quarta-feira, julho 11

VOTO NO COSTA

Posted by PicasaANTÓNIO COSTA

Quando oportunamente manifestei o meu apoio a António Costa, à frente da lista do PS à Câmara Municipal de Lisboa, cumpri um dever de cidadania.

Tal apoio foi acompanhado por um apelo para que os candidatos de todas as listas, além da declaração de interesses, que são obrigados a depositar no Tribunal Constitucional, fossem mais além declarando abdicar de todas as funções e actividades profissionais que, directa ou indirectamente, pudessem lançar suspeitas acerca da transparência das suas ambições políticas.

Tempos atrás o Arquitecto Manuel Salgado, nº 2 da lista do PS, fez uma declaração nesse sentido que, do meu ponto de vista, é satisfatória face à observância do princípio da transparência. Não me dei conta que qualquer outro candidato, de qualquer lista, tenha seguido o mesmo caminho.

O Dr. Marques Mendes, líder do PSD, partido que geriu, de forma desastrosa, a Câmara de Lisboa desde finais de 2001, foi obrigado a optar por uma candidatura encabeçada por Fernando Negrão. Com todo o respeito por Fernando Negrão, que é uma pessoa estimável, ficou claro, desde o início, que se trata de uma candidatura perdedora.

Seja qual for o diferencial de votos expressos, a dimensão do fenómeno abstencionista, a maledicência contida nos ataques à candidatura de Costa, e ao seu mandatário, nada deverá salvar Marques Mendes de sofrer uma derrota, restando saber se o PSD conseguirá segurar o 2º lugar ou se vai cair para o3º, ou mesmo 4º.

A partir do dia 15 de Julho muita coisa pode mudar no panorama da oposição ao Governo maioritário apoiado pelo PS. Tal como em Dezembro de 2001 a derrota do PS, em Lisboa e no Porto, ditaram a demissão de Guterres, no dia 15 o resultado da eleição de Lisboa pode ditar, sejamos claros, a queda de Marques Mendes.

Estou convencido que Sócrates é o último a desejar essa queda antes preferindo que o PSD sendo derrotado, não seja humilhado, para que não surja daí uma crise interna grave na sua liderança. Mas é difícil antever sucesso no alívio das dores do PSD neste difícil parto eleitoral.

Estou convencido que os maiores adversários do PS são, em primeiro lugar, a abstenção, com a cumplicidade do próprio Estado, através da inacção da Comissão Nacional de Eleições, e, em segundo lugar, as candidaturas independentes que buscam, através de um discurso anti partidos captar, de forma mais ou menos subtil, o desencanto dos cidadãos face à politica.

Mas o que está em causa, nestas eleições, é encontrar uma liderança mobilizadora para a Câmara Municipal de Lisboa capaz de iniciar, de forma séria e determinada, a resolução dos graves problemas em que a gestão da direita mergulhou Lisboa. Essa liderança, nas actuais circunstâncias, só pode ser assumida por António Costa em cuja candidatura depositarei o meu voto.
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1 comentário:

Naeno disse...

pra ti já nesta manhã, chata

Triste pássaro
Vi em teu olhar
Na hora do Adeus
Enquanto o táxi
Singra nas ruas da cidade
Eu mergulho na visão de antigos casarões
Triste andorinha
Vi em tua face
Da hora do adeus
Enquanto o táxi
Fere a noite da cidade
Busco teu riso em solitárias canções

Esta canção não diz da minha dor
Nem da medida da minha solidão
Era pra ser uma canção de amor
Ficou somente uma triste canção
Senti-me então um pássaro sem asa
Eu não sou mais um pássro voador
Enquanto o táxi deixava a nossa casa
Em direção a solidão sem cor.

Naeno
Um beijo