Fotografia de sophie thouvenin
É chocante a falta de atenção que as estações de TV portuguesas dedicaram às eleições presidenciais no Brasil. Tudo espremido foi zero. O horário até não era desfavorável. Ao fim da noite os resultados estavam, neste 2º turno, definidos mas, no 1º turno, a indefinição durou até ao fim.
Pois nem na primeira nem na segunda volta (turno) os canais de TV portugueses deram qualquer atenção ao acontecimento. Somente a SIC – Notícias (cabo) se dignou dar notícia que se ficou pela comunicação, via telefone, da sua corresponde no Rio. De resto o que se sentiu foi um profundo alheamento ao contrário do que acontece, habitualmente, com as eleições presidenciais norte-americanas.
Para que se tenha uma ideia da importância das eleições no Brasil basta olhar para alguns números. Falemos, somente, em votos expressos, pois o voto no Brasil é obrigatório, o que não acontece em Portugal. Nas últimas eleições presidenciais, de 2006, em Portugal, votaram 5.590.132 (cinco milhões quinhentos e noventa mil, cento e trinta e dois) eleitores e nas legislativas, de 2005, 5.747.834. No 2º turno das eleições presidenciais, de ontem, no Brasil, votaram 125.912.935 (cento e vinte e cinco milhões novecentos e doze mil, novecentos e trinta e cinco) eleitores. [O apuramento ainda não está concluído.]
Isto quer dizer que os 5.590.132 eleitores das presidenciais, em Portugal, representam cerca de 4,4% do eleitorado que votou nas presidenciais no Brasil. E que esses mesmos 5.590.132 eleitores das presidenciais portuguesas representam, somente, cerca de 9,6% dos 58.295.042 eleitores que votaram em Lula da Silva, reelegendo-o presidente da República do Brasil.
Estou certo ou estou errado? Ora se a tradição da lusofonia está do lado de cá do atlântico, a sua viabilidade está do lado de lá. Se Portugal sempre foi um país pequeno, em dimensão física e demográfica, isso não o obriga a que seja pequeno nas relações que estabelece consigo próprio, com os países de língua portuguesa e com o mundo.
Podíamos ser pequenos no corpo e grandes no espírito mas, infelizmente, teimamos em ser pequenos em tudo. Mesmo na informação que dos outros prestamos a nós próprios. PEQUENOS ATÉ A OLHAR A GRANDEZA DOS IRMÃOS!
É chocante a falta de atenção que as estações de TV portuguesas dedicaram às eleições presidenciais no Brasil. Tudo espremido foi zero. O horário até não era desfavorável. Ao fim da noite os resultados estavam, neste 2º turno, definidos mas, no 1º turno, a indefinição durou até ao fim.
Pois nem na primeira nem na segunda volta (turno) os canais de TV portugueses deram qualquer atenção ao acontecimento. Somente a SIC – Notícias (cabo) se dignou dar notícia que se ficou pela comunicação, via telefone, da sua corresponde no Rio. De resto o que se sentiu foi um profundo alheamento ao contrário do que acontece, habitualmente, com as eleições presidenciais norte-americanas.
Para que se tenha uma ideia da importância das eleições no Brasil basta olhar para alguns números. Falemos, somente, em votos expressos, pois o voto no Brasil é obrigatório, o que não acontece em Portugal. Nas últimas eleições presidenciais, de 2006, em Portugal, votaram 5.590.132 (cinco milhões quinhentos e noventa mil, cento e trinta e dois) eleitores e nas legislativas, de 2005, 5.747.834. No 2º turno das eleições presidenciais, de ontem, no Brasil, votaram 125.912.935 (cento e vinte e cinco milhões novecentos e doze mil, novecentos e trinta e cinco) eleitores. [O apuramento ainda não está concluído.]
Isto quer dizer que os 5.590.132 eleitores das presidenciais, em Portugal, representam cerca de 4,4% do eleitorado que votou nas presidenciais no Brasil. E que esses mesmos 5.590.132 eleitores das presidenciais portuguesas representam, somente, cerca de 9,6% dos 58.295.042 eleitores que votaram em Lula da Silva, reelegendo-o presidente da República do Brasil.
Estou certo ou estou errado? Ora se a tradição da lusofonia está do lado de cá do atlântico, a sua viabilidade está do lado de lá. Se Portugal sempre foi um país pequeno, em dimensão física e demográfica, isso não o obriga a que seja pequeno nas relações que estabelece consigo próprio, com os países de língua portuguesa e com o mundo.
Podíamos ser pequenos no corpo e grandes no espírito mas, infelizmente, teimamos em ser pequenos em tudo. Mesmo na informação que dos outros prestamos a nós próprios. PEQUENOS ATÉ A OLHAR A GRANDEZA DOS IRMÃOS!