apesar dos velhos do Restelo!
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O PS VAI GANHAR - MAIS TARDE FALAMOS.
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sábado, setembro 26
NÃO SE ENTENDE ...
Não se entende o que motivou Cavaco Silva a “comprar” um conflito com a Igreja Católica: Igreja zangada com Cavaco
Nem se entende a necessidade de Cavaco Silva, na mensagem destinada a fazer o apelo ao voto, afirmar o que deveria ser óbvio, não carecendo de ser explícito:
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sexta-feira, setembro 25
SONDAGENS (QUADRO FINAL)
Todos sabemos que as sondagens não votam. Mas existem. Encorajam uns e desencorajam outros. Criam expectativas e conformam decisões. Não vale a pena esconjurá-las quando os seus resultados nos são desfavoráveis, nem endeusá-las quando nos favorecem. Valem o que valem. E quer-me parecer que valem bastante. É este o quadro síntese das mais recentes sondagens realizadas a propósito das eleições legislativas de domingo. E este um dos mais importantes espaços de reflexão acerca das mesmas. Para mais tarde comparar.
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REFLEXÕES FINAIS (II)
As imagens criadas pelo autor João Coisas apenas poderão ser utilizadas em blogues sem objectivo comercial, e desde que citada a respectiva origem.
As sondagens apontam para um bom resultado eleitoral do PS nas legislativas de domingo [Quadro final no Margens de Erro]. Coloco no campo improvável das surpresas absolutas a hipótese de qualquer partido alcançar a maioria absoluta. Com todas as reservas – sondagens são sondagens - o que é, para mim, um bom resultado eleitoral para um PS vencedor? É obter um número de deputados superior ao somatório dos deputados do PSD e do PP. Neste cenário um governo minoritário do PS correrá menos riscos pois só poderá ser derrotado pela convergência dos votos dos deputados da direita (PSD+PP) com os votos dos deputados do BE e/ou do PCP. Por razões de governabilidade, ou seja, de estabilidade política, é desejável, hoje mais do que nunca, que o PS obtenha uma vitória eleitoral por uma diferença confortável. Por isso voto PS!
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REFLEXÕES FINAIS (I)
A direita clama contra a censura que põe nos outros para esconder a sua vernácula vocação censória. É um velho e conhecido truque que, quase sempre, resulta nos momentos de desencanto. Se ascenderem ao poder os “impolutos”, e impunes, herdeiros do Miguelismo contemporâneo, acharão crime em tudo mesmo no que, para honrar os princípios da honra republicana, tenham feito os seus adversários para defender a liberdade e, por consequência, os defender também a eles. Cuidemos, pois, de prevenir esse risco votando no Partido Socialista.
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quinta-feira, setembro 24
O ANÚNCIO DA VISITA DO PAPA
A história é simples de contar. A Presidência da República anunciou hoje a visita a Portugal, no próximo ano, do Papa. Fê-lo no site oficial da Presidência da República. Pouco depois foi possível verificar o incómodo da Igreja Católica Portuguesa por não ter tido oportunidade de se associar ao anúncio daquela visita. A Conferência Episcopal Portuguesa divulgou uma notícia que mostra todo o seu desconforto e que culmina assim:
Interessante aquela expressão aludindo às eleições e às confidências que “passam por muitas pessoas”. A Presidência da República parece, na verdade, perturbada, neste período eleitoral, pelo menos na área da comunicação.
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"Já não há empate técnico."
Apresenta-se AQUI o quadro actualizado das últimas sondagens respeitantes às eleições legislativas de domingo. O responsável da INTERCAMPUS, que divulgará hoje uma sondagem realizada para a TVI/RCP, levanta uma ponta do véu: “Já não há empate técnico”.
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SONDAGENS DERRADEIRAS (I)
quarta-feira, setembro 23
A UNIDADE DOS SOCIALISTAS TEM MUITA FORÇA
terça-feira, setembro 22
O DIA EM QUE CAVACO EMBATUCOU O PSD
segunda-feira, setembro 21
NÃO É NORMAL ...
Também acho que não é normal a actuação da Presidência da República. Mas daqui a uns tempos talvez seja possível compreender a verdadeira razão de ser da anormalidade … neste caso o caçador foi caçado. Afinal os títulos académicos nem sempre são suficientes para o cabal desempenho de altas funções de Estado …
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domingo, setembro 20
ESTE "PÚBLICO" MORREU ...
