sábado, julho 9

RESISTIR


Na praia de Faro que todos os anos frequentei, desde que nasci, pelo menos alguns dias no verão, fazia férias um estrangeiro (inglês?) com uma característica física muito impressionante.

Usava uma prótese na cara desfigurada, profundamente desfigurada. Impressionava olhar a figura daquele homem diferente dos outros. Era um sobrevivente, ferido na 2ª grande guerra, dos primeiros turistas que usufruíram daquele Algarve, ainda desejável pela sua autenticidade, já quase desaparecido às mãos do “desenvolvimento turístico”.

Fixei naquele rosto a imagem terrível da heróica resistência da Inglaterra ao nazi-fascismo que nunca, de verdade, vivemos mas não mais esqueci.

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