quinta-feira, março 11

Madrid - 11 de Março de 2004

Pelas 8,30 da manhã de hoje, 7,30 de Espanha, senti uma sensação de forte angústia, ao tomar o pequeno-almoço, no sítio habitual. Senti-me mal. Há muito que não tinha a visita deste tipo de sensação. Certamente uma mera coincidência. Mas exactamente à mesma hora, pois consultei o relógio, estavam a rebentar as bombas em Madrid. O terrorismo não tem ideologia. É sempre um fenómeno que favorece a tirania. Resta saber, neste caso, ao certo, quem foram os autores. Se existem ligações directas com a "guerra santa" e o apoio de Espanha à intervenção norte americana no Iraque. Ou terá sido a ETA, como afirmam as autoridades espanholas? As palavras de condenação são unânimes. Ninguém pode ficar de fora do protesto e da condenação deste tipo de actos. Mas estão as forças da direita ultra-conservadora, no poder em muitos países, como os EUA e Espanha, na melhor posição para travar um combate bem sucedido ao terrorismo? Acendo uma vela para que Kerry vença nos EUA. Posso estar enganado mas tenho a intuição de que a segurança no mundo ia melhorar
A notícia na sua brutalidade diz tudo.
"Atentado em Madrid faz 186 mortos e mais de 1.000 feridos, aponta novo balanço

Pelo menos 186 pessoas morreram e mais de 1.000 ficaram feridas nos atentados bombistas perpetrados hoje em comboios de Madrid e atribuídos à ETA pelo Ministro do Interior espanhol, Angel Acebes.
Segundo Acebes, os explosivos - 13 no total - usados nos atentados são do tipo normalmente utilizado pela organização separatista basca."


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