O texto que se segue é de Joaquim Vieira, Provedor do Público (publicado hoje mas que não encontro na edição on-line). Trata-se da continuação da abordagem do mesmo assunto já tratado no último domingo pelo mesmíssimo Provedor. Não é uma brincadeira dos escrevinhadores de blogues ou de profissionais de comentários mais ou menos abjectos. Acho que é um assunto de Estado e penso que muita gente, mesmo nos meios intelectuais mais bem informados, ainda pensa que o Governo andou a espiar o PR. Mas por que carga de água o Provedor do Público, insuspeito de simpatias com o governo, escreve esta frasezinha referindo-se ao jornal Público: “haverá uma agenda política oculta na actuação deste jornal?”
Transcrevo dois parágrafos do texto do provedor do Público com um link para o texto completo:
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sexta-feira, setembro 18
DEIXEM O POVO VOTAR EM LIBERDADE
O PSD de Manuela Ferreira Leite, em desespero de causa, lança a velha cartada do papão comunista (versão BE). Mas não foi José Sócrates o único líder politico que, no debate com Louçã, desmascarou o programa do BE? Não foi Manuela Ferreira Leite que, no debate, com Sócrates, questionada pela jornalista, rejeitou, liminarmente, qualquer hipótese de entendimento com o PS? O PSD conhece a linha política do PS nestas eleições desde sempre defendida, de forma clara, por José Sócrates: ganhar as eleições com base no seu programa eleitoral. E ganhá-las por uma maioria que permita ao PS governar sozinho. Nunca esteve em cima da mesa qualquer outra solução. Cenários há muitos, porventura desejos, até uma nova maioria absoluta do PS. Quem sabe? Deixem o povo votar em liberdade!
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SONDAGENS
Não vou perorar acerca de sondagens nas vésperas de eleições legislativas que decidem uma coisa muito importante: o governo. Confesso que fiquei escaldado com a experiência das sondagens acerca das últimas eleições europeias. Mas as sondagens, a uma semana da ida às urnas, são um tema incontornável. Ver as últimas AQUI e AQUI.
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quinta-feira, setembro 17
PRIMEIROS MINISTROS
A propósito desta inenarrável peça jornalística na qual não se distingue onde acaba a ignorância do PSD e começa a da jornalista deixo uma breve sinopse acerca dos primeiros-ministros de Portugal que, após o 25 de Abril, exerceram funções na sequência das primeiras eleições legislativas, realizadas em 25 de Abril de 1976.
- Mário Soares (7/12/1924) - 1º ministro por duas vezes: a partir de 23/7/1976 e de 9/6/1983, respectivamente com 51 e 58 anos de idade;
- Nobre da Costa (10/7/1923) – 1º ministro a partir de 28/8/1978, com 55 anos;
- Mota Pinto (25/7/1936) – 1º ministro a partir de 22/11/1978, com 42 anos;
- Lurdes Pintassilgo (18/1/1930) – 1ª ministra a partir de 31/7/1979, com 49 anos;
- Sá Carneiro (19/7/1934) – 1º ministro a partir de 3/1/1980, com 45 anos;
- Freitas do Amaral (21/7/1941) – 1º ministro (interino) a partir de 4/12/1980, com 39 anos;
- Pinto Balsemão (1/8/1937) – 1º ministro a partir de 4/9/1981, com 44 anos;
- Cavaco Silva (15/7/1937) – 1º ministro a partir de 6/11/1985, com 46 anos;
- António Guterres (30/4/1949) – 1º ministro a partir de 28/10/1995, com 46 anos;
- Durão Barroso (23/3/1956) – 1º ministro a partir de 6/4/2002, com 46 anos;
- Santana Lopes (29/6/1956) – 1º ministro a partir de 17/7/2004, com 48 anos;
- José Sócrates (6/9/1957) – 1º ministro a partir de 12/3/2005, com 47 anos.
Salvo qualquer erro, involuntário, que corrigirei, são estes os primeiros-ministros de Portugal, na III República, que incluem uma mulher – Maria de Lurdes Pintassilgo. Entre parêntesis as datas de nascimento.
