sábado, julho 31

Incêndios, de novo

Patética. É a situação dos incêndios em Portugal. No último dia do mês de Julho de 2004 o número de incêndios duplicou em relação ao ano de 2003. A área ardida ainda não se sabe. Mas deverá ser semelhante à do ano passado, 80.000 hectares.

O governo mudou nas vésperas da vaga de incêndios. O Dr. José Manuel Barroso fugiu a tempo. As medidas de prevenção e combate aos incêndios, anunciadas no rescaldo da tragédia do ano de 2003, não foram, no esssencial, executadas. Mas o orçamento público, destinado a esse fim, mais que duplicou de um ano para o outro.

Ninguém fala, no entanto, na execução desse orçamento. Como foram aplicadas as verbas e qual o nível de execução desse orçamento? Quem são as entidades às quais foram adjudicados os meios de combate aos incêndios? Qual o verdadeiro grau de empenhamento, nesta missão, das forças armadas?

A conclusão patética é que este ano, face a 2003, se está a repetir tudo: o desastre ecológico, económico e social. A incapacidade e incompetência na prevenção e no combate. O anúncio, pelo governo, de medidas para o futuro. Tudo, tudo é igual, só o governo é diferente. Para o primeiro ministro Santana Lopes isto é uma maçada e o PR visita concelhos passando ao lado dos fogos.

Quem manda realizar uma investigação a sério aos processos e dispositivos públicos afectos à prevenção e combate aos incêndios florestais?

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