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quarta-feira, setembro 16
JORGE DE SENA
Assisti, no passado dia 11 de Setembro à homenagem prestada a Jorge de Sena. Foi comovente e fez-se justiça. Só hoje escrevo, de forma breve, acerca da cerimónia pois só hoje posso, sem quaisquer dúvidas, afirmar que, ao contrário do que possa parecer, esta homenagem, com todo o seu significado, simbólico e material, foi uma iniciativa do Ministro da Cultura, ou seja do governo, que obteve a aquiescência de Mécia de Sena e da restante família de Jorge de Sena. Era uma iniciativa, desde há muito reclamada, mas que nunca ninguém tinha alcançado concretizar. Compreendo, assim, o significado da presença, embora discreta, do 1º ministro na homenagem.
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3 PORTUGUESES, 3 ATITUDES
Hoje, em Espanha, três destaques, três: la candidata Manuela Ferreira Leite, Cristiano Ronaldo e Durão Barroso. Dos três, Manuela desiste! Cristiano marcou! Barroso luta! Manuela “acusó a "los españoles" de intromisión en la política portuguesa, y proclamó que Portugal "no es una provincia de España". El motivo es la construcción de la red ferroviaria de Alta Velocidad acordada por los dos Gobiernos y que conectará Madrid con Lisboa en 2 horas y 45 minutos a precios competitivos con el avión.”; Cristiano Ronaldo, que en media hora descorchó al Zúrich con versos de su repertório; El infatigable José Manuel Durão Barroso redobló ayer sus gestos y promesas especialmente en materias sociales en un último esfuerzo para convencer a los eurodiputados socialistas y verdes para que le voten hoy para un segundo mandato de cinco años al frente de la Comisión Europea.
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terça-feira, setembro 15
RUA FERNANDO NAMORA (OUTRA VEZ)
Como aqui foi referido não é conhecida qualquer participação dos residentes de Telheiras na decisão de realizar a obra (profunda), ainda em curso, na Rua Fernando Namora. Não existe sequer informação no local da obra com as referências habituais que identifiquem o dono da obra, empreiteiro, prazos, custos, etc., como julgo que a Câmara, como é de lei, obriga toda e qualquer entidade. Para quem não conheça aquela é uma via estruturante no acesso ao novo bairro de Telheiras e, com a presente intervenção, fica reduzida de 4 para 2 faixas. De um lado foi construída uma ciclovia e do outro lugares para estacionamento, na maior parte, em espinha. Seria possível encontrar uma solução de compromisso que permitisse a criação da ciclovia sem necessidade dos lugares de estacionamento. A rua ficaria com 3 faixas sendo, dessa forma, possível garantir uma razoável fluidez de tráfego que, nas horas de ponta, é intenso envolvendo meios de transportes particulares e públicos. Posso estar mal informado mas não conheço qualquer informação que tenha sido prestada aos residentes acerca desta intervenção que interfere muito com a qualidade de vida dos residentes. Sou um deles. Acho que o Zé deu um tiro no pé!
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segunda-feira, setembro 14
TGV- "VOANDO SOBRE UM NINHO DE CUCOS"*
Custa a acreditar que Manuela Ferreira Leite tenha afirmado o que afirmou acerca do projecto do TGV. Custa a acreditar que não tenha medido as consequências políticas das suas afirmações. Ou que caso as tenha medido tenha sacrificado as relações com Espanha ao populismo de uma afirmação anti-espanhola sem futuro pois é insustentável seja qual for a estratégia da política internacional de Portugal no contexto europeu ou mundial. Não é preciso ter uma formação de nível superior, ter lido, viajado e escrito muito, saber de economia e finanças, de contas públicas e de indicadores, de política internacional e diplomacia, para temer o pior de uma política hostil face a Espanha. Basta o bom senso que Durão Barroso, esse mesmo que é presidente da Comissão Europeia, e foi presidente do mesmíssimo partido da Dr. Manuela Ferreira Leite, demonstrou nas suas declarações, acerca do projecto TGV, de Janeiro de 2004 sublinhando, entre outros, um aspecto muito importante e muito esquecido: a contribuição do TGV para a redução dos custos ambientais.
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OUTUBRO EM SETEMBRO
Ferro Rodrigues defende em nove pontos as razões para se votar no PS.
A utilidade de um voto não se prova através de proclamações ideológicas ou argumentos aritméticos; afirma-se pelas propostas e pela demonstração de que em eleições legislativas o voto de protesto para nada serve. Quem não está interessado em assumir responsabilidades de governo, joga no agudizar da crise económica e social a partir da crise política e assim deveria ser penalizado e ter expressão parlamentar pouco relevante.
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A utilidade de um voto não se prova através de proclamações ideológicas ou argumentos aritméticos; afirma-se pelas propostas e pela demonstração de que em eleições legislativas o voto de protesto para nada serve. Quem não está interessado em assumir responsabilidades de governo, joga no agudizar da crise económica e social a partir da crise política e assim deveria ser penalizado e ter expressão parlamentar pouco relevante.
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domingo, setembro 13
O populismo de Manuela (versão anti-espanhola)
A afirmação anti-espanhola de Manuela Ferreira Leite, a propósito do TGV, é de uma extraordinária gravidade política e mereceu, de imediato, a atenção da comunicação social de Espanha:
La líder de la oposición ha señalado que no le gusta "que los españoles se metan en la política portuguesa" y ha justificado el interés de España por que el tren de alta velocidad llegue a Portugal a que, de ser así, recibirá más fondos de la Unión Europea. Sócrates, defiende en cambio las "inversiones en las redes de alta velocidad" para ayudar a superar la crisis y ha criticado que la candidata de la oposición esté dispuesta a faltar a su palabra con España y echarse atrás en un proyecto que respaldó cuando era ministra en 2003.
La líder de la oposición ha señalado que no le gusta "que los españoles se metan en la política portuguesa" y ha justificado el interés de España por que el tren de alta velocidad llegue a Portugal a que, de ser así, recibirá más fondos de la Unión Europea. Sócrates, defiende en cambio las "inversiones en las redes de alta velocidad" para ayudar a superar la crisis y ha criticado que la candidata de la oposición esté dispuesta a faltar a su palabra con España y echarse atrás en un proyecto que respaldó cuando era ministra en 2003.
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A ERRÂNCIA DE MANUELA E A RESPONSABILIDADE DE SÓCRATES
Fotografia de Hélder Gonçalves
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Nestes debates, por mais que os consideremos decisivos, não se joga o resultado final de qualquer eleição. Só se acontecesse a derrocada de um dos contendores, e mesmo assim há derrocadas e derrocadas, como foi evidenciado pela rouquidão de Jerónimo de Sousa no debate que antecedeu as legislativas de 2005! Não é expectável que isso aconteça num debate a este nível e este até foi sereno, civilizado e esclarecedor nalguns aspectos relevantes (TGV, por exemplo…), o que é bom para os eleitores e, do meu ponto de vista, favorece o PS. Manuela Ferreira Leite, como dirigente partidária, não tem um pensamento estruturado e por isso pode dar-se ao luxo de ensaiar uma espécie de errância propositiva que, convenhamos, não é fácil desmontar. Mas uma candidata a primeira-ministra não pode defender tudo e o seu contrário. Esta notícia recente é paradigmática do que acabo de escrever. Sócrates saiu vencedor do debate. Mostrou ser um dirigente político responsável, com domínio dos dossiers e com sentido de Estado. Julgo que é disso que os portugueses gostam. Manuela Ferreira Leite sobreviveu. Haja saúde!
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sábado, setembro 12
ARRANQUE DO ANO LECTIVO
Voltando a um assunto banal: o ano lectivo arrancou no ensino básico e secundário. Em 2004 o tema era o desastre do arranque do ano lectivo no tempo da saudosa ministra Maria do Carmo Seabra no governo PSD/PP. Voltamos, pois, à normalidade salvo se a gripe A fizer das suas, mas isso é outro assunto. Hoje foi disponibilizada a informação, cumprindo o calendário, com as colocações dos candidatos à frequência do Ensino Superior Público. Este ano fui “cliente” e posso testemunhar que o serviço funcionou em pleno. O ano lectivo de 2009/2010, em todos os graus de ensino, não apresentou problemas no motor de arranque. Esta operação, no seu conjunto, envolve muita gente e muitas responsabilidades. O sistema público de educação saiu a ganhar. E os portugueses também. O governo fez o que competia ... o que parece uma coisa banal...
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